FESTAS
EM SANTANA
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de julho de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.070
Nos últimos três dias de junho, mesmo pelas
madrugadas a temperatura chegando a 17 graus, o céu afastou as nuvens chuvosas
e voltou ao belíssimo azul de sempre. 29 sendo feriado – não se diz mais Dia
Santo – então o mês de junho passa o bastão para julho que ainda encontra
montanhas de milho em vários lugares da cidade, porém com preço estratosférico.
E assim vamos iniciando o mês da avó do Cristo com muita festa na Rainha do
Sertão. Logo duas em seguida que por certo estarão também comemorando esse ano
de chuvas temperadas com Sol e fartura nos campos. A Festa da Juventude vai do
dia primeiro ao dia nove e, dia 17, a Festa da Padroeira Senhora Santana, para
alegria do povo católico sertanejo. O momento é de Sol, mas o tempo é
imprevisível.
O rio Ipanema continua seco, assim como os
principais da região, Traipu e Capiá, porém a vegetação de todo o bioma está
mais verde do que a bandeira nacional. Uma bênção Divina mesmo nessas
incertezas que o tempo geral nos traz com o aumento da temperatura do Planeta.
Achamos que nem La Niña e nem El Niño, sabem mais o que fazer com os efeitos
estufas que a sociedade moderna produz. Acabamos de chegar de uma observação ao
rio. Só areia e mato, mas em compensação, as margens de barreiras não habitadas
parecem parte da Mata Atlântica com árvores robustas muito verde e fechadas.
Nenhum sinal de novas águas interestaduais e nem de chuvas ameaçadoras na
região. É bom saber que o rio Ipanema vem de Pernambuco.
E no transito entre junho e julho é uma delícia
tomar aquele cafezinho esperto com um pratarraz de canjica feito pela cunhada
Marlene, que consideramos a melhor do mundo. Herança culinária da minha sogra
que era sempre primeiro lugar na iguaria. Marlene continuou a habilidade
junina. Quem já viu se entrar numa igreja e não rezar? Quem já viu São João e
São Pedro sem canjica, pamonha e milho cozinhado? Credo em cruz! Nem nos fale uma coisa dessa! Mas, para
Santana do Ipanema, se fim e início de semestre é período de Festas Emendadas,
vamos emendar. Estaremos lançando aos leitores, cinco livros de uma só vez na
festa de Senhora Santana. Uma festa dentro de outra e que ainda estamos
articulando. Quatro romances de aventura do ciclo do Cangaço e um documentário
histórico sobre Bebedouro/Maniçoba, bairro de Santana. Acho que sou o único
romancista do Brasil a lançar quatro romances de uma só vez. Vamos para as Festas de julho, “cabra véi e
nega veia”.
CÉU DE SANTANA EM 29 DE JUNHO. (FOTO: B.
CHAGAS).
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