quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

PEDRO BAIA

PEDRO BAIA
(Clerisvaldo B. Chagas, 13 de janeiro de 2011)

       Já falei nesse indivíduo antes: Pedro Baia. Anos 60, em Santana do Ipanema, Pedro Baia, pintor de paredes, chamado na época de caiador, era profissional do ramo. Um pincel usado era de um tipo de planta, compacto, leve e comprido com aparência de fêmur, por isso mesmo chamado “Canela de Ema”. Ao terminar o serviço, Pedro costumava desenhar seu logotipo que era justamente o próprio animal. Na época surgiu um atrativo forró, se não me engano, de Jackson do Pandeiro que teve grande sucesso:

“A ema gemeu
No tronco do juremá
Será que é o nosso amor,
Moreninha
Que vai se acabar (...)”

       Pedro Baia era galego, alto, forte, bem rosado, usava chapéu de couro abas viradas para cima e um lenço vermelho no pescoço. Mesmo assim todo cristão se achava no direito de enxugar o braço no pé do ouvido de Pedro Baia. Chateavam-no com perguntas como “Pedro cadê a ema?” Fizeram até uma paródia com a música do forró. Após o estribilho acima, vinha a criatividade:

“A ema quando canta
Pedro Baia se levanta
Com medo de apanhar (...)”

       Um dia, cansado de tantas gozações e taponas, Pedro fez de uma espingarda de cartucho sua companheira de andanças. Foi avisando a todos que daquele dia em diante, o primeiro que mexesse com ele morreria. Dito e feito. Ao tirar a vida do adiantado, foi preso, tirou cadeia e, um dia em liberdade, foi embora para sempre de Santana do Ipanema.
       O Brasil já “apanhou” muito da Inglaterra, no passado imperial. Essa ação corajosa de não permitir que um navio de guerra inglês em direção as Malvinas, aportasse no Brasil, foi também soberana e solidária a Argentina. O exemplo terá repercussão positiva em toda a região. Ele é o líder e é quem tem que mostrar o caminho de destemor e coerência, sem arrogância como fez. Restou a Inglaterra reconhecer a ação do Brasil e pronto. Por que fazer tempestade nessa hora? O ato brasileiro é passo importantíssimo no fortalecimento político de auto defesa coletiva na América do Sul.
       Quanto à Itália que vive às voltas com a crise econômica e com os escândalos do lascivo e imoral Berlusconi, não dispõe de força nem para mudar o seu palhação ministro. Para esconder a situação difícil, quer agora criar problema com o Brasil para sair do ostracismo e ganhar manchetes de jornais, desviando seus problemas internos, heranças de Nero, Calígula, e outros Césares devassos da Roma antiga. A decisão em congelar acordo de defesa, é no mínimo idiota como o outro ministro que levantou o problema. O Brasil deveria também radicalizar, cancelando de vez o acordo e contatando a França ou países outros do continente asiático. Pior para eles que perderiam os bilhões do Brasil. Dilma, por favor, não se afrouxe com esses comedores de macarrão. Diplomacia sim, mas sem urinar os cueiros. De vez em quando o Brasil tem que arreganhar os dentes quando preciso, para não ficar na qualidade da primeira fase de PEDRO BAIA.



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