domingo, 8 de janeiro de 2017

VALHA-ME DEUS!



VALHA-ME DEUS!
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de janeiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.617
Paulo Afonso (Sistema CHESF).
Nomes inusitados sempre aparecem em todas as pesquisas. Eles estão carimbados em pessoas, cidades, povoados e sítios. Lembro-me perfeitamente de um beberrão que aparecia na Ponte General Tubino, em Santana do Ipanema, Alagoas. Magro simpático, cabelo ralo, olhos apertados e que atendia pelo vulgo “Soim”. Eu que andava em busca de um personagem semelhante para o meu romance “Defunto Perfumado”, transportei o sujeito para a era de 30. A mesma coisa, já contei em crônica, encontrei um rapaz gordinho no alto sertão de Canapi, a quem o pessoal da fazenda pesquisada o chamava Rebolado. Herdei apenas o nome e o coloquei em um negro cruel do próprio romance, pistoleiro assalariado.
Pois bem, lá para as bandas de Senador Rui Palmeira, não recordo exatamente o município alagoano, existe o sítio “Apertada Hora”. Corri atrás do motivo pavoroso e, brincadeira ou não, uma senhora daquele lugar explicou a coisa. Certa transeunte dos sítios deparou-se com uma onça emboscada numa passagem alta e apertada. O resultado nem a entrevistada soube contar, mas até hoje o nome permanece no sítio, inclusive, mapeado no mapa estadual.
Lá no município de Delmiro Gouveia, também em Alagoas, tem outro lugarejo concorrente. Trata-se do “Valha-me Deus”. O motivo ainda não sei, imagino, porém, que deve ter sido algum momento de aflição.
O professor e parceiro literário, Marcello Fausto, irá conosco amanhã ao Ponto Extremo Oeste de Alagoas. Iremos passar perto do lugar “Valha-me Deus”.  Mas a meta mesmo é a desembocadura afogada artificialmente do rio Moxotó, Ponto Extremo jamais mostrado em livro geográfico e nem em foto de Internet. A foz  transformou-se em barragem para atender  a Usina Hidrelétrica Apolônio Sales, do Complexo de Paulo Afonso. Vale imagens do rio Capiá, do serrote do Carié, de ravinas, serras, vales e grotas, além da própria Delmiro Gouveia, uma das treze cidades atrativas do estado.
Depois será a grande viagem Santana-Piaçabuçu-Porto Real de Colégio-Igreja Nova-Jacuípe. Todos os Pontos Extremos de Alagoas serão mostrados na ponta das fotos surpreendentes e inéditas. Com outras imagens também geograficamente inéditas da foz do rio Paraíba do Meio e a do rio Mundaú, estaremos encerrando nossas pesquisas da Geografia Física. Depois... Bem, depois será a fase das correções, comparações e mais, mais, mais com um pente longo e fino. Ê Alagoas!











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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

MARAVILHA, ZÉ


MARAVILHA, ZÉ
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de dezembro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.611

Foto: (Agência Alagoas). 
Uma empresa de fruticultura irrigada será instalada em Alagoas com previsão de gerar mil empregos diretos. Esta parece ser mais uma crônica seriada de boas notícias para o estado. A empresa já é muito famosa e produzirá melão, melancia, mamão, banana, aspargo, entre outras, segundo divulgação da Agência Alagoas.
Trata-se da principal empresa produtora de frutas irrigadas do Nordeste com sede em Mossoró, no Rio Grande do Norte que instalará unidade no município de Delmiro Gouveia, Alto Sertão de Alagoas. A empresa pertence ao senhor Luiz Roberto Barcelos, maior produtor de melão do mundo que foi atraído pelas condições oferecidas de incentivos pelo governo estadual.
Além dos mil empregos diretos, o negócio vai aquecer o comércio da região e trazer tecnologia que será implantada no Sertão e Semiárido, afirmou autoridade representativa. Com a implantação da fábrica surgirão oportunidades aos pequenos produtores que irão comercializar seus produtos também para outros países.
A mesma autoridade diz ainda que “a meta governamental é desenvolver com políticas públicas do setor, o semiárido com sustentabilidade econômica, social e ambiental”.
Ora, com várias empresas estrangeiras e brasileiras querendo investir na região do Canal, o Sertão alagoano poderá se transformar em uma nova Petrolina, ou melhor, na terra de Canaã onde corria leite e mel. Caprinocultura, vinhedos, fruticultura e mais e mais e mais, com ajuda de Deus, dos homens e do rio São Francisco, até os santos vão querer armar redes nas quixabeiras, juremas e baraúnas da região. Xô! Xô! Arautos do pessimismo, pois, visões de futuro, responsabilidade nas críticas e nos elogios, não fazem mal a ninguém.
Nesse caso, amigo Zé, as perspectivas são as melhores possíveis para o próximo ano. A economia alagoana poderá iniciar o 2017 com as botas gigantes Sete-Léguas.




 



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