RESPIRAR FUNDO
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de junho de 2013
Termina o primeiro ato nos
palcos brasileiros e novamente abrem-se as cortinas para o futebol. Um duelo
para quem gosta e quem não apreciam os lances da arte nos estádios. Nunca
sentamos à poltrona para não criticarmos sadia e mentalmente os lugares das cores.
Sempre achamos mais bonito e representativo a antiga camisa em amarelo-queimado
e calção verde-bandeira. Não recusamos esse pensamento uma só vez quando vem a campo
a seleção do Brasil. Mesmo assim o importante é que os nossos jogadores vençam
as partidas, não importa se vestindo às cores de famosas pilhas de lanterna. A partida foi importante, entre outras coisas,
para cortarmos o trauma que iniciava a petrificação, com apenas dois chutes
suspirados. O México, nosso velho freguês, já estava começando a arrepiar as
penas após seus longos goles de malagueta com tequila. “La Cucuracha” não
queria mais respeitar a malandragem do samba brasileiro e, o chapéu descomunal
subia e descia ornado, risonho e bigodudo. Para tirar a limpo a patente das
canelas, o amarelo-mundiça resolveu impor a cachaça de cana-de-açúcar.
Gostamos
de
ver os jogadores em campo, não unicamente pela vitória que foi muito bonita, mas
pelo posicionamento na cancha que mostrava defesa sem oportunidades para os adversários.
No geral, a partida teve poucos momentos emocionantes. A maior parte do tempo
levou o embate para certa monotonia e sonolência e dava a entender que os
jogadores estavam cansados e sem inspiração. O carinho da torcida cearense foi
essencial para uma vitória sob o sol nordestino, deixando a capital cearense e
os jogadores felizes, tantos os daqui quanto os do golfo. Ninguém pode ir de
encontro ao talento de Neymar que parece ascender a cada partida. Outras
revelações importantes começam a se firmar e ficamos abismados com o
desconhecido Jô. E para falar a verdade, não pensamos que a defesa da seleção
chegasse aos pés de veteranos outros, mas os garotos deram conta do recado.
Vimos um Japão apático, um México medroso e uma Itália segura e bem armada nos
três planos de campo. Vamos gritar para que o Japão acorde e monte na zebra
italiana, para que os nossos próximos adversários cheguem irritados para novos
erros. Mas, isso depende dos deuses do futebol e do alto Monte Fuji.
Sabem de uma coisa! Vamos
repetir à plebe: “que venham os italianos”. Medo é manha, compadre. A ordem é
RESPIRAR FUNDO.
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