MONSTREGO
NAS BR
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de junho de
2019
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.134
SILHUETA ESTILIZADA. (FOTO: B. CHAGAS). |
Todos eleitores esperam do seu candidato
eleito, tino administrativo apurado. Prefeito, governador, presidente, estão –
pelo menos no início – como esperança de um trabalho profícuo sem desculpas
amarelas... Esfarrapadas. Obra iniciada e não concluída só atrai o que não
presta, tanto para o povo quanto para o gestor. As inúmeras carradas de pragas
e palavrões devem mexer muito negativamente na espiritualidade e na política do
alvo das multidões. Pragas e xingamentos não podem trazer o que é bom. Um
viaduto que seria de anel viário, trevo, passagem ou outro nome qualquer, enganchou
no meio da BR-101 e BR-316 no trecho São Miguel dos Campos – Rio Largo; Pilar –
Atalaia. Levantado pedaço do viaduto, obra parada e longos anos pousando no equívoco
humano.
Ah, essas obras inacabadas que não levam a
lugar nenhum, são muito parecidas com o destino enigmático de muita gente. Calculamos
em mais de dez anos a resistência do monstrengo no mostruário em terras
alagoanas. Quantas e quantas piadas e palavrões ouvimos dos motoristas que
trafegam por ali! Havia muitas comparações com o asfaltamento do povoado Carié –
Inajá, com enrolamento de mais de 40 anos e a conversa fiada do trevo da
Polícia Rodoviária. A primeira já foi realizada. A segunda, em Maceió,
finalmente está em pleno vapor e se desenha como obra de fato magnífica. Vai
ser aliada da nova entrada Satuba/Maceió, antes imunda e hoje transformada em
jardim.
Bem, para os longevos e pacientes cidadãos,
parece que a coisa vai. Quem trafega no trecho na antiga presepada começa a
ver
movimento de máquinas e operários no local, dando nítida impressão que mexeram
nos pauzinhos. Assim, passamos no ponto mais de uma vez e aproveitamos para
fotografar, mesmo em hora inconveniente. Pelo menos mostra a silhueta do bicho
de concreto. E se o negócio dos novos dirigentes é desenterrar cabeças de burros,
que assim seja. As três obras citadas são valorosas e representam ao final,
desenvolvimento e segurança nas estradas que cortam o nosso estado.
Na realidade, existem os coveiros de cabeças
e os desenterradores de muares.
Xô!.
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