segunda-feira, 23 de abril de 2018

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE SANTANA DO IPANEMA


EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE SANTANA DO IPANEMA
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.886
PRAÇA JOÃO PESSOA, 1933-35. FOTO: (EXTRAÍDA DO LIVRO 230).

Hoje estamos comemorando a passagem de Santana do Ipanema, à categoria de Vila. Passaram-se 88 anos da sua fundação (1787) até chegar a essa condição. Foi em 24 de abril de 1875, que o povoado freguesia foi elevado à vila quando no Brasil ainda governava D. Pedro II. E o povoado freguesia que se chamava “Sant’Anna do Panema”, passou a se chamar “Sant’Ana  do Ipanema”. Passaram-se, então, 46 anos para que “Sant’Ana do Ipanema” fosse elevada à categoria de cidade.
“Sant’Ana” foi elevada à categoria de cidade, em 31 de maio de 1921, por Lei N0 893. Essa lei foi sancionada pelo governador em exercício, Padre Manuel Capitulino de Carvalho e que fora intendente de Santana entre 1914-1915. Daí em diante “Sant’Ana do Ipanema, passou a ser definitivamente “Santana do Ipanema”. Essa transição aconteceu na gestão municipal do intendente Manoel dos Santos Leite. Logo no ano seguinte, 1922, Santana do Ipanema ganhou luz elétrica proveniente de força motriz. Havia sido criada a “Empreza Municipal de Força e Luz” funcionando no final da Rua Barão do Rio Branco e depois onde hoje é a Câmara de Vereadores, prédio construído para àquela finalidade.  
Durante a fase de vila e por vários anos como cidade, os dirigentes municipais eram colocados pelo governo com o nome de intendente. Não havia eleição e o intendente nada mais era do que um ditador. O primeiro dirigente municipal com o nome “prefeito”, foi o cidadão José Xisto Gomes e que governou Santana no ano de 1932. Se o prefeito, então, era chamado de intendente, os antigos vereadores eram denominados conselheiros. E câmara era chamada de paço.
A democracia continuada mesmo só veio a começar em 1948 com a eleição em que saiu vencedor a prefeito o coronel José Lucena de Albuquerque Maranhão. Lucena foi prefeito de Santana na gestão 1948-50, renunciou para ser deputado e também foi prefeito de Maceió.
Foi Lucena quem extinguiu o primeiro cemitério de Santana, no Bairro Monumento, erguido pelo padre Veríssimo no final do século XIX.
Foi ele ainda quem construiu o atual Mercado de Carne e que ainda hoje existe.
Essa é a minha terra.


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domingo, 22 de abril de 2018

DANÇA DO COCO EM PIAÇABUÇU


DANÇA DO COCO EM PIAÇABUÇU
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.885
COPAÍBA. FOTO: (SF Agro Uol).

Notícia alvissareira, a reabertura da Cooperativa do coco, em Piaçabuçu, no Baixo São Francisco. Cooperativa que estava parada há 12 anos e recomeçou o seu trabalho em 2016. Com máquinas modernas e grande investimento, a cooperativa veio com tudo e trabalha a pleno vapor. A “Copaíba” produz 110 a 270 toneladas/mês. O número de empregados saltou para 52 pessoas e no campo pulou de 60 para 375 fornecedores, implantando emprego e renda na região. Trabalhando com todo tipo de coco, inclusive os que antes eram rejeitados no campo, como o coco nascido, rachado, sem água e pequeno, a Copaíba fez agregar valores ao produto para os fornecedores.
Assim a Cooperativa tem o papel de fornecedora para outras indústrias. A casca do coco e o quengo (parte mais dura) servem para fornecimento de energia à própria Copaíba. A pele marrom do coco vai se transformar em ração animal, óleo vegetal e farinha. O coco em si vai produzir o coco ralado, adoçado, com alto teor de gordura, baixo e médio teor, leite, óleo extra virgem, farinha pura e final... Totalizando oito subprodutos.
E se antes Piaçabuçu, penúltima cidade ribeirinha do rio São Francisco, adquiriu fama também com outra cooperativa da chamada pimenta rosa – considerada a melhor do Brasil e usada até em fabrico de cerveja – agora demonstra mais uma vez a força de vontade do povo da região para melhorar de vida.  Isso é um exemplo real para outros lugares onde os habitantes nem sequer se interessam pelo assunto: cooperativa. Preferem a vidinha medíocre de um trabalho envergado de meia hora, muita rede e aguardente.
O dinamismo da Copaíba tende a se estender por todo o litoral alagoano rico em coqueirais, mas que estava ou ainda se encontra com problemas de produção e vendas. Vários produtores já estavam abandonando o ramo do coco, pelas dificuldades encontradas. E se as paisagens dos coqueirais litorâneos já são belas, mais belas estão ficando com a minação de dinheiro por baixo das folhagens.
Que excelente exemplo de Piaçabuçu!
Ótimo lugar, sem dúvida alguma, para se dançar o coco.



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