SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
BONDE Clerisvaldo B. Chagas, 10 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.306 Ainda alcancei como cri...
BONDE
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de novembro de
2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.306
Ainda
alcancei como criança e adolescente, a mobilidade urbana em Maceió, através de
bondes. Década de 50, quando estava acontecendo movimentos literários em
efervecência. Escritores que se tornaram nomes nacionais, de Alagoas e de
outros estados nordestinos. Mas, devido a idade, eu ainda não sabia, nem
entendia essas coisas. Entretanto, os olhos estavam sempre ligados na paisagem
urbana da nossa capital. O bonde era eficiente, barato e romântico e que tanto
levava e trazia trabalhadores, quanto pessoas a passeios. Os homens ainda se
comportavam em seus trajes, como em Santana do Ipanema vila com a elegância de
ternos brancos de linho e chapéus Panamá. Era uma capital bonita, ingênua e
querendo progredir.
Os
boêmios elegantes, preferiam ficar em pé segurando na estrutura do bonde, ao
invés dos bancos. Talvez para aparecerem mais atraentes para às mocinhas da
época. O ponto de parada na Praça Deodoro, coincidia com o encontro da elite
masculina e feminina que frequentava o Centro. Outras atrações sempre estavam
em evidência como a praia da Avenida, o “Gogó da Ema”, os faróis do Alto da
Jacutinga, o teatro e o cheirinho da cidade repleto de mangas, fruta-pão e
abacates nos quintais. O acesso a Maceió quase sempre era pelo trem de Palmeira
dos Índios, que partia madrugada para a capital através de Quebrangulo e
Viçosa. De Santana a Palmeira usava-se boleias de caminhões ou automóveis de
praça. De Palmeira a Maceió, estrada de terra.
Mas
é bom lembrar aos nossos jovens leitores, que antes do trem de Palmeira dos
índios, o acesso à Maceió, era a cavalo de Santana a Viçosa e de trem de Viçosa
Maceió. E se quer saber antes disso como se chegava a capital, era indo para
Pão de Açúcar, embarcava em navio até Penedo e de Penedo a Maceió, em outro
navio próprio do mar. Você pode citar o ditado do povo para aquela época: Ê,
rapadura é doce, mas não é mole não. A propósito, quando o trem de Viçosa e
depois de Palmeira dos Índios, entrava e saía de Maceió, era pelo Bairro de
Bebedouro, que era o bairro de grandes festas da capital e dos ricaços
elitistas. Nada de saudosismo, mas sem lembrança do passado o sujeito é um
desmemoriado.
PRAÇA
DEODORO, ATUALMENTE. (FOTO: B. CHAGAS).
EDUCAÇÃO Clerisvaldo b. Chagas, 7 de novembro de 2025 Escritor símbolo do Sertão alagoano Crônica: 3.305 Mais uma vez me senti...
EDUCAÇÃO
Clerisvaldo b. Chagas, 7 de novembro de
2025
Escritor símbolo do Sertão alagoano
Crônica:
3.305
Mais
uma vez me senti honrado em conceder entrevista sobre a Educação em Santana do
Ipanema, especificamente sobre a professora Helena Braga das Chagas, minha mãe.
Temos como a primeira escola do município, a pertencente ao coronel Enéas
Araújo e sua esposa Maria Joaquina, ainda no tempo de Santana/vila, em 1906.
Esta escola durou até o ano de 2016, com morte do coronel. Daí em diante temos
as escolinhas da década de 1020. Eram escolinhas perto do rio e sem banheiros.
Foram dessa época as chamadas escola de Dona Zefinha, escola de dona Ernestina,
escola de Zé Limeira e escolinha de dona Adélia Guimarães. Todas eram públicas.
Josefa Leite ensinava as meninas, dona Adélia Guimarães, ensinava aos meninos e
Zezinho Limeira ensinava aos meninos mais velhos de dona Adélia. Ernestina
Wanderley ensinava as meninas.
Apareceram
mais algumas escolas em Santana do Ipanema que estão todas em ordem cronológica
no livro O BOI, A BOTA E A BATINA; HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA. É a
bíblia da nossa história. Mas a professora Helena Braga das Chagas, só foi
chegar a nossa terra em 1942, como Normalista formada em Maceió e de lá
proveniente. Quando Helena Braga, veio lecionar em Santana, o Grupo Escolar
Padre Francisco correia havia sido fundado em 1938. Algumas colegas que vieram
com Helena, ficaram hospedadas na casa de dona Clemência Queirós onde também
estava hospedado o coronel Lucena o comandante do Batalhão de Polícia que pôs
fim a Lampião.
Helena
Braga, a professora, casou-se com o comerciante santanense, Manoel Celestino
das Chagas, constituiu família e toda o seu período no Magistério foi
lecionando no Grupo Escolar Padre Francisco Correia, no qual também foi
diretora. Estão na foto abaixo, as colegas do grupo que não forma nomeadas,
porém, se houver algum interesse, publicaremos os nomes de todas elas. Helena
Braga é a última da direita, sentada. Helena era profundamente religiosa e
chamada na região em que morava de MÃE DA POBREZA. Pertencia a Irmandade do
Sagrado Coração de Jesus e era devota de Santo Antônio (faleceu no seu dia).
Não perdia missas aos domingos e sua passagem foi causa por enfisema pulmonar. Era
diabética e teve 10 filho vivos 5 homens, 5 mulheres.
SAUDADE!...
ESTAR CHEGANDO Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.305 , Estar se aproxi...
ESTAR
CHEGANDO
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de
2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.305
,
Estar
se aproximando o dia de lançamento do livro documentário, PADRE CÍCERO, 100
MILAGRES NORDESTINOS (INÉDITOS). O livro
será lançado no Bairro Lajeiro Grande, na antiga igrejinha do padre Cícero no
topo do lajeiro que deu origem ao nome do bairro. A igrejinha foi motivo de
promessa e o bairro formou-se graças a igrejinha. Esta semana será definido o
horário do evento Encontro dos Romeiros Depoentes dos milagres escritos no
livro. Na ocasião do encontro, haverá missa, falatório, depoimentos,
certificado para a Ministra dos Romeiros, foguetório e zabumba caracterizando
um encontro 100% nordestino. Na ocasião serão distribuídos livros gratuitos aos
seus depoentes devidamente registrados.
Não
haverá livros à venda, pois essa tiragem foi exclusiva para os cem depoentes
dos milagres, porém, a solenidade em homenagem ao padre Cícero Romão Batista,
será aberta a todos os devotos e romeiros que quiserem participar. O primeiro
exemplar especial, entretanto, já foi enviado ao bispo do Crato, que movimenta
a burocracia da Igreja para tornar o padre Cícero SANTO, devidamente
canonizado, junto ao Vaticano. (Interrompo essa crônica para dizer que acabo de
receber telefonema do Crato, de entrega do livro ao Bispo). A missão está sendo cumprida numa homenagem e
reconhecimento as bondades de Deus.
Mas,
queremos dizer também que após o lançamento do livro sobre o padre Cícero,
começarão novas batalhas para impressões e publicações de outros livros como:
MARIA BONITA, A DEUSA DAS CAATINGAS (clássico); BARRA DO IPANEMA, UM POVOADO
ALAGOANO; AREIA GROSSA (romance social de época) AS FILHAS DO CORONEL (romance
do ciclo do cangaço) e REPENSANDO A GEOGRAFIA DE ALAGOAS. Portanto, aguardemos
o próximo dia 20 no Lajeiro Grande.
Precisa-se
apoio forte.
MOMENTO
DA ENTREGA DO LIVRO AO BISPO DO CRATO EM TEMPO REAL (MARCELLO FAUSTO E IRAN
SIQUEIRA).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.