quinta-feira, 27 de outubro de 2011

FIRMEZA

FIRMEZA
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de outubro de 2011
            Uma das coisas ruim para qualquer pessoa é a tibieza. O povo costuma colocar apelidos os mais diversos em indivíduos que não têm ação. “Fraco”, “banana”, “medroso”, “Quincas”, “bosta”, “cabra de peia”, “coitado”, “Mané” e outros mais que a mente popular engendra. Quando a coisa parte de uma pessoa comum, fica assim mesmo. O cabra é “fraco” e fica malvisto. Embora ele não sinta, a comunidade o despreza. O tal não sente porque todos continuam a falar com ele normalmente, pois não se trata de um bandido, porém, o valor não passa de um tostão furado. Quando se mete em política, acontecem coisas piores. Não se admite em política um homem “fraco” de maneira alguma. Quando ele fala é mentira. Quando acerta com um, não cumpre. Burla a boa fé. Acerta com dez e foge dos onze. Precisa-se dele, mas ele não serve. Não tem palavra, não faz benefício. Esse já está frito e não sabe! É olhado e comparado a “cachorro” e ninguém, absolutamente ninguém o aponta com o dedo positivo. O que pensa sua mulher, filhos, família, sobre ele, confesso que não sei. É melhor ser ruim ou bom, mas firme O tíbio é cuspido.
          O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, “disse nesta quarta-feira (26) que o Brasil tem a oportunidade de tomar passos importantes e de passar de um país que se abstenha para um país que atua”. Essa declaração refere-se às recentes abstenções do Brasil. Quando a coisa aperta, nossos representantes costumam apelar para um direito que existe: a abstenção. Foi o caso da ONU sobre conflitos na Líbia e Síria. Sempre achei feia, desde os tempos de estudante, a atitude da abstenção. Seja ou não seja, estude bem antes e defenda seu ponto de vista, agrade ou não agrade, acho que é assim que deve ser. Como você pode voar mais alto se os seus atos são insignificantes e mesquinhos? No caso das votações, a abstenção é um direito sim, mas não se deve abusar do seu refúgio, pois você perde a credibilidade de ambos os lados da questão. Falando sobre o Brasil, ele não pode se comportar como o “Mané”, o sem valor da política local. Para atingir o ponto procurado é preciso ousar com resolução e argumentos, pois, ninguém, nem ontem nem hoje em qualquer lugar do mundo respeitou o “banana”.
          A gente fica preocupada quando chegam estrangeiros por aqui dando lições. E lições de estrangeiros vão doendo mais ainda, principalmente se for da classe de embaixadores e de outros semelhantes. Porém, não custa nada fazer que não se ouve, mas tomar a lição se for proveitosa. Quanto à opinião de Shannon sobre um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, parece ser apenas o que ele representa: embaixador. Está aí para dá o recado que “papai” mandou. É bom refletir, péssimo se não aprender a lição, um desastre se continuar sem FIRMEZA.

·         Acesse o blog do autor: Clerisvaldobchagas.blogspot.com











Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2011/10/firmeza.html

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O TOMBO DO MINISTRO

O TOMBO DO MINISTRO
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de outubro de 2011

           Como falamos do apego dos ditadores, vemos a mesma ansiedade nos ministros. Dilma não falou em tolerância zero, mas quis dizer mais ou menos isso, ao assumir a Presidência. Lula fez um ótimo governo, porém, não deixou de fazer ouvido mouco para várias denúncias que escandalizaram o país. Todos foram avisados pela presidenta que ela não toleraria o malfeito. E de fato vários caíram por suspeita de corrupção. Esses infames aceitam os cargos, se metem em falcatruas e pensam ainda que ninguém vai descobrir. A imprensa vai fazendo o seu papel, marcando em cima com denúncias fortes, robustas, contundentes. E quando a Imprensa é livre, honesta e investigativa, representa uma garantia sem tamanho para um país sério pela dignidade do seu povo. Mesmo assim ainda encontramos “respeitáveis” cidadãos no Congresso que ameaçam não votar nisso ou naquilo, por causa de medidas contras ladrões. Quem protege ladrão, qual o nome que recebe? Estamos colocando a palavra mais dura, sabendo, entretanto, que não existe rico ladrão. Rico, político são corruptos, pois a palavra soa mais agradável aos seus insensíveis ouvidos. Ladrão deve ser coisa de pobre, mesmo.
          O ministro Orlando Silva (Esporte) vive uma situação insustentável. Não que ele seja culpado ou inocente no caso da ONG. Pelo que se fala até agora, as provas contra Orlando vão se acumulando e desacreditando o ministro. Como ninguém pode dizer que o cidadão “A” ou “B” é culpado sem o pronunciamento da Justiça, o caso da ONG vai crescendo e engolindo espaço na mídia, deixando a cara exposta do ministro pelo menos até agora, como motivo de gozação. O homem por sua vez, vai tentando a frágil e ridícula tática de atacar o seu denunciante. Você está vendo, cabra velho, como é o apego desesperador ao cargo? Não parece direitinho um escudeiro de ditador? A primeira coisa de um homem  bem intencionado teria sido entregar a pasta imediatamente após as denúncias e exigir uma investigação rigorosa da Justiça. Apurados os fatos, caso fosse inocente, aí sim, seu nome estaria limpo e alguém teria que pagar por calúnia. Mesmo que Dilma aguarde mais um pouco, o ministro Orlando Silva já se encontra frito em caçarola grande. Não tem mais confiança de ninguém. Nem da presidenta, nem do povo, nem das entidades voltadas para a sua pasta. Quanto mais fala na televisão, mais ridículo parece.
          Ainda bem que o povo começa a despertar e fazer movimentos contra a corrupção no Brasil. Os abusos nos três poderes devem ser alvos de, talvez, uma “primavera árabe” à brasileira nessa terra de Cabral. A oposição diz que Orlando não se sustenta no poder. Depois de tantos diretos e socos no fígado, todos estão vendo que Silva não aguenta mais um round. Aguardemos O TOMBO DO MINISTRO.

















Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2011/10/o-tombo-do-ministro.html