SOBRE MIM
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
N0VA ENTREVISTA Clerisvaldo B. Chagas, 1 de setembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.282 Foi na última ...
N0VA
ENTREVISTA
Clerisvaldo B. Chagas, 1 de setembro de
2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.282
Foi
na última sexta-feira que concedi mais uma entrevista a um grupo de alunos sobre
matéria geográfica do riacho Camoxinga, o mais famoso do município por cortar à
cidade e pelas suas temidas cheias em
ocasiões que represa com o rio Ipanema, seu coletor. Falamos sobre a
importância da pesquisa para a juventude, a falta de pesquisadores e o
acomodamento dos professores. E como a turma era do Cepinha – Escola Estadual
Prof. Aloísio Ernande Brandão, onde encerrei minha carreira profissional,
aproveitei para ministrar uma aula completa sobre o Cepinha que os próprios
alunos não conheciam e não sabiam sequer sua data de aniversário. Além disso,
falamos sobre a região onde assenta o Colégio e os efeitos do riacho Camoxinga
que somente minhas pesquisas poderiam revelar.
Falamos
sobre nascentes, leito, foz, pontes, serventias, poluição que deveriam ter sido
repassadas por professores de Geografia acomodados. Entretanto, acho que a
parte central da minha entrevista, deve ter sido o estímulo á pesquisa, ao
conhecimento do lugar onde se vive, onde se estuda, o município inteiro e seus
acidentes geográficos, sua história. Sei não, muitas vezes nos sentimos
sozinhos nessa luta de estímulo à juventude, pois não encontramos nenhum
Cirineu para ajudar com a cruz do conhecimento.
X
Estaremos
em reunião, segunda-feira, para aperfeiçoarmos a programação de lançamento do
livro: PADRE CÍCERO – 100 MILAGES
NORDESTINOS (INÉDITOS), que será lançado no dia 20 de novembro, na igrejinha
que era do padre Cícero, do Lajeiro Grande no Bairro de nome igual e que se
formou graças a um dos seus milhões de milagres. A reunião será composta de
dois vereadores, uma romeira, Diretora e Coordenador da Cultura em nossa
cidade, e mais esse autor, na Casa da Cultura. A propósito, serão distribuídos
os 100 livros, gratuitamente, aos depoentes dos milagres alcançados, ou a seus
familiares. Não haverá venda de livros, pois a edição já se encontra esgotada,
mas nada impede que qualquer outro devoto ou não, compareça ao nosso encontro.
Será
feita uma lista de pedidos para um segundo lançamento e venda comprometida.
Haverá fogos, discursos, zabumba, filmagem missa e entrega de certificado à
Ministra dos Romeiros. Encomende seu livro através do Zap do autor: 57 88
9.99254534.
IGREJINHA
DO PADRE CÍCERO, NO LAJEIRO GRANDE, ONDE SERÁ LANÇADO O LIVRO. (IMAGEM: B.
CHAGAS).
COVA DA IRIA Clerisvaldo B. Chagas, 27 de agosto de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3. 291 HOMENAGEM Á NOSSA SEN...
COVA
DA IRIA
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de agosto de
2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3. 291
HOMENAGEM
Á NOSSA SENHORA
Pela
curiosidade resolvi procurar saber alguma coisa a mais sobre a Cova da Iria,
nomes que sempre ouvi falar e ouvir cânticos a respeito. A Cova da Iria,
segundo o que pude apurar foi o local, em Portugal, onde houve as aparições de
Nossa Senhora aos três pastorinhos: Lúcia dos Santos, Francisco e Jacinta
Marto. Existe muita coisa a respeito dos três pastorinhos das aparições, porém,
não muita a respeito da geografia, Cova da Iria. As aparições de Nossa Senhora
aconteceram na Cova da Iria, na cidade de Fátima, em Portugal entre 1016 e
1917. Mas, a curiosidade mesmo era sobre Cova e Iria. E tudo que encontramos
foi que “Cova”, pode ter o significado mesmo de cova, túmulo, um buraco em um lugar
ou mesmo uma baixa do terreno.
Quanto
à Iria, trata-se de uma espécie de referência ao nome “Irene”. Dizem os
especialistas que a história de Nossa Senhora de “Fátima” suas narrativas sobre
os acontecimentos da Cova da iria, são as mais belas da Igreja Católica em
todos os tempos. Quem puder pesquisar essa história, vai sentir quanta é bela e,
inevitavelmente, se emocionar. O terreno da Cova da Iria, era da família de um
dos pastorinhos, naturalmente terreno de pasto. Mas essas narrativas de 1916 e
1917, época da Primeira Grande Guerra, continuam atualizadas, verdadeiras e
emocionantes, com ênfase para o mundo religioso do Catolicismo. Caso fossem
expostas neste espaço, teriam que ser em um seriado. Porém, as aparições de
Nossa Senhora, pelo mundo, não se resumem somente a Portugal e nem à Cova da
Iria.
Tive
na vila indígena de Cimbres, Pesqueira, Pernambuco, imediações das nascentes do
rio Ipanema. Em vários séculos passados, Cimbre já se comunicava com a foz do
rio Ipanema em Belo Monte, Alagoas, através dos sertanistas. Foi onde iniciei a
minha caminhada a pé através do leito seco do rio e escrevi o livro “Ipanema,
um Rio Macho”. Mas somente décadas depois, vim a saber que Nossa Senhora já
havia aparecido na vila de Cimbres, onde vi a povoação, mas nem parei para
apreciar melhor. Perdi, então, de conhecer o santuário da aparição que eu não
sabia existir, tão perto de mim. Entretanto, a fé, o respeito e a admiração que
tenho pela mãe de Deus e nossa, me fez elaborar esse trabalho por um ângulo
incomum e... Não se pode dizer tudo.
ESTRUTURA
ATUAL SOBRE A COVA DA IRIA.
RUMO À PRIMAVERA Clerisvaldo B. Chagas,25 de agosto de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.289 Meus amigos, aq...
RUMO À
PRIMAVERA
Clerisvaldo B. Chagas,25 de agosto de
2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.289
Meus amigos, aqui em Santana do Ipanema, após
três ou quatro dias ensolarados, belíssimos, o “Cancão voltou a piar”. O céu
passou mais quatro ou cinco dias, completamente branco e a frieza das
madrugadas invadiu com força o abrigo dos lençóis, em casa sem forro e somente
com telhado. Entretanto, posso afirmar que a vantagem do ardente desejo de um
ótimo inverno estar sendo realizado. Nada de queda de barreiras, enchentes
desastrosas, chuvas demais, chuvas de menos. Sol e Chuva numa boa alternância
bem programada, aguando bem a terra e lhe dando tempo para as roupas no varal.
Ficam apenas os conflitos tolos, os conflitos bestas que não levam a nada: “Eu
gosto de frio”. “Eu não gosto de frio”. E o gelo caindo.
É ruim andar no mato nessa época por causa da
mutuca, já ouviu falar? É um tipo de mosca grande, que ataca pessoas e animais.
Tem um estilete na boca que perfura a vítima para chupar o sangue. Doe, doe que
“só a gota serena”! Geralmente fica nas trilhas e pega as pessoas desprevenidas
e de repente. Raramente se nota a mutuca antes de ser atacado, no mato. Já se
desperta da sua fúria batendo com a mão sobre a atacante. O orvalho nas folhas,
logo cedo do dia, também não é coisa boa ao batermos nas folhagens. As cobras,
embora muito mais raras nos tempos atuais são perigos em potencial, uma vez que
são muito silenciosas e vivem quase permanentemente de emboscadas. Ainda existem
muitos outros perigos, porém, se para isso formos olhar, ninguém mais anda no
mato em tempo de inverno, nem mesmo o agricultor de todos os dias.
Agora, chuva mesmo, não vai aparecer mais.
Estamos nos “Últimos tamboeiros do inverno”. Somente uma nuvem que passa
aguando o jardim, ligeiramente e pronto. Os bandos de espanta-boiadas passam
sempre fazendo algazarra, ainda no escuro, antes das primeiras luzes diurnas. Quando
o Sol vem sorrir de verdade, o dia já está muito adiantado. Ainda bem que,
enquanto isso você pode iniciar seus exercícios e meter a perna para a frente
numa bela caminhada. Depois, um banho na medida e um cafezinho quente. Esqueça
o tempo. A prima vem aí.
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.