quinta-feira, 9 de junho de 2011

TRÊS ERROS DE UMA VEZ

TRÊS ERROS DE UMA VEZ

Clerisvaldo B. Chagas, 9 de junho de 2011

          Têm coisas que não se pode evitar quando elas acontecem em um só dia. Estamos falando sobre, Ronaldo “Fenômeno” e o jogo da seleção brasileira de futebol. No caso Ronaldo, atrelado à seleção; sobre Antonio Palocci, na parte política do país. Os jornais noticiosos bem que fizeram tremendo esforço para coordenar as notícias mais quentes entre a festa mundial do “Fenômeno”, a queda do poderoso ministro e o jogo da noite. Foi aí que lembramos novamente à cantoria em que um dos repentistas concluía a estrofe em sextilha quando chegava à festa um grupo de pessoas: “E logo a trinca chegaram”. Ao que o outro cantador mais letrado, logo indagou:

           “Dizer a trinca chegaram
   É erro de Português
            Mesmo só se fala “trinca”
   Se o grupo for de três
   Donde vem esse poeta
           Com dois erros duma vez?”

          Pois as três coisas importantes vindas num dia só deve ter dado trabalho sim. A renúncia do ministro pode ter sido jogada propositadamente para o dia em que o povo brasileiro estivesse voltado para o jogo da seleção e a despedida de Ronaldo. Faz parte dos caciques divulgarem péssimas notícias de várias origens, em vésperas de feriados, dias santos e finais de semanas, para amaciar o impacto. A seleção brasileira de futebol, novamente não convenceu. Comparamos o aglomerado de bons jogadores, com os times improvisados que fazíamos nas areias finas ou grossas do rio Ipanema. Faz-se o amontoado e coloca-se para jogar. Sempre foi assim. Cada jogo, personagens diferentes sem o tempo necessário para treinamento. Não dizemos um “pega na rua” por que ali estavam realmente os melhores, indiscutivelmente. Mas o nervosismo ou a falta de concentra-ção dos atacantes levavam o caso para a arquibancada insatisfeita com tudo que estava acontecendo, inclusive a repetição do jogo anterior. Uma droga! O erro geral da seleção, principalmente nos chutes dados em cima dos defensores como se eles fossem invisíveis, não deixavam o óbvio, a bola passar. Daí se dizer, falta de concentração ou nervosismo. Se a seleção errava, o fenômeno errava também. Esse é perdoável. Estava na sua festa de despedida na luta desesperada contra o excesso de peso e não tinha mesmo a mobilidade ideal das gingas que deram tantas alegrias ao Brasil. Seus combates agora, fora dos gramados, serão com a gordura que teima em não ir embora.
          Quanto ao que houve de fato com Antonio Palocci, apesar de líder carismático, ainda precisa ser esclarecido ao povo brasileiro. E se foi um erro do ministro não terá sido um errinho qualquer, mas um errão do tamanho do número vinte. Os erros de Ronaldo não diminuíram seus méritos. Os erros da seleção receberam as vaias da torcida. E os erros de Palocci deixaram perplexos os seus admiradores. Sabiamente o povo sertanejo fala: “Nada como um dia atrás do outro e uma noite no meio”. Ê meu cantador, de onde vem essa terça-feira, com TRÊS ERROS DE UMA VEZ?


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