terça-feira, 21 de agosto de 2012

BOIS, BOIADEIROS E BARRETOS



BOIS, BOIADEIROS E BARRETOS
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de agosto de 2012.
Crônica Nº 846

BARRETOS. (Fonte: Edson Silva.Folha Press.).
Desembarcado no Brasil como esperança, discriminado pelo rei de Portugal na Zona da Mata Nordestina, o boi reverteu o quadro e o Sertão o abraçou. Atualmente sua agradável presença ocupa todas as cinco Grandes Regiões Brasileiras, levando alimento, história, diversão e folclore. Poucos animais domésticos são tão estimados quanto esse mamífero quadrúpede. Dizem que do boi não se perde nem o berro, pois o som é usado como modelo de buzina de automóvel. Foi ele quem desbravou o Sertão do Nordeste e abasteceu também outras regiões com os produtos do seu corpo, inclusive em épocas difíceis de guerras internas. O homem de vez em quando vai reconhecendo a importância dos animais domésticos, como criaturas de Deus a lhes servir e fazer companhia. Não é à toa que em Santana do Ipanema, Alagoas, encontramos uma estátua em homenagem ao jumento, animal que tanto fez pelo engrandecimento regional. Em Petrolina, Pernambuco, encontramos a estátua do bode, pois só o Sertão sabe quanto o caprino foi e é importante por aquelas bandas.
Em se tratando de festas que envolvem o boi, temos na Região Norte (reduto do peixe) a festa de Parintins ─ uma das maiores do Brasil ─ com os partidários dos bois Caprichoso e Garantido. No Nordeste, brilha a velha tradição da Vaquejada, acontecendo em inúmeras cidades da região. No Sul, destacam-se os torneios que encantam aos seus visitantes. No Sudeste, Barretos tornou-se internacional, sendo ponto de referência de rodeio, no mundo. No Centro-Oeste, as modas de viola não param de exaltar a figura do animal que predomina por ali. Voltando para Barretos que reúne vaqueiros, boiadeiros, domadores, “peões”, touros famosos, cantores, apresentadores e muitos outros profissionais, tem conseguido um espaço formidável na mídia nacional que reflete direto para o estrangeiro. A cidade virou desfile de moda, centro de espetáculos, ponto de encontros e lugar de investimento pesado. É certo que chega o turista sadio para despejar dinheiro na cidade, mas o que aparece para dar trabalho não está escrito.
Mesmo sem conhecer a cidade dos rodeios mais famosos do Brasil, vamos também nos empolgando com os sucessos dos seus empreendimentos. Afinal eles sempre estão de parabéns: BOIS, BOAIDEIROS E BARRETOS.

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domingo, 19 de agosto de 2012

ASSIM A COISA VAI


ASSIM A COISA VAI
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de agosto de 2012.
Crônica Nº 845
MACEIÓ. (Fonte: viajeaqui.abril.com.br).

A presença da presidenta Dilma Rousseff ao evento da Braskem, em Maceió, sem dúvidas, carimbou a importância daquele ato para Alagoas, Brasil e mundo. Vivendo em tempos passados os fechamentos ou transferências de várias indústrias por culpa das desastradas administrações estaduais, o alagoano havia perdido a sua autoestima. Tendo a indústria agro canavieira como suporte número um da economia, o estado se batia com uma série de desatinos que não vale a pena nem falar, porque chega a doer na alma, principalmente dos funcionários públicos. Nessa época até um leigo sabia que Alagoas não poderia continuar como nos tempos coloniais, sentado apenas na monocultura da cana-de-açúcar e suas crises. Nos últimos tempos, quando o Nordeste passou a se desenvolver, houve quem visse os grandes empreendimentos do Recife como benéficos para o seu vizinho do sul, porque indiretamente atingiria Alagoas. Mesmo sabendo que isso era verdade, ninguém por aqui se conformou, querendo o desenvolvimento também para o nosso pequeno território. Os polos se agigantavam no Recife, Salvador e Fortaleza, deixando os estados menores do Nordeste, com as possíveis sobras dos maiores.
Verdade seja dita, o atual governo (devendo muito ao Sertão, ainda) procurou novas alternativas para o estado e as indústrias foram chegando para consolidar a fase em que vivemos. Assim, a nova fábrica de PVC da Braskem, em Marechal Deodoro, tornando-se a maior fornecedora de PVC da América Latina, dá o salto esperado há muito, pelo alagoano. Muitas outras fábricas se instalarão em Alagoas tendo a Braskem como fábrica mãe, partindo como grande polo da química e do plástico, a exemplos de outras já instaladas. Anuncia-se para já, a construção de novo estaleiro em Maceió para fabrico de plataformas marinhas e futuramente de navios, com uma bela projeção para empregos e status de quem é grande. Outros dão como quase resolvida a questão do outro estaleiro, EISA, no município litorâneo de Coruripe, enorme para mão de obra, gigante para o progresso que ajudará na independência econômica da “Terra dos Marechais”. O investimento da Braskem, de R$ 1,1 bilhão, diz bem sobre a importância do empreendimento para um estado que passa a ser internacional no ramo do plástico.
Temos certeza de que muitas outras indústrias virão para Alagoas, não somente no ramo da química, do plástico, mas também em outros setores, aproveitando a situação geográfica e os incentivos atuais. Foi anunciado mais de 70 bons empreendimentos já implantados. Alagoas parece seguir finalmente o seu destino de pequeno grande estado que desperta para a seriedade. Vamos recuperar o tempo perdido, pois ASSIM A COISA VAI.

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