TOMARA! Clerisvaldo B. Chagas, 22 de novembro de 2011 Claro que faz gosto apreciarmos a multidão fazendo compras no comércio de Maceió. ...

TOMARA!

TOMARA!
Clerisvaldo B. Chagas, 22 de novembro de 2011

Claro que faz gosto apreciarmos a multidão fazendo compras no comércio de Maceió. Não somente pelos movimentos multicores dos transeuntes com suas modas diversificadas e chamativas; mas também pela preparação de cada loja para atrair a clientela em clima natalino. A ideia do calçadão que envolve algumas ruas da capital deixou o centro muito mais bonito e seguro, incentivando os lojistas aos ornamentos e às reformas significativas que foram buscar de volta os fregueses que haviam sumido para as novidades dos centros de compras. Com a revitalização do comércio e o desencanto do preço no luxo dos “shoppings”, Maceió volta a preencher as suas ruas comerciais como antigamente. A beleza dessa nova etapa, ainda caminha junto com os ambulantes que vão ocupando as passagens dos pedestres que se livraram dos veículos, porém, não dos “camelôs”. A poluição sonora ainda é um dos pontos fracos, cujos órgãos responsáveis usam a frase jovem costumeira e descompromissada: “Não tou nem aí! Não tou nem aí!” Rapazes empurram os seus carrinhos de CDs piratas por ruas e becos sem limite sonoro nenhum.
          Adiante é o crente que faz pregação com aparelhos prometendo o céu. Os pedintes que não querem mais gastar a goela diante dos recursos modernos. As lojas que deixam as caixas de som na porta da rua, infernizando os ouvidos dos passantes... Assim, os frequentadores do comércio perdem a tranquilidade necessária, até mesmo a concentração nas compras. Às vezes os órgãos que deveriam tomar conta da paz urbana, parecem repressivos, outras vezes, sumidos de vez, deixando os visitantes da “Cidade Sorriso” a mercê dos hábitos agrestes e chatos de passado recente. Mas, pelo menos no instante o que vale é a satisfação maior de enxergar homens e mulheres gastando seu dinheiro e fazendo planos para o Natal e as diversas festinhas de confraternizações entre família, amigos, colegas de repartição... Presentes mergulhando desde já nas bolsas e pacotes que saem dos estabelecimentos cheios de desenhos, fitas coloridas e outros babados.
          Queremos lembrar, apenas, da prosperidade em que estamos vivendo no Brasil, enquanto nações ricas e tradicionais, infelizmente, vão se aproximando de um Natal de desemprego e incertezas, como na Grécia, Estados Unidos, Itália e Espanha. É aquele costumeiro desequilíbrio entre nações que imitam a velha gangorra, brinquedo traiçoeiro da nossa juventude. E se agora estamos com essa euforia de novembro, apelemos, então, para o Criador que o Natal seja motivo real de confraternização, prosperidade, paz e esperança em um futuro bem melhor para todos. Torna-se muito importante uma corrente geral de pensamentos positivos para manter longe a crise, chamar dinheiro, saúde e amor neste fim de ano. TOMARA!

TAHRIR DE NOVO Clerisvaldo B. Chagas, 21 de novembro de 2011. A luta pela democracia não é coisa fácil em lugar nenhum do mundo. Mesmo, mui...

THARIR DE NOVO

TAHRIR DE NOVO
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de novembro de 2011.

A luta pela democracia não é coisa fácil em lugar nenhum do mundo. Mesmo, muitos que pregam essa bendita democracia, lutam por ela, derramam sangue por ela e por ela se expõem ao máximo. É assim que até alguém se torna um líder admirado que adquire o respeito dos seus seguidores, empolgados com os embates em  busca de melhoramentos para  os semelhantes. Acontece, porém, em vários casos, esse tipo de liderança conseguir os objetivos da luta, em que tantos tombaram pelo caminho acreditando na vitória. As orientações, entretanto, após a chegada ao ponto desejado, vão repetir os mesmos erros dos seus antecessores, frustrando o povo e chutando os sonhos a lugares completamente inacessíveis. É a própria natureza humana da maioria fraca que não resiste à sedução do poder, como nas aventuras de antigos gibis ou de filmes modernos de ficção.
Volta o povo à Praça Tahrir, na capital egípcia, decepcionado com as ações poucas da junta militar que governa o país após o famigerado Mubarak. Lá vai a polícia novamente às ruas fazer a mesma coisa da figura anterior. Jogar bombas de gás nos manifestantes, usar seus cassetetes e, se preciso, acionar as máquinas de guerra contra os que apenas reivindicam uma justiça rápida para os que cometeram absurdos. O Egito é o mais importante país do norte africano que exerce uma liderança inconteste sobre os outros que também estão vivendo momentos de tensões. O que acontece no país das pirâmides influencia para o bem ou para o mal os vizinhos daquela grande e estratégica região.  Dizem que duas pessoas já foram mortas no confronto de sábado passado para o domingo, uma no Cairo outra em Alexandria. Entre os feridos, calculam em mais de setecentos, nas diversas cidades das manifestações.
Na Síria, enfrentam-se os tanques, às doidices do ditador. No Egito, escondem-se os peitos às balas de borracha. A situação do norte africano é a pior possível, acrescentada ao socorro que falta de uma Europa garroteada pela crise econômica. Tudo vizinho! Multidões saindo às ruas cometendo atos de vandalismo em protestos sem fim. A exportação dos levantes chega aos Estados Unidos que vão proibindo a massa desempregada do xixi coletivo nos logradouros de luxo das metrópoles. Tudo isso ainda é a busca do homem pela sua felicidade, condição que vai entrando no lenço do mágico e sumindo sob a chuva da insatisfação. Os místicos acham que é o início do fim. O jogador aposta, porém, que é apenas o final de uma partida. Breve tudo recomeçará. Um olhar ao passado... Um THARIR DE NOVO.