quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

INTEGRAÇÃO E TURISMO


INTEGRAÇÃO E TURISMO

(Clerisvaldo B. Chagas. 8.1.2010)

Notícias sobre Alagoas dão conta de que o governo quer integrar as cidades ribeirinhas do rio São Francisco. No governo Lessa já se falava nesse projeto, mas não sabemos se a idéia é anterior a ele. No momento, porém, é o que menos importa. As dificuldades para se chegar a algumas dessas cidades, principalmente as interligadas por estradas de terra, são grandes. Durante a época chuvosa piora tudo. Para se chegar a determinados povoados ribeirinhos, sofre o carro e sofre o dono. Quem sai do Sertão e alto Sertão para Penedo ou Piaçabuçu, por exemplo, tem que viajar por Arapiraca e dali tomar destino sul. Com essa decantada rodovia, tudo seria facilitado. Piranhas fica perto do Sertão e Alto Sertão. Daí em diante seria somente descer margeando o São Francisco na sequência Piranhas, Pão de Açúcar, Belo Monte, Traipu, São Brás, Penedo. Daí em diante já existe a rodovia que leva até Piaçabuçu, foz do grande rio. Prosseguindo desse ponto, as cidades já estão interligadas por revestimento de asfalto. Caso aconteça o que estar sendo previsto, o turismo poderá, enfim, chegar até aqueles lugares também através dos transportes terrestres. Muito tem para ser visto na região. Piranhas, cidade presépio, oferece sítios arqueológicos, histórias do cangaço, trilhas, culinária e, além da hidrelétrica de Xingó, várias outras atrações. Pão de Açúcar, cidade plana, também tem suas histórias de cangaço, de D. Pedro II; casarios típicos, além de ser terra de músicos. Belo Monte mostra o encanto da paisagem tendo o rio como atração máxima. Traipu, cidade entre morros, antiga Porto da Folha, tem muito que contar pelo seu duro relacionamento com a natureza, bem assim como sua vizinha São Brás. Penedo já tem fama no Brasil inteiro. Resistiu bravamente às invasões holandesas, sendo a primeira cidade de Alagoas. Foi o sangue irrigado para todos os outros municípios ribeirinhos. Nessa cidade, não esquecer os livros do escritor penedense, saudoso amigo, Ernani Otacílio Mero (A História do Penedo).
Talvez essa estrada (ela só não basta), traga incentivos para desenvolver essa região tão esquecida pelo poder público. Muitos povoados e mesmo cidades parecem paradas em várias décadas anteriores. Constatamos em alguns lugares uma pobreza absoluta de cortar coração. Mas, ao contrário, constatamos o progresso crescente na outra margem do Opara. E para quem perdeu quase tudo na economia pesqueira após a hidrelétrica, bem que a nova rodovia é uma esperança. Mesmo sendo a esperança do nosso povo alagoano elevada ao quadrado. As encantadoras, deslumbrantes paisagens do “Velho Chico” não podem ficar ignoradas porque as classificamos entre as mais belas do mundo. Quem nunca esteve na região do São Francisco nas Alagoas, não sabe o que estar perdendo. Esperamos que o governo atual possa de fato investir nas cidades ribeirinhas para incrementar a sua economia e promover INTEGRAÇÃO E TURISMO.


Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2010/01/integracao-e-turismo.html

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

OS VALORES DO GRUPO

OS VALORES DO GRUPO
(Clerisvaldo B. Chagas. 7.1.2010)
Para os que fazem a Escola Estadual Padre Francisco Correia

Inaugurado em fevereiro de 1938 no Bairro Monumento, o Grupo Escolar Padre Francisco Correia, em Santana do Ipanema, Alagoas, é um prédio histórico. O citado grupo foi quem marcou a primeira etapa oficial funcionando até a antiga 4ª Série. Antes dessa parte, as escolas que existiam eram particulares e, mesmo oficiais lutavam com bastantes dificuldades em todos os aspectos. Podemos dividir a história das letras em Santana em seis fases. Primeira: escolinhas particulares (nem todas eram pequenas e particulares); segunda: do Grupo Escolar Padre Francisco Correia (séries: 1ª a 4ª); terceira: do Ginásio Santana (séries: 5ª a 8ª); quarta: do Colégio Estadual Deraldo Campos (segundo grau); quinta: (da Faculdade, ESSER); sexta: (escolas superiores à distância). Recebendo o nome de um dos fundadores de Santana, o Grupo Escolar, trouxe as primeiras normalistas da capital para o Sertão alagoano. Várias dessas professoras ficaram famosas na história educacional do Município, entre elas, Helena Braga das Chagas, Hilda D. de Carvalho, Iracema Salgueiro, Leopoldina Lima, Maria José Carrascosa, Durvalina Pontes, Maria de Lourdes Queirós, Audite, Nelzinda Nogueira Campos, entre tantas outras. Construída na gestão do 6º prefeito interventor, Joaquim Ferreira da Silva, a escola que estar completando 72 anos, pouco foi reformada. O pátio externo é grande e, o benefício que recebeu até agora, parece ter sido apenas a troca de um muro baixo cheio de pilares, por outro alto e fechado completamente. Isso há muito tempo. A parte do prédio, poucos benefícios recebeu. É de causar pena, uma escola de tantas tradições, localizada na avenida principal da cidade, continuar praticamente da mesma maneira de 1938. Ali estudaram milhares de crianças, entre as quais aquelas que exerceram ou exercem altos cargos na hierarquia estadual. Se existe em Santana uma escola resistente à falta de reconhecimento pelos seus filhos mandatários, é o antigo grupo Padre Francisco Correia. Está precisando de uma ampla reforma para se transformar em um prédio moderno e digno das suas tradições, com anexos e benfeitorias no terreno que aguarda há sete décadas. Enquanto isso a avenida ganhou praça de luxo, bancos e estabelecimentos comerciais que fazem jus à entrada de Santana. Mas o primo pobre continua lá aguardando, talvez, o centenário, para receber tais vantagens. Enquanto isso as esperançosas e competentes professoras dão continuidade à brilhante história da sua implantação.
Atualmente o grupo mudou o nome para Escola Estadual Padre Francisco Correia. Honrou-me bastante o convite que recebi para uma palestra naquela unidade, tempos atrás. Mas fiquei triste em notar o esquecimento dos que estão no poder estadual e mesmo municipal a respeito da Escola. Os mesmos que beberam daquele mingau que eu bebi durante seus recreios. Só o reconhecimento não é tudo. Gostaria muito de sair com aquelas professoras para uma aula viva sobre a história da nossa cidade pelo comércio e ruas de Santana. Estou sempre fazendo a minha parte. Autoridades, por que perdem a ocasião dos proveitos às raízes? Não esqueçamos, mesmo com atraso, os VALORES DO GRUPO.




Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2010/01/os-valores-do-grupo.html