segunda-feira, 6 de novembro de 2017

MATA GRANDE O QUE ESPERA?


MATA GRANDE O QUE ESPERA?
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.775

MATA GRANDE. Foto: (Divulgação).
Nestes tempos tão favoráveis ao Turismo em suas variadas modalidades, Alagoa viva uma fase extraordinária. Nas temporadas os hotéis ficam superlotados e fora das temporadas estão sempre cheios. O estado é hoje um dos principais destinos do País e algumas vezes, apontou como o primeiro do Nordeste. Agora que a região foi descoberta pelos brasileiros, italianos e até argentinos, o Nordeste se firma como polo consolidado nesse tipo de economia. A novela da Globo rodada no São Francisco, deu o empurrão que faltava na luta de Piranhas e Penedo, principalmente, para mostrar ao Brasil as belezas sanfranciscanas. Somente a minha cidade não move uma palha para se beneficiar do turismo.
Mas o nosso destaque de hoje se volta para o potencial de Mata Grande, município tão distante da capital e que agora vai ganhando outro acesso através do asfalto pela BR-316. Situada na região serrana sertaneja, seus vales e montanhas oferecem pontos encantadores durante as quatro estações do ano. Além de passar muito tempo com a serra da Santa Cruz como ponto culminante do estado, agora o atrativo é a serra da Onça, descoberto como o lugar mais alto de Alagoas. Além disso, seus antigos engenhos rapadureiros, sua posição entre montanhas e as histórias de Lampião que estão contidas em nosso livro Lampião em Alagoas, credenciam para um futuro sucesso no turismo nacional.

Dizem que a região de Piranhas – com a hidrelétrica de Xingó, o cânion do São Francisco e o lugar do outro lado, onde mataram Lampião – já ultrapassou o litoral de Alagoas com as costas dos corais. A região mostra-se ao mundo e o dinheiro corre solto gerando empregos no interior. Enquanto Pão de Açúcar e Santana do Ipanema dormem na rede da indiferença turística, o baixo São Francisco deslancha. E Mata Grande, com tanto potencial, próxima do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso e dos cânions, não pode espiar de soslaio para o turismo. Tem que beijá-lo e abraçá-lo para revelar ao Brasil tudo o que tem direito.

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