quarta-feira, 28 de março de 2012

AVIÃOZINHO



AVIÃOZINHO
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de março de 2012.

          Volta à tona, novos capítulos da novela brasileira que tem como personagens aviões caças. O xadrez da política mundial, as sensibilidades diplomáticas, eleições, mudanças de governo e outros fatores, vão temperando a diplomacia dos negociantes. O avião francês Rafale que estava quase certo para ser adquirido pelo Brasil, ora vai para a fila no terceiro lugar da concorrência, ora volta ao primeiro em questões de semanas ou dias. Os principais jornais do mundo vão tentando adivinhar quem será o vencedor nessa disputa que envolve bilhões da moeda brasileira. Qual o melhor avião de guerra da licitação? Pelo visto, pelo que se lê no que aparece na Imprensa, todos os três são excelentes. O fator preponderante para a compra dos aviões, pelo Brasil, está na transferência de tecnologia. Não temos, no momento, condições de produzir um avião como os que são oferecidos. Mas também não podemos ficar eternamente dependendo da tecnologia alheia. Em um eventual conflito armado, caso o vendedor quisesse, poderia não fornecer mais aviões e nem assistência técnica ao seu comprador. A solução no momento é comprar os aviões com transferência de tecnologia, para que possamos fabricar nossos próprios aviões. Assim deve ser para outros tipos de armas relativas ao Exército e a Marinha.
          Quanto ao preço de cada aeronave, mesmo sendo mais caro do que o concorrente compensa por causa da transferência tecnológica. Mas a dança das negociações possui outras sensibilidades. Lula foi tratado com bajulações pelo presidente francês, porém, o mesmo presidente não foi atencioso com Dilma lá na França. Entra no jogo a diplomacia americana para ganhar a disputa, prometendo, além da tecnologia, outras vantagens estratégicas apresentadas pelos bastidores. O Rafale nunca foi comprado fora da França. A Índia que pensava em adquirir muito mais de cem unidades animava o Brasil a inclinar-se para a França. Acontece que nos últimos dias houve um esfriamento indiano para os lados dos caças franceses que parece ter iniciado novela semelhante à brasileira. Dilma está em dúvida e o americano se anima.
           Há quem defenda prioridade para submarinos que iriam defender o nosso pré-sal. Para isso precisaria também de muitos navios, o que daria preferência às reivindicações da Marinha. E o apoio aéreo, então, como ficaria? A vantagem do assunto é que não pertence a uma só emissora de televisão. A novela prosseguirá amanhã em todos os canais do mundo. O importante é adquirirmos com segurança essa tecnologia que tanto falam e confiar ─ no futuro ─ em nosso próprio “AVIÃOZINHO”.

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FALTA DE COMPROMISSO

FALTA DE COMPROMISSO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de março de 2012.

 O trânsito de Santana continua como coisa de maluco. Às vezes fica parecido com o caos de Nova Déli, capital indiana, quando ninguém mais se entende no que é certo ou no que é errado. O número de veículos em circulação continua aumentando assustadoramente, quando Santana está sendo o centro do Sertão alagoano. Temos transportes alternativos diariamente que chegam de Delmiro Gouveia, Mata Grande, Inhapi, Canapi, Ouro Branco, Poço das Trincheiras, Maravilha, Dois Riachos, Pão de Açúcar, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira, Carneiros, Olho d’Água das Flores, Olivença e outros mais, além de municípios de estados vizinhos. Somando-se a isso, inúmeros transportes escolares se deslocam da área rural para a cidade. Estudantes e pessoas comuns desembarcam todos os dias em Santana vindo de mais de vinte e cinco municípios do Médio e alto Sertão alagoano. Essa multidão busca em Santana do Ipanema o comércio, escolas, bancos, hospital e os mais diferentes tipos de prestação de serviço. O trânsito caótico não se limita mais aos dois dias de feiras semanais quarta e sábado. São todos os dias, principalmente na parte da manhã, quando ninguém aguenta mais tanto sufoco. A população sofre por não encontrar um calçadão no comércio, atravessando ruas e avenidas em verdadeiros malabarismos.
         Enquanto isso, as ruas continuam estreitas como nos tempos dos carros de boi. Nada, absolutamente nada é feito, para desafogar o trânsito. Não se abre um novo beco, não se constrói novas ruas, não se ergue uma só ponte, não se providencia alternativa alguma. Os veículos continuam se multiplicando formando constantes engarrafamentos e congestionamentos entre o comércio e o Bairro Camoxinga, que duram horas. Não aparece ninguém para tomar providência de nada. O santanense anda desesperado com o trânsito doido que, igualmente com a falta d’água e a violência, assume proporção negativa nunca vista antes. Quanto aos semáforos, a cidade deveria possuir uns dez em pontos perigosíssimos, mas apenas um colocado há mais de dez anos vai mostrando o caos na administração pública. Uma falta total de compromisso!
          Alguns que foram eleitos pelo povo para fiscalizar, tornaram-se apenas vis bajuladores e muito mais nocivos à sociedade que não tem quem a defenda. Recentemente, um vereador, ao invés de cumprir o seu papel, subiu à tribuna para insuflar à população a ir às ruas contra a falta d’água, eximindo-se da responsabilidade que tem. Uma vergonha! Santana está às moscas. Não é possível aguentar mais quatro anos nessa cartilha da escravidão. Que FALTA DE COMPROMISSO!

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