EDUCAÇÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 6/7 de setembro de 2013.
Crônica Nº 1083
Como os debates sobre Saúde e Educação estão
em voga, vejamos o texto abaixo, na íntegra, identificado no final.
“O renascimento das atividades comerciais e a prosperidade dos centros urbanos
estimularam também o desenvolvimento intelectual. As universidades proliferaram-se,
pois para a burguesia o conhecimento passou a ser indispensável à plena
realização de seus negócios. No decorrer do século XII, as escolas, muitas
delas fundadas durante o período carolíngio, tornaram-se excelentes centros de
ensino, cujas disciplinas continuavam sendo as mesmas da época de Carlos magno.
O curso era composto pelo trivium, em
que se ensinava gramática, retórica e lógica; e pelo quadrivium, que iniciava o aluno em aritmética, geometria,
astronomia e música.
Depois de completar o curso básico trivium e quadrivium, os alunos podiam preparar-se profissionalmente em
escolas de “artes liberais” ou dirigir-se para as áreas de medicina, direito e
teologia. Supõe-se que a primeira universidade europeia tenha sido a da cidade
italiana de Salerno, cujo centro de estudos remonta ao século XI. As
universidades de Bolonha e de Paris, ambas do século XII, estão também entre as
mais antigas. Nos séculos seguintes, muitas outras surgiram, como as de Oxford,
Cambridge, Montpellier e Coimbra.
Originalmente, estas instituições eram
chamadas de studium generale, agregando
mestres e discípulos dedicados ao ensino superior de algum do saber. Porém, com
a efervescência cultural e urbana da Baixa Idade Média, logo se passou a fazer
referência ao estudo do saber, ao conjunto das ciências, sendo o nome studium generale substituído por universitas. As universidades
organizavam-se com base nas faculdades, cuja palavra, com o sentido de professores
e alunos dedicados a um ramo do conhecimento humano, descendia originalmente de
facultas, isto é, o direito de
ensinar.
As universidades também gozavam de vários
privilégios, destacando-se, além do direito de ensinar dos seus graduados (licentia docenti), a isenção de impostos
e contribuições, a dispensa muitas vezes do serviço militar e até o direito a
julgamento especial em foro acadêmico para os seus membros, vantagens
garantidas quase sempre ou pelo imperador ou pelo papa, as duas maiores
autoridades da época”.
·
VICENTINO.
Claudio. História geral. São Paulo,
Scipione, 2000. Pág. 156-157.
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