VIVENDO NO EGITO
Clerisvaldo B.
Chagas, 16 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.783
EGITO. Imagem: (Cultura Mix). |
As últimas reportagens da Rede Globo de Televisão
sobre o rio Nilo, faz lembrar as velhas aulas sobe o antigo Egito e suas
relações com a morte. Os egípcios eram politeístas e consideravam vários
deuses, embora três fossem os mais populares: Osíris (deus da vida após a
morte); Ísis (sua irmã e esposa) e Hórus, o filho de ambos. Os deuses egípcios
apresentavam-se de forma humana. Com forma animal e com forma humana e animal.
O mais temido dos deuses era Amon-Rá criador do universo.
Segundo a crença egípcia, toda pessoa, ao morrer, iria
para o Tribunal de Osíris. Caso fosse absolvida, a alma poderia voltar para o
corpo. Isso fez com que surgisse o processo da mumificação. Após embalsado o
corpo, a múmia iria para o sarcófago e para a urna funerária e daí para o
túmulo. Conforme o poder aquisitivo da família do morto, muitas coisas poderiam
ser deixadas no túmulo como joias, armas e alimentos.
Em 1922, o arqueólogo inglês Howard Carter, encontrou
intacto o túmulo de Tutancâmon. Foi um espanto para o mundo da época quando o
pesquisador fez a divulgação do que foi encontrado. Havia mais de cinco mil
peças como cadeiras, carros, armas, barcos, armários, poltronas, colares,
estátuas, aparelhos de mesa.
Isso faz refletir sobre a religião antiga naquela
área, mas também mostra os costumes do cotidiano na remota civilização. As
discussões religiosas e o fanatismo extremista não dão sossego ao planeta e
continuam vivos como nunca. Quem quiser pode até pensar em dezenas de deuses
que regem o mundo e até milhões deles como mentores particulares de cada
pessoa. E se o Egito imaginava seus deuses de forma humana, em forma humana e
animal e de forma animal, talvez até fossem mais felizes de que nós. É que a
humanidade parece duvidar qual o Deus Único e Verdadeiro e se ele existe de
verdade; mas os demônios em forma de gente estão aparecendo na televisão e nas
notícias do nosso dia a dia, praticando as coisas mais absurdos neste mundo
entre a civilização e a barbárie.
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