ASSIM A COISA VAI
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de agosto de
2012.
Crônica
Nº 845
MACEIÓ. (Fonte: viajeaqui.abril.com.br). |
A
presença da
presidenta Dilma Rousseff ao evento da Braskem, em Maceió, sem dúvidas,
carimbou a importância daquele ato para Alagoas, Brasil e mundo. Vivendo em
tempos passados os fechamentos ou transferências de várias indústrias por culpa
das desastradas administrações estaduais, o alagoano havia perdido a sua autoestima.
Tendo a indústria agro canavieira como suporte número um da economia, o estado
se batia com uma série de desatinos que não vale a pena nem falar, porque chega
a doer na alma, principalmente dos funcionários públicos. Nessa época até um
leigo sabia que Alagoas não poderia continuar como nos tempos coloniais,
sentado apenas na monocultura da cana-de-açúcar e suas crises. Nos últimos
tempos, quando o Nordeste passou a se desenvolver, houve quem visse os grandes
empreendimentos do Recife como benéficos para o seu vizinho do sul, porque
indiretamente atingiria Alagoas. Mesmo sabendo que isso era verdade, ninguém por
aqui se conformou, querendo o desenvolvimento também para o nosso pequeno
território. Os polos se agigantavam no Recife, Salvador e Fortaleza, deixando
os estados menores do Nordeste, com as possíveis sobras dos maiores.
Verdade seja dita, o atual governo (devendo
muito ao Sertão, ainda) procurou novas alternativas para o estado e as indústrias
foram chegando para consolidar a fase em que vivemos. Assim, a nova
fábrica de PVC da Braskem, em Marechal Deodoro, tornando-se a maior fornecedora
de PVC da América Latina, dá o salto esperado há muito, pelo alagoano. Muitas
outras fábricas se instalarão em Alagoas tendo a Braskem como fábrica mãe,
partindo como grande polo da química e do plástico, a exemplos de outras já
instaladas. Anuncia-se para já, a construção de novo estaleiro em Maceió para
fabrico de plataformas marinhas e futuramente de navios, com uma bela projeção
para empregos e status de quem é
grande. Outros dão como quase resolvida a questão do outro estaleiro, EISA, no
município litorâneo de Coruripe, enorme para mão de obra, gigante para o
progresso que ajudará na independência econômica da “Terra dos Marechais”. O
investimento da Braskem, de R$ 1,1 bilhão, diz bem sobre a importância do
empreendimento para um estado que passa a ser internacional no ramo do
plástico.
Temos
certeza de que muitas
outras indústrias virão para Alagoas, não somente no ramo da química, do
plástico, mas também em outros setores, aproveitando a situação geográfica e os
incentivos atuais. Foi anunciado mais de 70 bons empreendimentos já implantados.
Alagoas parece seguir finalmente o seu destino de pequeno grande estado que
desperta para a seriedade. Vamos recuperar o tempo perdido, pois ASSIM A COISA
VAI.
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