quarta-feira, 8 de maio de 2019

SÓ NO LIVRO 230


SÓ NO LIVRO 230
Clerisvaldo B. Chagas, 8/9 de maio de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.107
MATRIZ DE SENHORA SANTANA. (FOTO: B. CHAGAS).

Eu bem que avisei aos santanenses que comprassem o livro “230”, quando fizemos um grupo de 100 adquirentes. Os prédios públicos históricos iriam desaparecer e só estariam garantidos nas fotografias do citado livro/enciclopédia, para as gerações futuras; É que nunca tivemos um serviço municipal de conservação histórica da nossa arquitetura. A história de Santana não está toda destruída, graças ao livro dos saudosos irmãos escritores Darci e Floro Araújo, “Santana conta a sua história”; e os nossos: livro “230” (publicado) e o “Boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema”, (inédito). Agora é o prédio do antigo Cine Alvorada que entra no sistema da marreta. Fotos enviados para o Face mostram a fachada do Cine sendo destruída.
Assim o santanense não encontra mais na sua cidade a Pedra do Barco, a igrejinha de São João, o Casarão do Cônego Bulhões, o prédio do Fomento Agrícola, a calçada alta da ponte, a original Praça Emílio de Maia, o prédio original do Cine Glória e, atualmente, o original do cine Alvorada. Se não fosse trágico, haveria gargalhadas de Internet: kkkkkkkk... Mas, sendo fatos verdadeiros da demolição da história santanense, tudo que se exprimir é pouco. Fazer o quê? Agradeço imensamente as escolas que trabalharam com o meu livro “Santana do Ipanema, conhecimentos gerais do município” e que representa um resumo do “Boi e a batina...”. Podem aguardar que ainda tem vários outros prédios que logo estarão indo abaixo. Um deles já se encontra com os fundos no chão.
Quando um internauta lamentou uma fotografia do antigo Cine Alvorada sendo destruído, logo outro postou que o dono havia comprado, pagado e pronto. E tem razão essa afirmativa. Se não temos lei nenhuma de conservação da nossa história, comprar e pagar encerra o compromisso do cidadão comum com seus negócios. Aos intelectuais, aos amantes da cidade, aos preocupados com o rumo da nossa evolução citadina, resta o choro sentido dos tempos. Para a juventude da rapidez transformista, nenhum sentimento de lembrança virá por que não existe saudade do que não se viveu.
Imaginem os fatos sem nexo e sem passado, com história; e sem história danou-se tudo. Ô FUTURO ENGOLIDOR.




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terça-feira, 7 de maio de 2019

PENSANDO NA CAMONGA


PENSANDO NA CAMONGA
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de maio de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.106

SERRA DA CAMONGA E AÇUDE DO BODE. (FOTO: LIVRO 230/B. CHAGAS).
Deixando o rio Ipanema, vamos pensando seriamente em subir a serra da Camonga, no município de Santana. O citado monte está situado a cerca de três quilômetros da sede, em direção norte. Ultimamente a serra foi descoberta pelos praticantes de escaladas e outros esportes afins. Com cerca de quatrocentos metros de altitude, a montanha tem subida gradativa até chegar à cabeça rochosa com perigoso precipício. É nessa cabeça rochosa, virada em direção à cidade que os praticantes de esportes radicais formalizam suas incursões. A serra da Camonga não é a mais alta de Santana do Ipanema, mas juntamente com a serra do Cabeça Vermelha aguardam aventureiros diversos. Claro que não iremos praticar esporte, mas apenas curtir as paisagens em todos os ângulos.
Tínhamos uma fazenda no pé da serra, chamada Timbaúba, com as condições de duas rotas de chegada. Seguir pelo caminho a que chamamos Colégio Estadual ou seguir pela estrada do Povoado São Félix, entrando a esquerda na subida da ladeira da Camonga. Particularmente desperdicei vários convites ao lombo da Camonga; um deles feito pelo saudoso colega professor Aloísio Ernande Brandão, cuja família possuía fazenda no cimo. Era contada pelo professor a maravilha da paisagem vista do alto, fora a atração das fruteiras que havia. Tão perto, um pulo da Timbaúba a Camonga, mas dizem que tudo tem seu dia. Gosto de chamar a serra de “Baronesa”, pois a parte rochosa parece uma baronesa bem sentada a contemplar a eterna paisagem a seus pés.
A serra da Camonga faz parte do Maciço de Santana do Ipanema, tendo como vizinhança outras serras como Poço, Tigre, Pau Ferro e Macacos. Existe estrada para o topo, mas é preciso solicitar autorização do proprietário. Corre a tradição de que um vaqueiro caiu no precipício, ao campear uma rês. Foi fincada uma cruz sobre as rochas. Também alcançamos histórias de mal assombros que os mais velhos contavam sobre a região da Baronesa.
O açude do bode, na periferia da cidade, faz parte do cenário visto do alto da serra.
Bem, se der certo, enviaremos fotos aos nossos amados leitores.









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