domingo, 7 de junho de 2015

O SOFRIMENTO DE JESUS (II).



O SOFRIMENTO DE JESUS (II)
Clerisvaldo B. Chagas,
Crônica Nº 1.437

Pint. Crucificação. Gaudênzio Ferrari (1513).
"Ao mesmo tempo foram crucificados com ele dois ladrões: um da parte direita, e outro da parte esquerda. E os que iam passando blasfemavam dele, movendo as suas cabeças E dizendo: Ah tu o que destróis o templo de Deus, e o reedificas em três dias, salva-te a ti mesmo: se és filhos de Deus, desce da cruz.
Da mesma sorte, insultando-o também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas e anciãos, diziam: Ele salvou os outros, assim mesmo não se pode salvar; se é rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus: livre-o agora, se é seu amigo, porque ele disse: Eu pois sou filho de Deus. E os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados com ele. Mas desde a hora sexta até a hora nona se difundiram trevas sobre toda a terra. E perto da hora nona deu Jesus um grande brado, dizendo: Eli, Eli lamma sabachthani? Isto é, : Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes? Alguns, porém dos que ali estavam, e que ouviram isto, diziam: Este chama por Elias. E logo correndo um deles, tendo tomado uma esponja, a ensopou em vinagre, e a pôs sobre uma cana, e lhe dava a beber. Porém os mais diziam: Deixa, vejamos se vem Elias a livrá-lo.
E Jesus, tornando a dar outro grande brado, rendeu o espírito. E eis que se rasgou o véu do templo em duas partes de alto a baixo; e tremeu a terra, e partiram-se as pedras. E abriram-se as sepulturas; e muitos corpos de santos, que eram mortos, ressurgiram; e saindo das sepulturas, depois da ressurreição de Jesus, vieram à cidade santa, e apareceram a muitos. Mas o centurião, e os que com ele estavam de guarda a Jesus, tendo presenciado o terremoto e os sucessos que aconteciam, tiveram grande medo, e diziam: Na verdade este homem era Filho de Deus. Achavam-se também ali, vendo de longe, muitas mulheres que desde a Galileia tinham seguido a Jesus, subministrando-lhe o necessário, entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. E quando foi lá pela tarde, veio um homem rico de Arimateia, por nome José, que também era discípulo de Jesus. Este chegou a Pilatos, e lhe pediu o corpo de Jesus.Pilatos mandou então que se lhe desse o corpo.Tomando pois o corpo, amortalhou-o José num asseado lençol, e depositou-o no seu sepulcro, que ainda não tinha servido, o qual ele tinha aberto numa rocha. E tapou a boca do sepulcro com uma grande pedra que para ali revolveu, e retirou-se.
E Maria Madalena e a outra Maria, estavam ali assentadas defronte do sepulcro. E no outro dia, que é o seguinte ao parasceve, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus acudiram juntos à casa de Pilatos, dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, vivendo ainda, disse: Eu ei de ressurgir depois de três dias. Dá logo ordem que se guarde o sepulcro até ao dia terceiro; para não suceder que venham seus discípulos, e o furtem, e digam à plebe: ressurgiu dos mortos; e desta sorte virá o último embuste a ser pior do que o primeiro. Pilatos lhes respondeu: Vós aí tendes guardas; ide, guardai-o como entendeis. Eles porém, retirando-se, trabalharam por ficar seguro o sepulcro, selando a campa e pondo-lhe guardas".

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quinta-feira, 4 de junho de 2015

O SOFRIMENTO DE JESUS



O SOFRIMENTO DE JESUS (I)
(série de três crônicas)
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de junho de 2015
Crônica Nº 1.436
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“Foi apresentado pois Jesus ao governador, e o governador lhe fez esta pergunta, dizendo: Tu és o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: Tu o dizes. E sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, não respondeu cousa alguma. Então lhe disse Pilatos: Tu não ouves de quantos crimes te fazem cargo? E não lhe respondeu a palavra alguma, de modo que se admirou o governador em grande maneira. Ora o governador tinha por costume, no dia da festa, soltar aquele preso que os do povo quisessem. E naquela ocasião tinha ele um preso afamado, que se chamava Barrabás. Estando pois eles todos juntos, disse-lhes Pilatos: Qual quereis vós que eu vos solte? Barrabás ou Jesus que se chama o Cristo? Porque sabia que por inveja é que lhe haviam entregado. Entretanto, estando ele assentado no seu tribunal, mandou-lhe dizer sua mulher: Não te embaraces com a causa desse justo, porque hoje em sonhos foi muito o que padeci por seu respeito.
Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram aos do povo que pedissem Barrabás, e que fizessem morrer Jesus. E fazendo o governador esta pergunta, lhes disse: Qual dos dois quereis vós que eu vos solte? E responderam eles: Barrabás. Disse-lhe Pilatos: Pois que ei de fazer de Jesus, que se chama o Cristo. Responderam todos: Seja crucificado. O governador lhes disse: Pois que mal tem ele feito? E eles levantaram mais o grito, dizendo: Seja crucificado. Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, mas que cada vez era maior o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos à vista do povo, dizendo: Eu sou inocente do sangue deste justo; vós lá vos avinde. E respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos. Então lhes soltou Barrabás; e depois de fazer açoitar a Jesus, entregou-lhe para ser crucificado. Então os soldados do governador, tomando a Jesus para o levaram ao pretório, fizeram formar à roda dele toda a coorte. E despindo-o, lhe vestiram um manto carmesim. E tecendo uma coroa de espinhos, lhe puseram sobre a cabeça, e na sua mão direita uma cana. E ajoelhado diante dele, o escarneciam, dizendo: Deus te salve, rei dos judeus.
E cuspindo nele, tomaram uma cana, e lhe davam com ela na cabeça. E depois que escarneceram, despiram-lhe o manto, e vestiram-lhe os seus hábitos, e assim o levaram para o crucificarem. E ao sair da cidade acharam um homem de Cirene, por nome Simão; a este constrangeram a que levasse a cruz dele, padecente. E vieram a um lugar que se chama Gólgota, que é o lugar do Calvário. E lhe deram a beber vinho misturado com fel. E tendo-o provado, não o quis beber. E depois que o crucificaram, repartiram as suas vestiduras, lançando sortes; para que se cumprisse o que tinha sido anunciado pelo profeta, que diz: Repartiram entre si as minhas vestiduras, e sobre a minha túnica lançaram sorte. E assentados o guardavam. Puseram-lhe também sobre a cabeça esta inscrição, que declarava a causa da sua morte: ESTE É JESUS REI DOS JUDEUS”.



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