terça-feira, 14 de novembro de 2017

QUANDO A PESQUISA AJUDA


QUANDO A PESQUISA AJUDA
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.782

TERREMOTO. Foto: (Thomas Peter).
Muitas vezes a ciência surpreende o homem nos diversos segmentos do saber. São coisas que contraria a lógica da maioria das pessoas que olham apenas para um lado. Quando todos querem matar a cobra, o escorpião, o sapo... Outros procuram salvá-los e até cria-los para estudar os venenos e salvar vidas. A Natureza também aparece com vulcões considerados inimigos. Mas, a ciência vai lá e encontra meios de – através deles – produzir energia elétrica. E assim é com o Sol, com as marés, nas pesquisas em favor da humanidade.
Os terremotos, apesar dos avanços da Geologia e da Geodésica ainda são de difíceis previsões, mas a cooperação entre chineses de diferentes ideologias, trás um olhar novo sobre os velhos problemas que fazem medo ao mundo. “Alguns terremotos geram anomalias eletromagnéticas antes de ocorrer”. É aí que entra um estudo de cooperação entre China e Taiwan em relação a um satélite de detecção dessas ondas eletromagnéticas. E essa cooperação entre os dois tradicionais “bicudos” poderá lançar o tal satélite de poder preventivo para o próximo ano. Caso dê certo, esta ação será um dos grandes feitos do homem em defesa da vida contra as surpresas naturais vindas do interior da Terra. Para a humanidade, principalmente das áreas situadas sobre divisórias de placas tectônicas, pouco importa de onde venha o benefício. E se a China vive às arengas com Taiwan, seu sangue, nem interessa.
Agora, de fato o projeto era secreto até o mundo todo ficar sabendo. E secreto por quê? Porque os satélites podem ter um importante uso militar, localizando radar inimigo ou centros de lançamento de mísseis. Bem que tem a ver com os foguetes que os próprios chineses inventaram e nós os usamos para espocar nas festas e os militares para jogar bombas.
Mas, que adianta ficarmos pensando nos malefícios futuros da invenção? Deixe que venha o satélite com o aviso como um grito de gente, segundo meu Sertão: “Corra, rebanho de peste que o terremoto vai chegar!”





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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

AS COBRAS DE MARAGOGI


AS COBRAS DE MARAGOGI
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.780

MARAGOGI. Foto: (Agência Alagoas).
Quando existe alguma alteração na natureza, a atenção de especialistas é fundamental para esclarecer. Além do conhecimento da área o perito age mesmo como qualquer investigador de polícia. E se cada profissão não tivesse desafio, qual a graça de exercê-la? É o caso do avanço do mar no litoral alagoano, motivo que leva vários agentes às investigações como geólogos, oceanógrafos e vários outros cientistas. Mas o caso do aparecimento de cobras cascavéis no município de Maragogi pode ser até que tenha alguma causa natural, mas a primeira vista nos parece a mais razoável as denúncias de criadouro na área. Como podem surgir de repente cobras picando o povo sem se saber de onde elas vieram?
O bioma de Maragogi não é o favorito de cascavéis, que agem no semiárido. Ações humanas acabaram com quase toda a flora e, essa coisa de mistério, parece nem ser tão misteriosa assim. Se no local de denúncia de criadouro e soltura clandestina ou acidental nada foi encontrado, não quer dizer tudo. As cobrinhas, coitadas, não caíram do céu e nem vieram com a ressaca do mar. Ainda bem que estão por ali o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL), Secretaria de Saúde (Sesau), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). É muita gente procurando ver o que pode fazer.
Para nós, o caso é de polícia. O mais provável é que alguém em trânsito tenha feito à soltura ou por acidente ou pelo medo de ser pego por órgãos ambientais. Mas as denúncias que fizeram de criadouro na região têm muito sentido e tempo suficiente para qualquer um se livrar de todas as provas. Cobra não fala, cobra pica. Vamos aguardar o desenrolar da coisa que pode trazer o inesperado como causa. Entretanto, para nós, as pistas maiores estão nas denúncias. Onde há fumaça, diz o povo, há fogo. O diabo é quem vai dialogar com serpente, mas como se livrar do ditado: “De onde menos se espera sai à cobra”? Longe de ofídios, Zé, que isso não combina com as belezas de Maragogi.







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