SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
VOU FURANDO Clerisvaldo B. Chagas, 4 de dezembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.223 A expressão acima ...
VOU
FURANDO
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de dezembro de
2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.223
A
expressão acima não representa nenhum tipo de violência. É apenas um jargão
popular sertanejo de todos os dias. Significa dizer: “A palestra está boa, mas
eu já vou embora”. “Vou furando”, vou
resolver outras coisas. “Vou furando”, vou para outro destino, principalmente a
pé. E assim recebo um convite para a exibição de filmagem na Igrejinha das
Tocaias, sobre a sua história narrada e resgatada por nós. Diz o convite que a
exibição será entre a tardezinha e o anoitecer do próximo dia 13. Antes, porém,
dia 13, estarei como escritor Marcello Fausto, entregando livros nas
residências de algumas pessoas que não compareceram ao nosso Encontro de
Lançamento. Estou me referindo aos depoentes de milagres recebidos pelo padre
Cícero.
Mas
nesse ínterim, estaremos subindo a um serrote onde será construído o PC PARQUE
SANTO DO POVO. Em homenagem ao PADRE DO JUAZEIRO. Uma réplica com
características próprias, feita pela população devota de Cícero. O terreno
doado para essa finalidade, estar localizado no sítio rural Poço Salgado,
região serrana de Santana do Ipanema. Foi no complexo dessa região de onde saiu
a maioria das graças alcançadas em registro no livro PADRE CÍCERO, 100 MILAGRES
NORDESTINOS (INÉDITOS). Aguardamos apenas o chamado da líder rural, professora
e benzedeira, Maria Aparecida, devota que doou o terreno para essa formidável
empreitada. Poço Salgado gira em torno de 3 a 4 quilômetros do Centro de
Santana do Ipanema.
E como
não poderíamos deixar de falar sobre o tempo, pois muita gente de Santana que
está em plagas distantes quer saber. Este dia 4 de dezembro, não muda nada no céu
e no tempo, Tudo azul profundo e limpo. Uma
quentura forte e gradativa. Já passou o leiteiro pontual com sua moto; já
passou o carro do ovo com o som horrível e esse escritor é empurrado para o
Book em terminar a crônica iniciada ontem. Mas volto a imaginar no título acima
e me vejo perambulando pelos sítios rurais, parando aqui, acolá para uma
palestra amigável. E no desenrolar da conversa, uma olhada no relógio do tempo,
um cálculo aproximado da hora e um “pois até logo. VOU FURANDO.
SERA
FEITO.
SECURA MISTERIOSA Clerisvaldo B. Chagas, 4 de dezembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.322 ...
SECURA MISTERIOSA
Clerisvaldo
B. Chagas, 4 de dezembro de 2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.322
Nunca recebi resposta sobre exposição de
fenômenos geográficos publicados. Portanto volto ao tema provocativo de muitos
tempos atrás. Sempre que passava pela região de Dois Riachos, entre a ponte da
cidade e a pedra do padre Cícero, notava uma secura diferenciada do restante da região
sertaneja. São aproximadamente, dois quilômetros de faixa que no tempo mais
quente vê-se um intenso movimento de carroças de burro para cima e para baixo,
no próprio asfalto transportando água em tonéis de plástico rígidos e azuis.
Por que isso acontece? Qual é o fenômeno climático que provoca essa secura
extra naquela faixa sentida sensivelmente na BR-316? Acontece que nas minhas
andanças para Arapiraca, encontrei o mesmo fenômeno em faixa de tamanho
semelhante, na região de Jaramataia: faixa extra, seca, da região seca,
inclusive ventos muito mais quentes. Sente-se perfeitamente na AL-220.
Como especialista algum respondeu à
questão, pelo menos arriscamos em dizer que esse vento quente especial que
corta a BR316, é o mesmo que corta a AL-130 e pode ser massa quente vinda do
deserto saariano que atua nessa faixa durante o verão brasileiro, como se fosse
a frequência de uma rádio. É preciso saber, entretanto a direção dessa massa
seca e seu roteiro em Alagoas para se saber sobre as condições de outros
lugares por onde ela passa, na mesma época. Os estudos avançados de hoje, podem
muito bem descobrir o fio da meada.
Não estou afirmando nada sobre o tema
exposto. Apenas desafio a curiosidade e provoco os que entendem. A propósito já
foram publicadas impressões sobre desertificação no Alto Sertão de Mata Grande,
ou clima de deserto. E assim como sempre encontramos curiosidades no Sertão em
todas as áreas do Saber, anotamos esse fenômeno climático pouco percebido pelas
pessoas comuns. As mudanças climáticas no mundo e as sucessiva mudanças
estanhas do tempo, reforçam a pergunta, a curiosidade, a questão que demora
mais poderá ser decifrada.
Vamos pensar para não enferrujar.
Aprender para ensinar.
Vamos compreender nós e o mundo?
ZANBETA Clerisvaldo B. Chagas, 2 de dezembro de 2025 Es critor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.321 Interessant...
ZANBETA
Clerisvaldo
B. Chagas, 2 de dezembro de 2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.321
Interessante, a língua portuguesa, as
expressões nordestinas, as sutilezas detalhistas dos romances regionais.
Graciliano Ramos descreve um personagem CAMBAIO; Adalberon Cavalcante Lins, apresenta
personagem PERNAS TORTAS, “como se tivesse passado a vida inteira montado a
cavalo”. A maioria dos sertanejos nordestinos chama ZAMBETA, ao homem das
pernas arqueadas. E o próprio escritor José Carvalho, zombava de um ferreiro
que havia em Santana do Ipanema, vulgo, PÉ-ESPAIADO, quando ele próprio era
cambota. E, conforme o modo de caminhar, possuir pernas curtas ou longas, cor
dos olhos ou até uso de penduricalhos nos trajes, Lampião, conforme o humor,
rejeitava o sujeito no seu bando ou o aceitava de imediato.
Parece
que a maioria dos leitores, ao ler um romance, fica ansiosa pela trama e pelo
final. O segredo, porém, de um bom aproveitamento cultural na leitura de um
romance, está em duas coisas principais, além da trama e do final: são as
frases de efeito do autor e que são fraseados especiais que ele não as usaria
em escrita comum. O segundo, muitas vezes é um personagem secundário que, pelas
suas características e ações, conquista mais do que o personagem
principal. No caso do nosso romance
FAZENDA LAJEADO, por exemplo, Apolônio que é apenas o homem de confiança do patrão
fazendeiro, é impregnado dessa magia. É preciso compreender mais a literatura
romanesca para entender melhor o fantástico do romance.
E
como o time do ZAMBETA mais famoso do mundo não ganhou a Libertadores, deixou,
o nome “Garrincha”, pelo menos nos anais do futebol mundial. Enquanto isso,
vamos repetindo o tempo do mês anterior. Mas, diante do que estamos vendo nos
céus, vamos tentar fugir da promessa do espaço e acalmar os ânimos escolhendo o
romance bem nordestino de B. Chagas. E escolho FAZENDA LAJEADO, para matar o
tempo, sonhar e me deleitar com história do fazendeiro Seu Calixto.
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Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.