domingo, 4 de setembro de 2011

VEM AÍ O DIA 20


VEM AÍ O DIA 20
Clerisvaldo B. Chagas, 05 de setembro de 2011

   Os Estados Unidos não têm jeito mesmo. Apesar dos bombardeios que tem levado, continua se metendo na vida alheia, querendo botar garrancho nos que consideram adversários. Assim tentam impedir que a Palestina vire um país com pleno poderes de nação independente e fazendo parte da ONU. Sua adoração por Israel chega a ser extremada, querendo não perder um aliado de apoio para uma futura guerra sua na região do golfo, quando o estado israelense mais uma vez seria seu parceiro. Isto é, mesmo com tantos reveses ainda não perderam o sonho de domínio, de senhor absoluto do planeta que teima em se arrastar com os quartos baixos. Agora visam persuadir os palestinos a abandonarem sua busca pelo reconhecimento como estado na Organização das Nações Unidas. Tentando fazer esse impedimento, o governo Obama fez circular no meio diplomático uma nova proposta entre israelenses e palestinos. Dizem que é uma proposta nova, pode ser, porém, o estado palestino deve ser criado sim, do mesmo jeito que foi criado o estado judeu. Então, é para se conviver eternamente vizinho e briguento? Ninguém vai mudar a Geografia local. Os conflitos não vão acabar nunca enquanto persistirem esses impasses cujos erros israelenses são sempre ignorados ou minimizados pelo xerife do mundo. Como os palestinos não podem exterminar até o último judeu e vice-versa, não existe outras solução a não ser criar-se o estado palestino, onde os impasses serão discutidos em outro nível com muito mais oportunidade de paz duradoura.
           Não é somente isso que deve ser resolvido, mas outros problemas semelhantes que a intransigência de alguns países teima em não tentar resolver, prolongando indefinidamente, conflitos e chacinas. O caso dos curdos é um deles, mas existem outros como o da Mongólia e mais.
           O Presidente Mahmoud Abbas não deve desistir do plano de solicitar reconhecimento do Estado palestino durante a Assembleia Geral da ONU, que será realizada no próximo dia 20 em Nova York. Mas quem sabe mesmo é ele se suportará a pressão americana. Comenta-se que o esforço do norte para impedir a criação do Estado palestino chegou tarde demais, entretanto, ninguém sabe o que poderá sair de última hora. Em se tratando do xerife... “Israel se opõe firmemente ao projeto palestino, no momento em que as negociações de paz estão travadas há quase um ano devido à negativa israelense de deter os assentamentos judaicos em territórios palestinos ocupados”. O problema, no entanto, é que Washington não conseguiu apoio suficiente para bloquear a iniciativa na Assembleia Geral. Caso seja aprovado um novo estado, o da palestina, como ficará a cara do Tio Sam? Pode até ser que não, mas nos parece hoje à única saída para o conflito que se arrasta sem fim no Oriente Médio, um tratamento respeitoso, uma diplomacia igual, uma derrota americana. VEM AÍ O DIA 20.









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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

JÁ ERA!


JÁ ERA!
Clerisvaldo B. Chagas, 02 de setembro de 2011.

 Não foi somente a Venezuela que procurou distância dos Estados Unidos, embora continue vendendo seu petróleo àquela nação de cima. As tolices do senhor Chávez pelo menos serviram para alguma coisa, pois é preciso doidos no mundo em diversos lugares, por que eles também são úteis e, cada personagem, por pequena que seja, tem seu papel assegurado no Planeta com ordem predeterminada. Diz a revista britânica “The Economist” que o Brasil tem ocupado o espaço deixado pelos Estados Unidos na América do Sul, embora os americanos mantenham ainda sua influência e interesse vital na região. É claro que a influência americana continua, não só na América do Sul, mas em todos os lugares onde sua presença sempre foi forte através da via bélica. A revista britânica que lança seu artigo, aparentemente escrito de rotina, pode representar a preocupação da Inglaterra com a influência da parceira cada vez menor, por causa do seu interesse na região, principalmente sobre as ilhas Malvinas. Ela está enxergando longe, uma vez que o distanciamento americano (parceiro colado) poderá facilitar a perda das ilhas no futuro para a Argentina. A chamada “Guerra das Malvinas”, só teve o triunfo dos britânicos por causa da ajuda americana, principalmente por causa dos seus satélites espiões. Os Estados Unidos preferiram ajudar a sua velha parceira de que ficar ao lado dos americanos do sul. Daí a reportagem da citada revista, quem sabe, pode estar querendo despertar os Estados Unidos para apertar cabrestos e rédeas na região.
          Claro que os problemas internos, como diz a própria revista, foi afastando os Estados Unidos da América Latina. Mas a revista “The Economist” também não pode esquecer a influência da Inglaterra também na América Latina, na África e na Índia que foi através dos tempos sendo afastada e substituída pelas lideranças locais e mesmo pelos próprios Estados Unidos. Assim agora também acontece com o seu ocupante. A tendência do mundo, não somente na América do Sul (ou a conceituada revista não enxerga?) é uma posição de independência exterior, assim como o Oriente Médio, que terminará deixando os americanos e Europa totalmente de fora, num futuro não tão distante assim (não esquecer exemplos de Brasil, Índia e China). O texto analisa as relações entre os Estados Unidos e a América Latina e conclui que a política americana para a região tem sido prejudicada pelas disputas domésticas no Congresso americano e aberto espaço para outros atores. "O Brasil com frequência tem maior peso em grande parte da América do Sul", diz.
          E você Inglaterra, que já foi dona do mundo, para onde vai? E assim, o Globo que vai vivendo de “era em era”, fala como a nossa juventude, para Ingleses e americanos, JÁ ERA!

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