quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

TRÊS ROMANCES DA PESTE PARA DENTRO




TRÊS ROMANCES DA PESTE PARA DENTRO
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de dezembro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.027

Piranhas. Agência Alagoas (Foto: Diário do poder/Divulgação).
Como se aproxima o ano de 2019, sem mecenas, sem parcerias, sem investidores, vamos pensando em trazer a lume os nove livros nossos que hibernam por um bom tempo. Primeiro desejamos realizar um trabalho diferente e artesanal com os nossos três romances inéditos. Um Kit tipo 3 X 1. Coleção de três livros em um só volume, completando assim cinco romances ciclos do cangaço. Seria a coleção, em formato A4, com a capa das três obras estampadas na capa única. São três obras de primeira qualidade, regionais, realistas, históricas, repletas de tudo que representam os sertões nordestinos. Sexo, amor, emboscadas, aventuras, violência, cangaço, detalhes de usos, costumes, folclore em um colorido geográfico e diálogo entre os personagens, superiores a escritos de muita gente boa.
“Deuses de Mandacaru” tem capa do autor e inicia no tempo da invasão holandesa em Penedo. Depois da introdução, o cenário passa a ser o sertão de cangaceiros, 1920-1938. Grupos antagônicos em busca de uma arca deixada pelos flamengos, onde de tudo acontece, desde Maceió, passando por todas as regiões até à cidade de Piranhas, onde tem encerramento a história.
“Fazenda Lajeado”, capa do autor, mostra com detalhes as lutas de um fazendeiro e tudo o que se passa na fazenda Lajeado. As cenas ocorrem na fazenda, na cidade próxima, na capital e no Baixo São Francisco. Realidade impressionante, fotográfica, de uma fazenda com todos os ingredientes possíveis. Consideramos este o nosso melhor trabalho do gênero.
Finalmente, “Papo-Amarelo” (referência ao rifle de igual nome), um romance quase psicografado, com 37 capítulos, realizados em apenas 30 dias completos (média em seis meses). Trata-se de uma aventura nas caatingas alagoana e baiana quando um grupo é contratado para resgatar uma senhora raptada por um bando de jagunços. A capa é do famoso artista plástico, Roninho.
Caso o plano seja realizado o leitor obterá um Kit de qualidade no miolo e na roupagem, pela metade do preço normal do mercado.
Amanhã, publicaremos trinta linhas do romance Papo-Amarelo, como aperitivo. Queremos vendê-los para seriados à TV.


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terça-feira, 18 de dezembro de 2018

RECORDANDO... RECORDANDO




RECORDANDO... RECORDANDO
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de dezembro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.026
"FRANCISCO CORREIA". (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230)

Pioneiro em escolas grandes, o antigo Grupo Padre Francisco Correia, continua atuando firme em Santana do Ipanema. Mais de que um grupo é um patrimônio histórico formado em uma época difícil, recheada de cangaceiros. Com as mudanças de títulos nos estabelecimento escolares, funciona atualmente com o nome Escola Estadual Padre Francisco Correia. Desde a sua fundação, em 1938, que por ali passam estudantes que são e serão pessoas ilustres dentro e fora do estado. Lembro-me do mingau enjoativo que nos serviam como merenda; de dona Prisciliana, a bedel, que tocava a sineta de entrada, saída e recreio; de algumas professoras como Maria de Lourdes Queirós que em certo fim de ano choramos porque ela não seria a professora do ano seguinte.
Ainda recordo à murada que protegia o terreno, composta de sucessivos pilares; a coragem de alguns ganzelões de dentro e de fora da escola correndo e pulando por cima dessas colunas com bastante habilidade. Não aposto na memória sobre o nome nem as feições de colega algum. Mas havia três professoras as quais tínhamos receios de cair em suas garras. Uma delas estava sempre raivosa e gostava de aplicar “cascudos”. Certa feita peguei um turno das 11 às 14 horas, que escolhi como opção almoçar após as aulas. Na trajetória de saída, passava sempre pela “Empreza de Força e Luz” (hoje Câmara de Vereadores) para admirar o grande motor que abastecia a cidade. Subia para olhar (sem proteção) os tanques d’água verde da Empresa. Isso com a cumplicidade de Seu Antônio, funcionário educado que ali trabalhava.
Continuando o trajeto para casa, descia pelo chamado Beco de Maria Zuza, piso de barro, vala no meio e o tradicional pulo dos passantes. Beco de Felisdoro, comprido, acidentado e que desembocava na Rua Antônio Tavares. Era em casa que ia almoça sobre a cisterna do alpendre somente para contemplar lá de cima e sem cansaço, a paisagem do rio Ipanema e ouvir o tinido de ferro na bigorna de um ferreiro da longínqua Rua Santa Luzia, lá do outro lado do rio.
Nem quero viver de passado.
Mas o passado está presente no meu viver.




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