AS COBRAS
DE MARAGOGI
Clerisvaldo
B. Chagas, 14 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica
1.780
MARAGOGI. Foto: (Agência Alagoas). |
Quando
existe alguma alteração na natureza, a atenção de especialistas é fundamental
para esclarecer. Além do conhecimento da área o perito age mesmo como qualquer
investigador de polícia. E se cada profissão não tivesse desafio, qual a graça
de exercê-la? É o caso do avanço do mar no litoral alagoano, motivo que leva
vários agentes às investigações como geólogos, oceanógrafos e vários outros
cientistas. Mas o caso do aparecimento de cobras cascavéis no município de Maragogi
pode ser até que tenha alguma causa natural, mas a primeira vista nos parece a
mais razoável as denúncias de criadouro na área. Como podem surgir de repente
cobras picando o povo sem se saber de onde elas vieram?
O
bioma de Maragogi não é o favorito de cascavéis, que agem no semiárido. Ações
humanas acabaram com quase toda a flora e, essa coisa de mistério, parece nem
ser tão misteriosa assim. Se no local de denúncia de criadouro e soltura
clandestina ou acidental nada foi encontrado, não quer dizer tudo. As
cobrinhas, coitadas, não caíram do céu e nem vieram com a ressaca do mar. Ainda
bem que estão por ali o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas
(IMA/AL), Secretaria de Saúde (Sesau), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA). É muita gente procurando ver o que pode fazer.
Para
nós, o caso é de polícia. O mais provável é que alguém em trânsito tenha feito
à soltura ou por acidente ou pelo medo de ser pego por órgãos ambientais. Mas
as denúncias que fizeram de criadouro na região têm muito sentido e tempo
suficiente para qualquer um se livrar de todas as provas. Cobra não fala, cobra
pica. Vamos aguardar o desenrolar da coisa que pode trazer o inesperado como
causa. Entretanto, para nós, as pistas maiores estão nas denúncias. Onde há
fumaça, diz o povo, há fogo. O diabo é quem vai dialogar com serpente, mas como
se livrar do ditado: “De onde menos se espera sai à cobra”? Longe de ofídios,
Zé, que isso não combina com as belezas de Maragogi.
Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2017/11/as-cobras-de-maragogi.html
Muito esquisito isso.Desde Peroba, passando por Antunes, Maragogi, muitas já foram encontradas.
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