quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

CAVALOS, TOUROS E VAQUEJADAS


CAVALOS, TOUROS E VAQUEJADAS
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de janeiro de 2015
Crônica Nº 1.347
Foto: divulgação (www.raça-cavalos.com)
Vendo a pressão para se acabar com a “farra do boi” (tradição em Santa Catarina) e a “procissão de carros de boi”, em Goiás, ficamos aguardando também a mesma pressão sobre vaquejadas nordestinas.
Lembramos de que mais ou menos na faixa entre 1960 e 1970, havia ainda no sertão alagoano, a tradição dos divertimentos de início do século XX. Corridas de cavalos, brigas de touros e corrida-de-mourão que depois caiu no genérico de vaquejada.
Não havia acompanhamento veterinário e os três esportes alimentavam públicos específicos com apostas avultadas. No povoado Pedrão (é), por exemplo, hoje pertencente ao município de Olho d’Água das Flores, as corridas de cavalos aconteciam na lagoa que ficava por trás do casario durante o período seco. Na cidade de Santana do Ipanema, foi realizada por certo tempo, numa chã do sítio Barroso, onde atualmente é o cemitério São José, a cerca de três quilômetros do centro. A população subia as colinas da Camoxinga alta e comparecia às corridas. Sem nenhuma proteção o povo aglomerava-se em pé, em duas alas da pista improvisada. Em uma dessas corridas, o cidadão Jacinto Vilela faleceu após uma peitada de cavalo. A morte do senhor Jacinto causou impacto na sociedade e extinguiu-se aí mesmo a tradição do esporte sertanejo.
As brigas de touros, promovidas para as fazendas rurais, também rendiam apostas milionárias entre os aficionados. Desapareceram como iniciaram.
Quanto à corrida-de-mourão, esta se espalhou por diversos lugares e conta com calendário anual em cidades sertanejas como Cacimbinhas, Dois Riachos e Olho d’Água das Flores. Em Santana do Ipanema foi construído o parque de vaquejada no Bairro Camoxinga e arrebanhava bom público para os seus espetáculos. Após alguns anos, o local do parque foi loteado e não se encontra marca nenhuma da sua existência. Tudo foi transformado em ruas que hoje contam com pavimento em paralelepípedos. É a região que tem como ponto de referência mais ou menos o Centro Bíblico, católico.
Essa é mais uma crônica para a juventude, pesquisadores, TCCs e outros bichos.




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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

FLORO SERÁ REEDITADO



FLORO SERÁ REEDITADO
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de janeiro de 2015
Crônica Nº 1.346

Ontem tive o prazer de receber em casa o jovem Victor Carneiro Pascoal. O estudante pretende elaborar o seu TCC em cima da biografia de Floro Gomes Novais, que dominou as páginas da Imprensa por cerca de vinte anos. Universitário da UFAL, em Maceió, Victor chegou acompanhado do filho do nosso amigo Brás, de Olivença, major Herófilo Pantaleão Ferro.
Não pensei que o livro “Floro Gomes Novais, Herói ou Bandido?” Fosse fazer tanto sucesso na atualidade, após 30 anos do seu lançamento. A procura tem sido maior por escritores, pesquisadores e pessoas do ramo de Direito. Existe do mundo dessas pessoas, uma espécie de cobrança/pressão visando reeditar a obra. Eu vinha recusando a reedição por motivo de não ser fã de escrever sobre violência real, embora tenha sido levado pelas circunstâncias e ter escrito em parceria também Lampião em Alagoas e, sozinho, Maria Bonita, a Deusa das Caatingas (este, inédito ainda).
Após a conversa com o jovem Victor, pensei pela primeira vez em reeditar o livro; uma segunda edição, na íntegra, apenas com melhor identificação da obra, exibição de registro, autorização, editora, data, coisas que os pesquisadores muito bem conhecem.
Isento de qualquer outra pretensão, embora o livro tenha fama nacional, vamos reeditar a obra unicamente para servir a essa demanda pesquisadora do homem que procurou fazer justiça pelas próprias mãos. Parece até a saga de outro vingador em folheto da minha autoria, episódio histórico de Santana do Ipanema: “A Igrejinha das Tocaias, sua estória”, escrita em versos e único registro sobre o tema.
Após o exposto, vamos aguardar a elaboração dos seis livros anunciados. Estou providenciando. Após o lançamento dos seis livros, partiremos para a reedição de “Floro Gomes Novais”, talvez em pequena quantidade e como encomendas.
Aguardemos, pois.


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