segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

SANTANA DO IPANEMA, ORLA DA GASTRONOMIA


SANTANA IPANEMA, ORLA DA GASTRONOMIA
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de janeiro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.249
CHEGANDO ÁGUA NO RIO IPANEMA.

Esta é uma carta à Prefeitura de Santana do Ipanema, aos políticos e ao povo. Para fazer a cidade crescer em mobilização urbana, turismo e economia, temos a seguinte sugestão que iria precisar de máquinas, aterro, serviço de engenharia, entendimento com proprietários e autorização de órgão do meio ambiente. Trata-se da orla gastronômica do rio Ipanema. Seria construído um dique- estrada em ambas às margens do rio no seguinte trecho: Desde o chamado Poço do Juá, nas barras dos riachos Salgadinho e Camoxinga até a passagem molhada do Minuíno na Rua da Praia de um lado e Conjunto Eduardo Rita, do outro. Altura de acordo com a engenharia e largura bastante para automóveis e barracos padronizados com certa distância um do outro.
Local asfaltado, repleto de restaurantes, bares, mirantes e mais: doceiras, tapioqueiras, boleiras, artesanatos, postos de informações, segurança e inspeção constante das autoridades. Seria a grande e última novidade no expansionismo de áreas úteis (hoje perdidas) da “Rainha do Sertão”. Lógico que o sistemas de esgotamento sanitário seria realizado pela CASAL. Iluminação de qualidade satisfatória tanto para toda a orla e seus acessos quanto para possíveis monumentos. Como geógrafo e observador de outras cidades com orlas formidáveis, lanço aos olhos santanenses essas imagens formadas agora na cabeça de quem conhece os trechos citados. Imagine a cena e você implantando ali o seu negócio, gerando emprego e renda. Que mudança espetacular na vida noturna de Santana!
A ideia da Orla da Gastronomia é apenas mais uma para a Capital do Sertão. Nem precisa dizer que essa foi nossa, assim como outras implantadas na terra. E sobre o Poço do Juá, parte mais larga do rio Ipanema que corta a cidade, seria bastante apenas mais atenção dos dirigentes. Uma boa limpeza no leito e nas margens estaria de bom tamanho. A recuperação de uma área de lazer outrora muito concorrida seria entregue às brincadeiras dos Bairros Domingos Acácio e do antigo Floresta.
Ê Santana velha de guerra!
Só quero te ver gloriosa e feliz.
Obs. A foto do rio suponho que seja de Sérgio Campos, muito parecida com a de B. Chagas. Dúvida em nosso arquivo.


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VAI ENCARAR APIRANHA, CAMPEÃO?


VAI ENCARAR A PIRANHA, CAMPEÃO?
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de janeiro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.248

PÃO DE AÇÚCAR. (FOTO: PREFEITURA/DIVULGAÇÃO).
Em Santana do Ipanema, Sertão de Alagoas, para se encontrar lazer aos domingos, dói nos dentes. Para quebrar a rotina dos tempos de verão, turminhas são formadas e partem para o banho no rio São Francisco. Os lugares mais procurados são as cidades de Pão de Açúcar e Piranhas com, aproximadamente, uma hora de distância. Devido ao calor intenso e a falta de abrigo do Sol, os santanenses descobriram um lugarzinho mais aprazível com algumas árvores e um pouco de verde. Esse local passou a ser chamado “Lá no pé do morro”, afastado do centro. Ali a turminha já sabe: almoço trazido de casa, tira-gosto e muita bebida que é a cereja do preparo. O restante é mergulhar, beber, disputar às sombras, gargalhar e conversar miolo de pote.
De vez em quando chegava um aviso aos entusiasmados: “No pé do morro tem piranhas, Zé”. Bicho feroz que não pode ver sangue, a dentuça e suas companheiras devoram um boi dentro de poucos minutos, quanto mais um cristão. Mas, muitas vezes a cachaça superava a cautela. Nem todo domingo, porém, era dia de piranha. Banhista ficava na vantagem e retornava a casa levando apenas a ressaca de Sol e o bafo da ‘branquinha”. As mulheres,  geralmente mais cuidadosas, evitavam o banho direto no Velho Chico. Por outro lado, nunca vi ninguém fazendo caldo de piranha, mesmo se dizendo que o peixe é afrodisíaco.
O que imaginar, contudo, sobre uma piranha de metro e meio, quarenta e cinco quilos e trinta e dois dentinhos afiados sem cárie nenhuma! Pois essa tal piranha foi encontrada pelo pescador Jeremy Wade, mas não foi no pé do morro de Pão de Açúcar. Foi longe, compadre, nas águas do rio Congo. Mas quem se assustou com a divulgação e fotos comprovantes, a danada na verdade não era uma piranha e sim, uma espécie semelhante chamada de “peixe-tigre Golias” (Hidrocynus goliath). O peixe do Congo é considerado um dos mais ferozes do mundo e não enjeita parada, comadre.
Diante do que foi publicado para o mundo, acho que é bem melhor mesmo enfrentar o pé do morro de Pão de Açúcar... Dependendo da cachaça... Claro.

                                                                              

                                        

 



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