segunda-feira, 24 de julho de 2017

1.700 CRÔNICAS

1.700 CRÔNICAS

Clerisvaldo B. Chagas, 25 de julho de 2017

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica 1.700

 

Autor estilizado em computador. Foto: (Clerisvaldo).

Na passarela do tempo elas desfilaram com seus tipos classificatórios: Crônica descritiva, narrativa, dissertativa, narrativo-descritiva, humorística, lírica, poética, jornalística e histórica. Termo originário do latim: “Chronica” e do grego “Khrónos” (tempo), nesses mais diferentes tipos elas se apresentam no blog clerisvaldobchagas.blogspot.com, no site Santana Oxente, no blogdomendesemendes.blospot,com.br/ e no site alagoasnanet.com.br das segundas às sextas. Essa narração curta produzida para ser veiculada pelos diversos meios de comunicação situa-se entre o jornalismo e a literatura com linguagem simples entre a oral e a literária. Geralmente expõe o dia a dia registrado pela ótica do autor, um poeta da narrativa. No início do Cristianismo era um registro cronológico dos acontecimentos. No século XIX a crônica passou a fazer parte dos jornais, iniciando na França. Tempos depois tomou características próprias no Brasil.

Escolhemos a crônica lá atrás para matar o ócio entre a publicação de um romance e outro. O romance é complexo cheio de fantasias, frases de efeitos, linguagem e observações espetaculares. A parte mais nobre da literatura. Sair dessa rotina para a narrativa curta e diária, trazendo o colorido imaginativo para a realidade, também não é fácil. Aqui se exige linguagem clara e simples “para os que não têm tempo a perder com leitura de mais de cinco linhas”.   De qualquer maneira, as crônicas vão sobrevivendo e chegando a este número do título, desde que iniciaram na Rádio Correio do Sertão na voz do radialista Edilson Costa em “A Crônica do Meio-dia”. (Duzentos trabalhos).

Em outros tempos por certo as 1.700 crônicas divulgadas pela Internet, seriam motivo para uma excelente taça de vinho tinto. Mas a comemoração deveria ser entre os colaboradores Valter, Lucas e Mendes, articuladores dos sites acima. O aconchego do Bar Zé de Pedro ou o do João do Lixo, em Santana do Ipanema, seriam o ideal. Aqui de Maceió, resolvendo coisas e coisas, enviamos o nosso abraço e apreço aos nossos colaboradores. Quem sabe se na milésima crônica, se Deus quiser, não realizaremos essa proposta! Nunca ouvi dizer que comemoração fizesse mal a ninguém.

Avante para a 1.701.

 

 

 

 

 

 




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domingo, 23 de julho de 2017

A PRAÇA É NOSSA

A PRAÇA É NOSSA 
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de julho de 2017 
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano 
Crônica 1.699 

Estátua a Deodoro. Foto (Minube.com).
      Até certo tempo atrás, praça pertencia ao povo. No interior, principalmente, os logradouros vivem situações diferenciadas e corriqueiras: abandono, loteamento para os compadres pelo poder municipal ou – em mínima escala – tratamento respeitoso como deve ser. Cremos que todas as pessoas que têm mais de trinta anos, devem se recordar de alguma pracinha da sua adolescência. No momento estamos na Praça Deodoro, Centro de Maceió, que nos faz recordar os tempos de estudante na capital. Muitas reformas foram feitas através das inúmeras gestões do município. Quantas e quantas histórias estão ainda em torno desse lugar: de construções, de viajantes, malandros, namorados, mendigos e ambulantes, por exemplo. A estátua ao Marechal titular da praça, ainda permanece ali, como o monumento mais pujante e belo de Maceió. 
     Além de Proclamador da República e primeiro presidente do Brasil, Deodoro foi herói da Guerra do Paraguai, participante de várias batalhas como “Estero Bellaco”, “Curupaity-Itororó”, “Passo da Pátria” e “Angustura-Tuyuty”. Planejada pelo pintor Rosalvo Ribeiro foi a praça inaugurada em 03 de maio de 1910. A estátua feita de bronze havia sido encomendada pelo então governador de Alagoas Euclides Malta autorizado por uma lei (527) de 13 de julho de 1908. Com o Teatro Deodoro ao fundo e outros edifícios importantes em torno, a Praça vai cumprindo o seu papel tão importante para a liberdade de um povo. 
     Não mais estão aqui, mas parece que sentimos o aroma do Café Afa na esquina ou o sabor do picolé da Gut-Gut, defronte ao centro da praça. Engraxates, bancas de jornal, rapazes com olhos compridos para as estudantes, boêmios de sapatos bicolores, senhoras de sombrinhas esperando ônibus, policiais girando a pé nos desenhos da calçada... É a memória dos anos setenta. 
 
 Os pormenores do monumento ao marechal podem ser encontrados em livros. E os detalhes realistas da estátua são de fazer inveja a qualquer um dos grandes artesãos do Brasil. Esses pormenores são apreciados por olhos inquiridores sedentos de mistérios particulares da Arte. Para as pessoas comuns, basta dizer apenas “que a praça é nossa”.
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