segunda-feira, 22 de novembro de 2021

 

SANTANA CAPITAL DO SERTÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 23 De novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.617




Mais um grande empreendimento é implantado em Santana do Ipanema e desta vez por filho da terra retornando ao torrão. Demonstrando sua estrela comercial, momento em que inúmeras marcas importantes do Brasil estão escolhendo Santana como base sertaneja para suas filiais, foi inaugurado o Castillo The Bakery, no humilde Bairro São Vicente, no último sábado dia 20.  Trata-se de uma padaria em estilo europeu que é composta no caso, de padaria, confeitaria, conveniência, restaurante, quitanda, pizzaria e adega. Assim, os dois bairros, São Vicente e Lagoa do Junco, vão se agigantando e recebendo empreendimentos como o Complexo da Justiça, hotel de luxo, condomínios de alto nível, importantíssimas prestadoras de serviços, escolas, repartições públicas diversas, igrejas e pavimentações.

Prestigiando a inauguração do Castillo, diversas autoridades santanenses, entre elas a própria prefeita Christiane Bulhões, secretária de governo e ex-prefeita Renilde Bulhões, vereadores e várias outras autoridades. O empresário Carlos Rocha que também é chefe de cozinha, está investindo 1,5 milhão e que gerou mais de 10 empregos. Experiente e viajado, o empresário aposta na cidade e no Bairro São Vicente que sempre marcou o itinerário Santana – Povoado São Félix e possui um marco de passagem do século XX para o Século XXI, o belíssimo Santuário de N.S. de Guadalupe. Além do Abrigo de Idosos na mesma via vicentina. Tudo isso à margem esquerda da BR-316, saída de Santana rumo à capital.

Assim, o Bakery, funcionando das seis à meia-noite, torna-se uma poderosa opção no conceito padaria, panificação, diversifica e expande a gastronomia internacional e local na terra de Santa Ana. A priori, estamos bem servidos no ramo, notadamente pelos serviços básicos das panificações.  No Centro e nos bairros é boa a concorrência que leva sempre ao questionamento do preço e da qualidade. Boas novas no ramo são bem vindas e fazem lembrar a Padaria Royal, do saudoso Raimundo Melo, no Centro de Santana do Ipanema, uma das mais antigas da cidade. A Padaria Royal costumava brindar a sua clientela todos os finais de ano com um pão tipo Recife, em forma de jacaré.

A Capital do Sertão, merece.

(FOTO: ARMAZÉM DOS PÃES)

 

 


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domingo, 21 de novembro de 2021

 

OS INVISÍVEIS

Clerisvaldo B. Chagas, 22 de novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.616




Antes em Santana do Ipanema, havia nas ruas, além de metralha, muitas latinhas de cerveja e garrafas pet de todos os tamanhos. Graças às divulgações nos vários meios sociais ensinando e exemplificando como latinhas e garrafas plásticas são úteis em uma casa, no sítio, nas praças, nas fazendas, que esses tipos de objetos deixaram de surgir como lixo nas ruas da cidade. Mas, graças também aos que compram para a reciclagem e os chamados catadores que descobriram essa fonte de renda com seus pontos certos de entrega. (Santana possui dois). É pena ainda não termos em Santana do Ipanema, uma fábrica de reciclagem o que daria mais emprego, renda e ocupação, porém não podemos regredir na limpeza do meio ambiente, aproveitando o embalo dos catadores que estão nas ruas desde os primeiros raios da manhã.

As ruas ficaram completamente limpas. Antes os catadores agiam apenas nas ruas, esporadicamente. Catavam ferro, papelão, latinhas garrafas plásticas. Achamos que, orientados começaram também a atuarem no lixo doméstico deixado às portas para o recolhimento. No início dessa nova atuação, chegavam primeiro do que o gari, abriam as bolsas de lixo, retiravam o que interessavam deixando bagaceira feia. Ultimamente estão mais profissionais. Retiram os objetos dos pacotes do lixo e deixam tudo do mesmo jeito que encontraram, isto é, sem bagunça nenhuma. Muitas pessoas já colocam o lixo para os garis com os objetos de catadores separados: o ferro, o alumínio, a latinha, propriamente dita, e os papelões. Isso, além de mais humano, torna mais prático e melhora a simbiose.

Portanto, uma coisa que parece tão simples e longínqua, está sendo planejada em Santana do Ipanema: a Associação do Catadores. Isso permitirá melhorar os serviços, proteger os profissionais e evoluir, muito embora para a maioria da população esse tipo de serviço, como disse no início, seja invisível. O meio ambiente agradece essas ações dos catadores, mesmo que sejam atividades motivadas pela sobrevivência e não pelo voluntariado social consciente. O importante é a sociedade organizada dignificar o trabalho de homens e mulheres através do oferecimento de orientações, assistência médica, melhores condições para o trabalho e desenvolvimento na cadeia da atividade. Vale salientar que algumas cidades sertanejas já estão bem adiantadas na solução do ciclo dos catadores...

Criaturas de Deus que devem ser olhadas com olhos mais humanos!

CATANDO LIXO (FOTO: G1).

 


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