FEIRAS,
SALTIMBANCOS E NOTÍCIAS
Clerisvaldo B.
Chagas, 17 de julho de 2014
Crônica Nº 1.222
Foto: indicação abaixo da crônica. |
Obs. Você que acompanha o blog, estão faltando três crônicas: "Agripa: vuvuzelas para os desentendidos"; "A cueca do deputado"; "Escritores visitam a CPAI". Encontradas, porém, no site: alagoasnanet, onde são reproduzidas.
Com o início da festa de Senhora Santa Ana,
hoje, em Santana do Ipanema, Alagoas, associamos a ela, a palavra “feira”.
Com o aumento de
terras cultivadas na Europa, durante a Idade Média, cresceu significativamente
a produção de grãos. O que excedia o consumo passou a ser comercializados em
inúmeros lugares. Os pontos que mais atraíam o comércio eram os entroncamentos
de estradas por onde circulavam os fiéis católicos de várias regiões para seus
festejos anuais. As entradas dos castelos também fizeram surgir às feiras
medievais, palavra que já foi sinônimo de festa.
O que acontecia antes,
ainda hoje acontece nesses encontros. Os negociantes armam barracas, expõem
mercadorias, trocam informações e notícias e fecham negócios com os seus
produtos.
Ontem como hoje,
surgem os artistas populares (saltimbancos), os que emprestam dinheiro a juros
e os que chegam somente porque gostam de passear no ambiente.
Por questões de
segurança, artesãos e comerciantes se estabeleceram nos arredores das muralhas
dos feudos, surgindo pequenos povoados que recebia o nome de “burgos”, nos dias
atuais, palavra depreciativa.
Santana do Ipanema,
ainda hoje tem a sua feira-livre principal que ocorre aos sábados. Quem sugeriu
o dia de sábado, foi um dos seus fundadores, o padre penedense Francisco José
Correia de Albuquerque (visionário e rico em virtudes) evitando assim esse trabalho
aos domingos, dia dedicado ao Senhor e ao descanso semanal.
Quando adolescentes
ouvimos por várias vezes, pessoas que ─ referindo-se à feira do sábado ─ diziam
com sorrisos expressivos: “Vou pra festa!”. E de fato, feira é festa e
vice-versa, atualmente ameaçada nos centros maiores pelos mercadões,
supermercados e o tal Shopping Center.
Portanto, tem início
hoje o novenário de Senhora Santana, encerrando no mesmo dia marcado em todos
os lugares do mundo por determinação da Igreja, onde houver festejos à avó do
Cristo. Vamos à feira... Ou à festa.
·
Foto antiga de domínio público, uma
das mais significativas de Santana do Ipanema e que estará no livro “227” de
Clerisvaldo B. Chagas. Breve.
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http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2014/07/feiras-saltimbancos-e-noticias.html
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