domingo, 25 de junho de 2023

 

POÇO DAS TRINCHEIRAS

Clerisvaldo B. Chagas, 26 de junho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.913



 

O município de Poço das Trincheiras estar localizado no Médio Sertão Alagoano. Seu núcleo é a cidade mais próxima de Santana do Ipanema com aproximadamente 6 km de distância entre ambas. Tem como acidente geográfico importantes, o rio Ipanema, como primeiro município de Alagoas a recebê-lo.  A recepção acontece no povoado Tapera, onde logo ao entrar em nosso estado, o Ipanema recebe também de Pernambuco, pela margem direita, o riacho Tapera (vindo de Itaíba).  Entre outras, a montanha chamada serra do Poço faz parte do belo cenário serrano. Poço das Trincheiras teve sua emancipação política de Santana do Ipanema em 15 de julho de 1958 e, tem como padroeiro, o Mártir São Sebastião que é muito comemorado em 20 de janeiro. É um dos poucos municípios do sertão que tem homenagem tradicional aos Santos Reis, anualmente e com festa gigante.

Suas terras são bastantes férteis e se prestaram desde os primórdios à criação de rebanhos bovinos, instituindo latifúndios e latifundiários poderosos que atuaram na política como “coronéis”. Mas na sua economia agrícola estão o feijão, o milho, a mandioca e a palma forrageira. Sua população tem mais de 15 mil habitantes e a formação vem dos tempos dos holandeses, quando uma holandesa filha de um fidalgo desterrado da Holanda, foi ali morar. Antes o lugarejo era chamado Olho d’Água de Cruz e passou a Poço por conta de uma trincheira de pedra num poço da cidade para defesa contra um possível ataque dos célebres “irmãos morais”, de Palmeira dos Índios, filhos de padre e que viraram bandoleiros.  A cidade é limpa, típica e arrumada com a fama dita pelo povo: “Na cidade tudo funciona”.

Povoados importantes ornam as terras de Poço das Trincheiras, entre eles: Quandu, Tapuio e metade fronteiriça de Pedra d’Água dos Alexandre. Se as atrações turísticas naturais não são em grande quantidade, mas os três gigantescos festejos, Emancipação, Padroeiro e Santos Reis, atraem gente de todos os quadrantes do estado e além fronteiras. Os habitantes pocense estão dispostos a recepcionar os visitantes com brilho e alegria. Chegar ao Poço das Trincheiras, para quem vem da capital, é bastante afastar-se um pouco de Santana do Ipanema, pela BR-316, rumo ao Alto Sertão e logo, logo encontrará à direita o acesso asfáltico à cidade do Poço.

Seja bem-vindo.

POÇO VISTO DO ALTO, INCLUINDO O RIO TEMPORÁRIO IPANEMA (FOTO:  (PREFEITURA LOCAL).


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quinta-feira, 22 de junho de 2023

 

FESTA, FESTA EM JARASERTÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 23 de junho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.912



 

Podemos afirmar sem nenhum erro que o acontecimento do último dia 20 em Jaramataia, porta do Sertão pela AL-120, é uma vitória antecipada de um dos maiores feitos rodoviários de Alagoas em todos os tempos. Independente de política e de nomes (estamos fora disso). Duplicar uma rodovia que vai da capital aos confins do Sertão, é de fato, uma epopeia em todas as áreas, mas estamos em defesa da Geografia da terra. Litoral, Agreste, Sertão e Alto Sertão, contemplados ao mesmo tempo com o conforto de uma viagem espetacular, só nos faz lembrar os feitos de Arnon de Melo (Maceió – Palmeira) ou Delmiro Gouveia (Delmiro-Palmeira-Garanhuns-Quebangulo)).  E se hoje já é um sonho realizado trafegar do Alto Sertão à capital, por via-asfáltica, em duas espinhas dorsais, imaginem com uma delas duplicada!

Bom sentido faz a euforia da população de Jaramataia, nessa inauguração do trecho Arapiraca – Jaramataia e que continuará cortando a Bacia Leiteira, passando no Entroncamento de Olho d’Água das Flores e rumando para Olho d’água do Casado até Delmiro Gouveia. É certo que a duplicação não passa por Santana do Ipanema que está na Espinha dorsal da BR-316, mas todos Sertão e Alto Sertão serão beneficiados direta ou indiretamente. Por outro lado, o benefício desse ramal passa em Arapiraca que, vindo de Maceió já passou em São Miguel dos Campos. Muito mais segurança para os viajantes comuns, escoamento da produção e turismo, uma poderosa alavanca de infraestrutura para escancarar as porteiras do progresso.

Entretanto, já ouvimos a ideia de governantes para a duplicação Maceió – Palmeira dos Índios com possibilidade de esticar até Santana do Ipanema, e por que não? A Palmeira – Maceió é muito estreita, asfaltada em 1953 e tem necessidade grande dessa duplicação. E caso chegue até Santana do Ipanema é como se fosse a primeira vez que esse trajeto recebeu asfalto. Nossos representantes deputados federais e senadores não podem cochilar agora diante da boa vontade do novo governo. Fazemos questão de frisar que caso isso aconteça, um trabalho de alta qualidade é necessário nessas futuras obras e NÃO CARVÃO PREGADO COM CUSPE.

PARCIAL DO AÇUDE DE JARAMATAIA, UM DOS MAIORES DO ESTADO (WIKIMAPIO).


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