O ARTESÃO
Clerisvaldo B. Chagas,
19 de setembro de 2022
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Crônica: 2.769
Fiz uma nova visita de
cortesia ao artista plástico Roninho Ribeiro. Sua oficina, localizada à avenida
Castelo Branco, Bairro São José, estava repleta de peças encomendadas e à venda
ocupando todos os recantos das prateleiras e do piso. Fiquei admirado com o
volume produtivo do artesão que hoje tem preferência pela sucata, embora seja
pintor chargista em tela e mexa com os mais diferentes tipos de matéria-prima.
O mundo preferencial de Roninho é o Sertão Nordestino, assim como o meu mundo,
porém, repleto de cangaceiros e tipos esquisitos que povoam a mente fértil do
artista. Vizinho ao seu local de trabalho, está sendo construída há, alguns
meses, o complexo da Praça São José, em reforma profunda, talvez isso seja um
estímulo para tanta produção em benefício da Arte pelo escultor santanense.
Quase sempre Roninho
estar viajando para expor seus trabalhos em inúmeras cidades de Alagoas. Piranhas
e Maceió têm sido praças muitas vezes visitadas pelo artista, aproveitando cada
evento relacionado à arte. RR é irmão de outra fera da arte, Roberval Ribeiro,
hoje estabelecido com a Empresa ROBRAC, continua em pleno vigor esbanjando
talento sob encomenda. Os estilos são diferentes entre os irmãos Ribeiro, o que
proporciona muito mais opções para o belo mundo das incríveis transformações.
Mas ainda na Oficina ou Atelier do Roninho, vejo as novidades entre as peças de
cangaceiros, heróis, bandidos e tipos populares, são as esculturas
em madeira representando gamelas que atualmente são modas no ambiente de
apartamentos.
Na esquina entre a
CONHB e o conjunto São João, o alto da residência de Roninho deslumbra na
paisagem possante da margem direita do rio. As barreiras paralelas ao Ipanema e
o casario rumo ao Hospital e a serra da Remetedeira, parecem inspirar o dia a
dia do artesão do cangaço. Interrompo o artista que não pode perder tempo, pois
vai aperfeiçoando as peças de encomendas coestaduanas e a expectativa aguçada
de novas visitas. Aproveito o ensejo e encomendo duas peças para futuro
ex-votos. O artista abraça o desafio e eu desço a colina montado na esperança
do seu manuseio.
Como é fácil para
Roninho fazer um mundo de faz de conta!
Encontro nas obras da
praça, personagem semelhante aos do atelier.
É a vida que imita a
arte ou a arte que imita à vida?
ARTESÃO RONINHO RIBEIRO
(FOTO: B. CHAGAS).
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