sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

HISTORIANDO O COMÉRCIO DE SANTANA




HISTORIANDO O COMÉRCIO DE SANTANA
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de dezembro de 2014.
Crônica Nº 1.323
SANTANA ANTIGA. PRÉDIO E SOBRADO DO MEIO DA RUA.

Para nós, meninos e rapazinhos, nos últimos anos da época de 50, duas casas comerciais nos chamavam atenção e marcavam como fontes de novidades para as nossas pequenas compras. O armazém de Seu Marinho, secos e molhados, no prédio do meio da rua, defronte a Sapataria Ideal, e a Casa Imperial do senhor Pedro Cristino (Seu Piduca).
Seu Marinho, homem alto e forte viera da zona rural corrido das presepadas de Lampião. Seu armazém era muito sortido e o próprio Marinho Rodrigues despachava no balcão, junto à dona Prazerinha, sua esposa, e seu cunhado Rêguinho. O seu filho Clodolfo Rodrigues de Melo, amigo de Breno Accioly, estudou medicina e foi o primeiro médico da cidade. Possuíam imóveis rurais nos arredores de Santana do Ipanema. Desde o excelente charque e o bacalhau de primeira exibidos no balcão (que nós íamos tirando lascas com os dedos e comendo) até o arame farpado, bolachas e querosene eram vendidos no armazém. Ali era a nossa fonte de ximbras lisas e depois coloridas, expostas em frascos transparentes bocas largas, sentados no balcão. Seu Marinho fazia questão de meter a manzorra no gogó dos frascos e, creio que passavam somente os dedos grossos.
Já no outro estabelecimento, Casa Imperial, comprávamos também ximbras coloridas, belos pinhões, apitos de plástico rígido, ioiôs em variadas cores, canivetes e facas tipos salva-vidas. O proprietário, Seu Piduca, assim como Seu Marinho, era homem bem conceituado. Estatura abaixo da mediana, careca e usando óculos, Seu Piduca também possuía uma olaria na margem direita do rio Ipanema, vizinha a mais duas como as de Zé Cirilo e Eduardo Rita.
Marinho Rodrigues terminou cedendo terras na periferia de Santana onde foi construído um conjunto residencial (tipo casa de pombo) que leva o nome de Conjunto Marinho, até hoje, sem calçamento e esquecido completamente pelas autoridades. O hospital regional de Santana, também foi construído em terras da família, vizinho ao Conjunto Marinho e que leva o nome do Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo. Ainda vizinha aos dois, nas faldas da serra Aguda, está sendo construído um enorme conjunto residencial particular na antiga fazenda da família Rodrigues.
Assim as marcas físicas do passado vão desaparecendo e rebrotando no papel de quem se propõe a isso.

Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2014/12/historiando-o-comercio-de-santana.html

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

CRAÍBAS



CRAÍBAS
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de dezembro de 2014
Crônica Nº 1.322

CRAÍBAS. (Foto: fmgranderio.com.br).
Veja o que diz a Wikipédia; a enciclopédia livre, a respeito do município alagoano de Craíbas. O lugar foi palco do último e pequeno tiroteio de Lampião, em abril de 1938.

“Nos idos de 1865, Manoel Nunes da Silva Santos chegou à região onde está hoje o município de Craíbas, sendo um dos seus primeiros habitantes. Apesar de ser uma área pobre ele resolveu se estabelecer ali mesmo, adquirindo uma grande extensão de terras pertencentes a Felipe Nogueira de Lima, composta basicamente de matas e árvores, principalmente a craibeira, que acabaria dando nome à cidade. Até 1892, Manoel Nunes foi o único proprietário do lugar. Com o falecimento de sua esposa, Josefa Teixeira da Silva, neste mesmo ano, iniciou-se a partilha de bens entre filhos e genros. As terras foram divididas e incrementou-se, a partir daí, o desenvolvimento da localidade. No começo do século XX Craíbas passou a ter características de um povoado. Por volta de 1922 já figura na divisão administrativa do Estado de Alagoas como um lugarejo pertencente ao município de Limoeiro de Anadia.  
Adalberto Marroquim, em sua “Terra das Alagoas”, assevera que, em Craíbas, por este tempo, existia uma escola pública mantida pelo Estado. A primeira feira pública foi realizada em 23 de março de 1923. O primeiro cartório de registro civil foi instalado em 1939. O crescimento socioeconômico do povoado determinou a sua autonomia administrativa. Dessa forma, pela Lei nº 2.471, de 28 de agosto de 1962, obteve a sua emancipação política. O deputado estadual José Pereira Lúcio foi o autor do projeto, aprovado na Assembleia Legislativa e sancionado pelo então governador Luiz Cavalcante. A instalação oficial do município ocorreu em 23 de setembro de 1962. Até a realização das eleições municipais, Antônio Barbosa foi nomeado prefeito, interinamente. Em 1963, Manoel Pedro da Silva foi eleito prefeito, mas perdeu o mandato em 1965, quando a cidade voltou a ser distrito de Arapiraca. Somente após um plebiscito, realizado em 1982, o então governador Theobaldo Barbosa devolveu a autonomia político-administrativa a Craíbas”.


Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2014/12/craibas.html