EL PAREDÓN Clerisvaldo B. Chagas, 30 de maio de 2016 Crônica Nº 1.521 Segunda opção As páginas dos jornais estão cheias de ...

EL PAREDÓN



EL PAREDÓN
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de maio de 2016
Crônica Nº 1.521

Segunda opção
As páginas dos jornais estão cheias de roubos e assaltos.  As cadeias não cabem mais os marginais, indo além das suas capacidades. É um eterno problema que não se resolve nunca. Diante de tantas insistências de ladrões, estupradores, e assaltantes, tínhamos que renunciar ao sentimento cristão e concordar com o antigo regime cubano de “El Paredón”.
A ordem seria de limpar totalmente o país. A partir do segundo roubo, do segundo assalto, do segundo estupro, comprovadamente, escorar o indivíduo na parede e detoná-lo em nome da lei e da ordem. A tolerância seria apenas com a primeira vez quando se usaria o sistema de prisão.
Durante a ditadura militar, um bando que apavorava a baixada santista, foi dizimado de forma diferente. Todos foram presos e jogados em alto mar, servindo de comida para os peixes. A baixada voltou a respirar aliviada por longo tempo. Não existe outra maneira. Os pais de família continuam sendo mortos a cada dia no trajeto do seu trabalho, nas ruas, no coletivo e mesmo dentro de casa. Seria um regime temporário anticristão, mas por extrema necessidade de limpeza.
Alguém pode perguntar como seria, então, no caso dos políticos que levam todo o dinheiro do Brasil. Bem, políticos e magistrados corruptos teriam o mesmo destino dos marginais menores. Eles próprios dizem para fazer efeito: ninguém está acima da lei e da ordem.
O Brasil está precisando de uma borracha sim, mas uma borracha nessas condições: ou o ”El Paredón” ou o alto mar em região infestada por tubarões. Chega de sentimento bonzinho que alimenta as quadrilhas do país.

LAMPIÃO E A BALA ATRÁS Clerisvaldo B. Chagas, 27 de maio de 2016 Crônica Nº 1.520 CORISCO Na época do cangaceirismo, além d...

LAMPIÃO E A ABALA ATRÁS



LAMPIÃO E A BALA ATRÁS
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de maio de 2016
Crônica Nº 1.520
CORISCO

Na época do cangaceirismo, além da exuberante caatinga ─ cobertura vegetal do semiárido ─ as estradas e caminhos de terra, davam grande cobertura a bandidos. Portanto, as fazendas nordestinas em geral, vilas e povoados, amargavam o abandono dos governos. Quando havia alguma autoridade numa vila ou povoado, não passava de delegado civil, um subdelegado ou no máximo um cabo.
Aproveitando-se dessa fraqueza que tão bem conhecia, bandos de cangaceiros invadiam esses locais para roubar, assaltar, estuprar e torturar de forma vergonhosa. Os pobres e pacatos  roceiros eram submetidos a toda qualidade de selvageria que alguns abnegados da bandidagem, hoje, procuram exaltar as hostes dos demônios.
Falando do bandido total, Lampião, em Alagoas atacou somente duas cidades e seu Parceiro Corisco, uma. O restante foi a covardia que o guiou a vida toda, nos inúmeros crimes praticados aos indefesos nas citadas vilas, povoados e fazendas.
Ainda antes da fama, o marginal, sorrateiramente, durante a madrugada, fez um roubo em Água Branca na casa da Baronesa. Logo descoberto, deixou a cidade debaixo de bala para orgulho de seus habitantes.
Em Mata Grande, incentivado pelos irmãos que não passavam de irmãos e viveram sempre à sombra do chefe, especializando-se em estupros (menos Antônio Ferreira, a velha jararaca) foi outra fragorosa derrota. Em pouco tempo a tentativa de Lampião em assaltar o comércio, foi transformada em correria com um bocado de balas na traseira. Não foi só Mossoró a única cidade que botou Lampião para correr, como em artigo que nós lemos. São muitos leigos, bajuladores, adoradores e mentirosos escrevendo coisas sobre cangaço, daí essa confusão solta no meio do mundo.
Em Piranhas, Corisco e cerca de vinte cangaceiros, tentaram sequestrar a esposa do tenente Bezerra. Alguns gatos-pingados botaram os valentões para correr da cidade, onde morreu o cangaceiro Gato. (este episódio é narrado completamente deturpado em uma das páginas da Wikipédia) que horror!
O restante em Alagoas, meu amigo, cadê coragem para invadir mais cidades? Como não podia com os sadios, Lampião continuou atacando apenas coxos, cegos e coitados, isto é, os indefesos: vilas, fazendas e povoados... É esse o herói dos frustrados.