domingo, 8 de agosto de 2010

PAZ NA AMÉRICA DO SUL

PAZ NA AMÉRICA DO SUL
(Clerisvaldo B. Chagas, 9 de agosto de 2010)
     As propostas de criação do MERCOSUL vão além de uma singela troca de mercadorias. Além de representar profundas ações que mexem com o social dos quatro países envolvidos, vislumbra um futuro próspero. Guerra significa desastre. Os conflitos do passado entre essas nações mostraram apenas a face negativa desse mundo repleto de ilusões. Com seus erros e acertos o Comércio do Sul, vai integrando de várias maneiras as quatro nações, deixando para trás os erros absurdos de outrora. Essa união que vai se aperfeiçoando com o intercâmbio, sem dúvida reflete sobre os outros vizinhos que não fazem parte do bloco. É certo, porém, que de vez em quando surge um desavisado que não consegue se libertar das fantasias de domínio. Representa perigo e barulho quando chega ao poder, agindo no retrocesso da sua pátria. No todo, a América do Sul vai aprendendo que o progresso acima da ignorância, prepotência, arrogância e miséria é o único embaixador da estabilidade social.
     Esperamos novos tempos de paz e prosperidade para a Colômbia e seus vizinhos. Pesa muito o equilíbrio de um dirigente em país como a Colômbia, pelo seu tamanho, posição estratégica e vontade de ascender. A Colômbia faz fronteira com Brasil, Venezuela, Peru e Equador. Suas terras são banhadas pelo Oceano Pacífico e pelo Mar das Caraíbas, representando a terceira força da economia sul-americana. Com a capital Bogotá, sua língua oficial é o Castelhano e sua população representa cerca de 47 milhões de habitantes. Não é pouca a sua dificuldade por causa da produção de maconha que aparece em primeiro lugar no mundo. Seguem-se a cultura da coca e a grande produção de cocaína. Mas nem só desses produtos fora de lei vive a Colômbia. Ela é rica em elementos naturais como petróleo, carvão, ouro e esmeraldas, além de uma agricultura que produz café (segundo produtor mundial) e cana-de-açúcar. Entra no seu desenvolvimento ainda o couro, produtos têxteis e químicos.
     A posse do novo presidente, no último sábado (7), senhor Juan Manuel Santos, já chamado pela Imprensa de Santos, traz esperanças de soluções internas para os conflitos com as FARC e, externas de boas relações com a vizinhança, notadamente com Venezuela e Equador. Nós todos da América do Sul precisamos de uma Colômbia pacificada e dinâmica para ser importantíssimo ponto de equilíbrio e solidez regional. Muitos brasileiros estudam e fazem a vida nesse país irmão, enquanto milhares de colombianos ─ muitos deles imigrantes ilegais, ainda ─ trabalham em inúmeras atividades no Brasil. Almejamos, dentro da boa vontade dos homens, que o novo presidente, substituto de Álvaro Uribe, faça um governo repleto de êxito para a felicidade do seu povo. Esperamos que após a solução do problema FARC, não exista mais motivo para a continuação de bases americanas no Sul, um desconforto que o senhor Santos terá que resolver. O Dia dos Pais merece notícias agradáveis oriundas de qualquer parte do Planeta. O melhor presente, sem dúvida alguma, é a harmonia entre nações. Compreensão ao mundo, particularmente, PAZ NA AMÉRICA DO SUL.




Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2010/08/paz-na-america-do-sul.html

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

LUÍS DOIDO

LUÍS DOIDO
(Clerisvaldo B. Chagas, seis de agosto de 2010)
Quando falamos em malucos nem sempre dizemos sozinhos. O nosso romance “Ribeira do Panema” bem que procura descrever os doidos da cidade. Encontramos referências também em outros livros de autores santanenses e de Palmeira dos Índios, como Oscar Silvar e Valdemar Cavalcanti, sobre essas pessoas sem juízo. Sem sabermos sobre sua origem, surgiu na “Rainha do Sertão” um doido chamado simplesmente Luís. Jovem, em torno de vinte e dois anos, Luís era alegre a todo o momento e babava sempre. Não sabemos se a baba era proveniente de algum medicamento ou consequência mesmo do seu mal. Parece que sua mãe sempre aparecia e o mantinha limpo. Por onde passava, Luís era querido e cumprimentado. Para aumentar a felicidade do rapaz, causou tremendo sucesso um forró lançado no Nordeste. “O Relabucho”, de melodia muito boa e cantada em ritmo alucinante por Zeca Balero, alegrou muita gente nessa terra. Luís doido logo se identificou com a composição de Elino Julião e Lucas Evangelista/Athaíde Pereira. Se o rapaz já era contente sem música, dobrava o ânimo quando o rádio bradava:

“Aproveita o relabucho Maricota venha cá
Eu relo, você rela, tu rela eu torno a relar...”

(...) “anda Maricota que o tempo está passando
Todo mundo tá relando, você fica sem relar...”

Estávamos aproximadamente na época da Guerra do Vietnã, 1959-1975. O forró de alta qualidade chegava e agradava a todas as camadas sociais. Luís se apaixonou pela música e passou a ser solicitado pelo comércio inteiro. Cantava e dançava rindo e babando o que era uma atração constante. “Cante aí o relabucho, Luís!” E era somente o que o doido queria:

(...) “maracujá só é bom quando tá murcho
Eu entro no relabucho só deixo quando relar...”

Palmas para Luís e Vibração na plateia.
Difícil é governar os Estados Unidos. O país ficou viciado em mandar invadir e derramar sangue. Há anos um repórter de TV fez uma entrevista com vários pistoleiros presos no Brasil. Um deles, em presídio de Pernambuco citou o vício de matar como principal causa de setenta e tantas mortes: “não tendo quem me contrate, mato só para vê a queda”. Repetindo mais uma vez, a ONU não manda em nada. Não manda porque virou títere em mãos americanas. Barack, mal anuncia a retirada do Iraque ─ onde foi fabricada ‘só para ver a queda’ uma enorme montanha de cadáveres ─ gente do governo já anuncia a invasão ao Irã. Manobras militares ameaçam também a Coreia do Norte e só falta tirar o breve do meio. Não basta o Iraque, o Afeganistão engolidor de defuntos de jovens ianques, porque o vampiro Tio Sam, não bebe em taça pequena. “Negro jurado negro apanhado”, diziam no Império brasileiro. E se Obama pensava ser um pacifista, foi perdendo a cor dos cabelos sob pressão interna. Até a ex-candidata a vice-presidenta, vulgar senhora parecida com atriz pornô, chega a dizer que o Barack não tem “Culones”. Encheu a boca do seu uso. Não sabemos se ela mandou alguém ou foi verificar in loco. Vai, Obama, cumprir a sina homicida do seu país! Vá construindo novos Vietnãs, mas não venha para cá. Ao invés de bombas e canhões, preferimos as estrofes de Zeca Balero:

“Aproveite o relabucho, Maricota venha cá...”

O Brasil já tem lunáticos de sobra, cópias, carbonos, clones... de LUÍS DOIDO.





Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2010/08/luis-doido.html