AS LAGOAS Clerisvaldo B. Chagas, 11 de abril de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.224   Estamos trabalhand...

 

 

AS LAGOAS

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de abril de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.224

 



Estamos trabalhando no Projeto O FANTÁSTICO MUNDO SANTANENSE RURAL, em livro e em filmagem. Uma parceria com o cineasta Samuel Fernando e que poderá resultar em ganhos culturais extraordinários para Santana do Ipanema, Alagoas e Brasil. Um feito inédito em nosso país, em termos de municípios. Devido a isso os espaços para crônicas diárias estão sendo reduzidos. Mas, baseado nos deveres de casa, resolvemos dar uma palhinha falando sobre as lagoas do nosso território sertanejo. As lagoas sertanejas, porém, sempre funcionaram como pontos fundamentais de referências no semiárido. Suas denominações vêm dos primórdios e hoje, extintas ou não extintas, continuam sendo pontos de referências com nome de sítios rurais (menores porções político/territorial).

Assim temos em nosso município os seguintes sítios com nomes de lagoas: Lagoa Bonita, Do Pedro, De Dentro, Do Garrote, Do João Gomes, Dos Morais, Da Pedra, Redonda, Torta e Da Volta. A Lagoa Bonita, por exemplo, é Ponto Extremo Oeste de Santana; a Lagoa da Pedra abrigou os primórdios da família CHAGAS. Mas falta a Lagoa do Mijo, citada no documento mais antigo que se conhece sobre Santana do Ipanema. As lagoas, acumulam águas pluviais, muitas se tornam minações permanentes, permitem o plantio do arroz, o pasto verde para os rebanhos, abastecimentos domésticos de água, bebedouro para o gado e cooperação para melhor temperatura nos arredores, além matar a sede de animais selvagens. Não é à toa que “o capim da lagoa o veado comeu”.

Ao se comprar uma propriedade rural no semiárido, existe sempre uma satisfação a mais, quando pelas sua terras passa um riacho ou tem uma várzea, uma lagoa. Todos almejam um lugar ou um trecho de umidade que funciona como refrigério para os animais do criatório. Interessante na zona rural: O sítio Lagoa do João Gomes, em Santana, é assim conhecido e famoso, mas na verdade, são três lagoas perto uma das outras, mas continua sendo chamada pelos seus habitantes, no singular. Já contemplamos numa certa lagoa, algumas cacimbas de minação, ao lado de terreno mais duro dentro da própria lagoa utilizado em corridas de cavalos.

ZABUMBA NAS RUAS DE SANTANA (FOTO: JEANE CHAGAS)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                 

  RUA DA PRAIA Clerisvaldo B. Chagas, 8 de abril de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.223   Mais ou menos na déc...

 

RUA DA PRAIA

Clerisvaldo B. Chagas, 8 de abril de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.223



 

Mais ou menos na década de 60, havia um enorme areal à margem esquerda do rio, em Santana do Ipanema, mais ou menos do tamanho de um estádio. Ficava exatamente entre o leito propriamente dito e um caminho ladeado com aveloz que ia do prédio da Perfuratriz – final da Rua São Paulo – ao beco de Seu Ermírio à jusante. O terreno repleto de areia grossa, trazida outrora pelas enchentes do rio, pertencia ao considerado “Torcedor Número Um” do time Ipanema, Otávio Marchante. Como há décadas o rio não botava cheia que invadisse o areal da margem, um cidadão chamado Seu Euclides, comprou o terreno a Otávio Marchante saiu construindo casitas pelo caminho citado ao longo do terreno. A fileira de casitas de um lado e do outro para alugar à pobreza, recebeu o nome do próprio dono de RUA DA PRAIA.

Com o tempo ali foi fundada uma associação de moradores, erguida uma igreja e, no lugar da Perfuratriz demolida, uma sede da associação com primeiro andar. No final da Rua da Praia, o filho do Senhor Euclides, Luiz, construiu um pequeno estádio dotando-o do que era possível para o lazer da comunidade. E assim, cerca de sete décadas depois, o rio Ipanema, abusado com tantas construções em seu Leito e no seu afluente, riacho Camoxinga, resolveu tomar o que era seu e saiu fazendo arrasos pelas suas margens urbanas, pintando o sete, mas sem matar ninguém. Agora as ruínas das casas da cheia estão sendo demolidas. Isso evita acidente com desmoronamento, cobras, ratos, baratas, escorpiões e outras mazelas.

E o que nós vimos, através da Internet, é de cortar coração. Uma comunidade inteira teve que se mudar para casas novas em região mais alta. Desde início eu já sabia que o terreno arenoso era do rio. Assim também houve vários desse erro em diversas partes da cidade. A propósito, essa região da margem do Ipanema, faz parte do quase epicentro do meu novo romance AREIA GROSSA, dramas sociais dos anos 60-70, drama social do século XXI. Por esses dias estarei convidando alguns escritores e autoridade para conhecermos o cenário completo inspirador de AREIA GROSSA.

 

 

 

 

  ESTADUAL Clerisvaldo B. Chagas, 7 de abril de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.222   Poderíamos ter dito no i...

 

ESTADUAL

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de abril de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.222

 




Poderíamos ter dito no início: “O Colégio Estadual Deraldo Campos, estar localizado além do Aterro. E para quem não sabe, ainda hoje o trecho da antiga rodagem Maceió – Delmiro Gouveia, que passava pela periferia de Santana, foi aterrado, passando a ser sua via-expressa. Do centro para o Colégio era preciso um rodeio grande. Sem rodeio, somente a pé enfrentando uma pinguela sobre o riacho Camoxinga, vizinho ao Estadual. Os tempos mudaram, a região além do Aterro, encheu-se de ruas e mais ruas e, após uma laje colocada no riacho substituindo a pinguela de coqueiro, na gestão Genival Tenório, eis que o saudoso prefeito Isnaldo Bulhões, construiu uma ponte de verdade. Com o complemento do viaduto no Aterro, construído pelo gestor Paulo Ferreira, o Comércio foi ligado dignamente ao Colégio Estadual já com o nome de Prof. Mileno Ferreira da Silva.

O Colégio Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva e o seu entorno, estão situados sobre a foz entulhada do riacho Camoxinga que depois do entulhamento, procurou um desvio para chegar ao seu coletor, o rio Ipanema. A rua do Estadual e a rua, imediatamente por trás do Estadual, limitam o aterramento da antiga foz do riacho Camoxinga. (Tese geográfica, nossa). Os primeiros conhecimentos que tivemos da região foi como antiga estrada para a serra do Poço por ande trafegavam com animais de cargas, os primeiros habitantes da serra. Havia no centro do entulhamento que formou uma pequena planície de aluvião, a casa de fazenda do senhor Frederico Rocha que foi interventor municipal em Santana no ano de 1930 e que construiu a segunda praça de Santana, defronte a Matriz de Senhora Santa Ana e que levou o título de Praça Coronel Manoel Rodrigues da Rocha.

Na frente da casa branca de fazenda do senhor Frederico, chamava atenção um belíssimo “pé de príncipe” e que enfeitava a entrada da casa. O Exército comprou a fazenda, demoliu tudo e construiu o quartel que logo ficou ocioso e foi ocupado pela escola do estado. Nos bastidores se dizia que o lugar da construção, estava estrategicamente errado. Mas graças a Deus no lugar errado, o Colégio Estadual foi a primeira escola pública de Santana a funcionar com os falados primeiro e segundo graus. (Quinta série em diante).

PONTE DO ETADUAL GESTÃO ISNALDO BULHÕES. LIVRO 230. ANTES, LAJE À GUISA DE PONTE, GESTÃO GENIVAL TENÓRIO. LIVRO 230. ALUNOS VÃO VISITAR O ABRIGO SÃO VICENTE. GESTÃO ESTADUAL B. CHAGAS.