quinta-feira, 12 de setembro de 2019

AMERICANIZANDO O SERTÃO


AMERICANIZANDO O SERTÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de setembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.180
 
SANTANA DO IPANEMA. (FOTO: B. CHAGAS).
Recebo o convite da prefeitura de Santana do Ipanema, para as comemorações alusivas à Semana da Pátria. Agradeço com atraso ao evento que também contaria com a entrega de 7 novos veículos à frota municipal; entrega de 30 cadeiras de rodas, no Centro de Reabilitação e 50 entregas de próteses odontológicas. Estando aqui em Maceió, almejo total êxito a administração Isnaldo Bulhões.
Notícias da própria cidade dão conta da instalação de mais uma gigantesca rede comercial, com uma unidade na terra. Trata-se das Lojas Americanas, a maior loja da América Latina, fundada em 1929 pelos americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger.
Contemplada com outras gigantes do comércio varejista Santana agora dispõe de todas as lojas de marcas famosas e que atuam na capital do estado. Assim, o seu comércio (segundo de Alagoas – só perde para Arapiraca, no interior) consolida-se de vez em expansão, solidez e beleza. Não sendo cidade industrial, Santana mostra vocação para os negócios e prestação de serviço desde os áureos tempos de vila. Atualmente a “Rainha e Capital do Sertão”, moderniza seu comércio, tornando-o mais atraente ainda, levando-o para os bairros com cordão umbilical. É servida por mais de trinta cidades diariamente, através do transporte alternativo, inclusive de estados vizinhos como Sergipe e Pernambuco. Instalar lojas e serviços em Santana é servir ao sertão inteiro.
Graças às suas escolas de todos os níveis, a “Rainha” virou grande polo estudantil já consolidado, polo jurídico, bancário, comercial... A “Capital do Sertão” avulta-se mesmo tendo apenas cerca de cinquenta mil habitantes. Situada no Médio Sertão, possui situação geográfica privilegiada, polarizando Alto Sertão, Sertão do São Francisco, Médio Sertão e o Sertão de Altitude. Seu movimento diário é impressionante, notadamente no primeiro horário. Mesmo assim, apesar de contar com cerca de seis quilômetros de comércio quase contínuos, ainda necessita de muitos produtos que só se encontram na antiga “Capital do Fumo”.
De qualquer maneira, parabéns para a terra de Senhora Santa Ana.
Boa sorte para as Lojas Americanas.




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quarta-feira, 11 de setembro de 2019


GASTRONOMIA SANTANENSE
Clerisvaldo, 11 de B. Chagas setembro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.179

Aqui na Massagueira é o pirão de peixe no canal da lagoa Manguaba, em Marechal Deodoro. Em Santana do Ipanema é o cupim da Rua Delmiro Gouveia. Rua comprida, estreita, deixa a sua metade ao longo do rio Ipanema e, a outra metade prolonga-se em tangente até o chamado Bairro São José. Trecho de antiga estrada de rodagem da vila da Pedra a Palmeira dos índios, foi construída pelo coronel Delmiro da Cruz Gouveia. Dividindo seu casario inicial entre parte de baixo e parte de cima, auxilia bem o tráfego empurrando os veículos para o alto sertão coadjuvando a rua principal Pedro Brandão e a Via Expressa do Aterro, na BR-316. Sendo vizinha imediata do Comércio, essa rua plana foi testando a vocação para a gastronomia.
 Então, a Rua Delmiro Gouveia foi se consolidando como Rua dos Restaurantes. Continuam tradicionais e em plena atividade, o Restaurante Zé de Pedro, Biu’s Bar e Restaurante e o Restaurante João do Lixo. Recentemente, foi instalada casa luxuosa do mesmo ramo, mas somente durou alguns meses de funcionamento. Vários outros restaurantes compõem a vida diurna e noturna da cidade, espalhadas por Bairros como o Monumento, Domingos Acácio, Camoxinga e Centro, onde não faltam elogios aos serviços prestados. Ganha assim o santanense, nesse cardápio tão versátil, que ninguém pode colocar defeito. Recentemente restaurantes mais modestos e populares surgem como socorro aos mais apressados em lugares que apresentam novas atrações.
Assim como poderia haver panfletos com os pontos turísticos da cidade, com resumo histórico, não seria ruim um guia gastronômico elaborado em conjunto pelas casas do ramo. Caso fosse distribuído na Rodoviária e em pontos de vans, somente aumentaria a satisfação dos nativos e dos visitantes. Ninguém vive sem comer e sempre tem alguém em busca de um cardápio adequado ao momento. Peixes, carne-de-sol, churrasco, bode guisado, buchada, cupim e outros atrativos, ainda são indicados à base de indagações nas ruas.
Mas se a Rua Coronel Lucena é a Rua dos bancos, a Rua Delmiro Gouveia continua sendo a Rua dos Restaurantes.
Saudade da terrinha.
ESCRITORES CLERISVALDO B. CHAGAS E MARCELLO FAUSTO NO RESTAURANTE ZÉ DE PEDRO. (FOTO: B CHAGAS/ARQUIVO).



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