DE
VOLTA AO CEPINHA
Clerisvaldo
B. Chagas, 31 de março de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.855
o sucesso do “Café Filosófico”, promovido pelo Departamento de Cultura, em sua casa, veio um honroso convite para uma palestra na Escola Estadual Prof. Aloísio Ernande Brandão, o famosíssimo “Cepinha”. No café, foi lançado o livro documentário, “Canoeiros do Ipanema” e que também será relançado para professores e alunos do Cepinha, no encontro agendado para o dia 20 de abril, ocasião em que estaremos falando sobre Santana do Ipanema. Estamos ainda na primeira fase do entendimento e não temos certeza se será uma palestra ou uma ampla entrevista pela plateia, modo da minha atual preferência. De qualquer maneira é um prazer enorme retornar àquela casa onde encerrei a minha carreira de Magistério.
Antes
de tudo, o Cepinha era apenas uma oficina da Escola Estadual Deraldo Campos...
Uma carpintaria onde os alunos aprendiam arte e tinham a assistência do
profissional Abelardo, marceneiro que ali trabalhava pelo estado. Até hoje
existe a lembrança forte da saudosa professora “Dodôra” que ministrava essas
aulas de Educação Artística prática e fumava bastante. A carpintaria foi
perdendo força como tal e passou a ser a base de fundação da Escola Estadual
Prof. Aloísio Ernande Brandão e que permaneceu com o mesmo apelido de antes e
muito mais conhecida assim. A homenagem ao professor pela sua morte precoce,
foi justíssima, mas achamos que deveria haver pelo menos uma sala com o nome da
professora Dodôra que também partiu precocemente pelas ações do cigarro.
E
para concluir, voltamos a lamentar a localização das três grandes escolas
estaduais dentro duma área plana mas, insalubre, dominada pelas grandes
enchentes do riacho Camoxinga, afluente do Ipanema. Ao lado das escolas, está o
enorme terreno federal, desocupado, abandonado, não saneado aonde as águas de
minação descem noite e dia vindo das partes altas (Rua das Pedrinhas) e
imediações da COHAB NOVA. E os três colégios: Laura Chagas, Mileno Ferreira e
Ernande Brandão estão no antigo entulho formado a milhares ou milhões de anos
pelo bravo riacho Camoxinga. E desde há muitos anos quando as chuvas derrubou
parte da murada que cerca as três escolas, que o abandono do terreno, com a
parte caída ampliada não é coisa bonita de se vê.
Amor
às coisas públicas?
Quem
ama cuida!
CENTRO
DE SANTANA (FOTO: B. CHAGAS).
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