quinta-feira, 20 de junho de 2013

RESPIRAR FUNDO



RESPIRAR FUNDO
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de junho de 2013
Crônica Nº 1038
NEYMAR Foto: (g1.globo).

Termina o primeiro ato nos palcos brasileiros e novamente abrem-se as cortinas para o futebol. Um duelo para quem gosta e quem não apreciam os lances da arte nos estádios. Nunca sentamos à poltrona para não criticarmos sadia e mentalmente os lugares das cores. Sempre achamos mais bonito e representativo a antiga camisa em amarelo-queimado e calção verde-bandeira. Não recusamos esse pensamento uma só vez quando vem a campo a seleção do Brasil. Mesmo assim o importante é que os nossos jogadores vençam as partidas, não importa se vestindo às cores de famosas pilhas de lanterna.  A partida foi importante, entre outras coisas, para cortarmos o trauma que iniciava a petrificação, com apenas dois chutes suspirados. O México, nosso velho freguês, já estava começando a arrepiar as penas após seus longos goles de malagueta com tequila. “La Cucuracha” não queria mais respeitar a malandragem do samba brasileiro e, o chapéu descomunal subia e descia ornado, risonho e bigodudo. Para tirar a limpo a patente das canelas, o amarelo-mundiça resolveu impor a cachaça de cana-de-açúcar.
Gostamos de ver os jogadores em campo, não unicamente pela vitória que foi muito bonita, mas pelo posicionamento na cancha que mostrava defesa sem oportunidades para os adversários. No geral, a partida teve poucos momentos emocionantes. A maior parte do tempo levou o embate para certa monotonia e sonolência e dava a entender que os jogadores estavam cansados e sem inspiração. O carinho da torcida cearense foi essencial para uma vitória sob o sol nordestino, deixando a capital cearense e os jogadores felizes, tantos os daqui quanto os do golfo. Ninguém pode ir de encontro ao talento de Neymar que parece ascender a cada partida. Outras revelações importantes começam a se firmar e ficamos abismados com o desconhecido Jô. E para falar a verdade, não pensamos que a defesa da seleção chegasse aos pés de veteranos outros, mas os garotos deram conta do recado. Vimos um Japão apático, um México medroso e uma Itália segura e bem armada nos três planos de campo. Vamos gritar para que o Japão acorde e monte na zebra italiana, para que os nossos próximos adversários cheguem irritados para novos erros. Mas, isso depende dos deuses do futebol e do alto Monte Fuji.
Sabem de uma coisa! Vamos repetir à plebe: “que venham os italianos”. Medo é manha, compadre. A ordem é RESPIRAR FUNDO.

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