domingo, 20 de novembro de 2022

 

CATAR

Clerisvaldo B. Chagas, 21 de novembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.802


Minha comadre, vimos a bola rolar muito longe do Brasil, também numa apreciação curiosa do futebol alheio. Foram duas demonstrações de superação mostradas ao mundo de uma região conflituosa e colocada ainda como longínqua e insignificante por muitos outros países. Uma delas é: “quem quer fazer, faz”. E o Catar quis sair do anonimato geopolítico do mundo, gastando uma fortuna para dizer que também “fazemos parte do planeta”. Fez brilhar sua arquitetura criativa e futurista, assim como fizemos no passado com Brasília. Por outro lado, investiu no futebol para também participar das constantes farras mundiais, mas não só nas arquibancadas. Portanto, o importante não seria ganhar ou perder uma partida futebolística que tanto faz, as pela primeira vez na copa.

O objetivo desse país do oriente Médio foi alcançado ao mostrar-se ao Planeta Terra com roupa de gala. E o espetáculo de abertura da copa, em nossa opinião, não quis ser o mais feio e nem o mais bonito, quis apenas mostrar a cultura dos povos do deserto. É claro que para entender a tradição regional do Oriente alguém teria que mergulhar na história, na religião e na geografia do lugar ou então, passar vários meses morando na região e atento as diferenças.  E como vimos, gente preocupada com a cerveja, gente preocupada com os direitos trabalhistas, gente preocupada com a ditadura... É a pluralidade do mundo que nem todas as copas da terra poderão resolver. Vai viajar, estude antes o seu destino e vá sabendo respeitar as diferenças.

Quanto a partida inicial da copa, foi uma bela partida. E se não foi de alto nível, mas foi corrida, movimentada e alegre que bem divertiu à sua plateia. E assim o nosso vizinho da América do Sul logrou êxito na empreitada e fez esquecer por duas horas as habilidades do Brasil e as dos países rio da Prata. A vitória por 2 x 0 poderá garantir ao Equador pelo menos a etapa da primeira fase, o que ajudará a sair da rebarba futebolística da América do Sul. No “frigir dos ovos”, ficamos satisfeitos com a vitória do país irmão e com a própria abertura da festa global que deu alegria aos povos diante das atrocidades da guerra estúpida que aterroriza a todos.

Faltou cerveja!

Sobrou alegria.

DONHA (IMAGEM: PINTEREST)


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