quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

IMA EM SANTANA É ERRO



IMA EM SANTANA É ERRO
Clerisvaldo B. Chagas, 09 de janeiro de 2014
Crônica Nº 1119

O QUE PROVOCA A FALTA DE LEIS MUNICIPAIS Foto: Clerisvaldo)
Hoje, durante inauguração da Academia, em Santana, o prefeito Mário Silva, em seu pronunciamento, falou da burocracia para realizar obras que se exige das Prefeituras. Inclusive, o prefeito chegou a falar sobre um conselho que alguém teria dado para trazer o IMA para Santana do Ipanema e atender a região, para agilizar soluções de problemas com o meio ambiente. Completamente errado o conselho que deram ao prefeito. A AGRIPA – Associação Guardiões do Rio Ipanema - já havia falado como o Secretário do Meio Ambiente local, quando fez ver a necessidade urgente de leis municipais sobre o assunto, elaboradas pela Câmara de Vereadores. Cada estado e municípios devem elaborar suas leis baseadas no Código Florestal Brasileiro. Os vereadores de gestões anteriores fizeram ouvido de mercador à qualidade de vida dos santanenses.
O Estado tem a sua secretaria de Recursos Hídricos. O braço executor das suas ações é o IMA. Em Santana, elaborada as leis municipais do meio ambiente pela Câmara, a Prefeitura poderá criar a Secretaria de Meio Ambiente e fundar seu próprio órgão semelhante ao IMA (estadual) com funções municipais. Chega de estar se escorando nos outros e adotando conselhos tronchos. O senhor José Vaz, presidente da Câmara, também já ouviu a AGRIPA e sabe da urgência em elaborar essas leis. É só convocar os seus pares e acabar de uma vez com esses constrangimentos burocráticos que só trazem prejuízo para Santana do Ipanema, inclusive na extração mineral. Os senhores vereadores não podem perder “o bonde da história”. O IMA poderá sim, ajudar na elaboração das leis e a AGRIPA, defensora do meio ambiente, faz questão de participar. Chega de tanto atraso, minha gente.

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A FILA DOS HOMENS NUS


A FILA DOS HOMENS NUS
Clerisvaldo B. Chagas, 08 de janeiro de 2014
Crônica Nº1118

Eu sabia sobre todos os combates da Segunda Grande Guerra. As batalhas do Pacífico, do norte da África, dos maquis, nomes de comandantes, armas utilizadas como tanques, aviões, navios, submarinos e as estratégias usadas pelos respectivos comandos. Era um apaixonado pelo tema e gostava de discutir com meus colegas bem informados. Entretanto nunca quis saber de farda de espécie alguma. Foi com surpresa, portanto que recebi a notícia que teria que me apresentar ao tenente do exército em Santana. Os jovens santanenses estavam isento do serviço militar obrigatório, mas fui atender o chamado verde. O tenente era farrista, gostava de falar, discursar difícil e pedir cágados do criatório de meu pai para suas farras que não tinham fim. Mesmo assim não teve consideração nenhuma. Vendo que eu passara do prazo de me apresentar, apenas poucos dias, nem quis saber. Com sua cara falsa e de pau, lascou um carimbo no documento que eu iria portar com a palavra “REFRATÁRIO”.
 E como eu passara a ser um peste refratário, teria que me apresentar em Maceió no quartel do 20º BC para exame de saúde e servir o exército ou não. Exame superficial preliminar, outra carimbada, dessa vez nas costas com a letra “B” e uma ordem enjoada àquela multidão: “Todo mundo nu e na fila”. Antes de ser constrangedor, era uma maneira de humilhar os futuros recrutas e os estudantes civis. Sem alternativa fui completar a fila dos cabras pelados. Não havia como esconder nada. Com u’a mão se cobria a bunda, com a outra se escondia o pênis. Mas, essa estratégia não funcionava, compadre. Pense numa fila de homens pelados. Uns ficavam sérios e outros, não podendo escapar à humilhação, tornavam-se engraçados apontando, bundas, pênis e barrigas, derretendo-se em gargalhadas. Todos jovens de 18 anos. O pênis grande ou de tamanho razoável não deixa de fornecer maior confiança ao macho, mas ali não tinha disso. Eram apontados tanto à falta quanto o excesso. Tinham gozadores que quase quebravam o tronco de tanto gargalhar.
Eu estava ali pensando em perder um ano de estudos, fazer uma coisa que nunca havia sonhado com ela e aguardando com ansiedade a volta da minha roupa. Sem remédio nenhum, relaxei e encarei o fato como um naturalista. Felizmente, diante de tantos, não fui apontado em nada, nem na vanguarda nem na retaguarda. O meu corpo dava para se apresentar bem e passou isento no rol das gozações. Mas ainda hoje, quando lembro o tal tenente farrista, comedor de cágados, lembro também da FILA DOS HOMENS NUS.


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