domingo, 18 de dezembro de 2016

UM DOMINGO DE CÉU



UM DOMINGO DE CÉU
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de dezembro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.609

LAGOA MUNDAÚ EM FERNÃO VELHO. Foto (Clerisvaldo).
Convidei o Pai dos pais e a Mãe das Mães para irmos juntos ao lazer da pesquisa geográfica, ontem, domingo 19. Surpresa foi o dia bem movimentado para um final de semana, mas tudo justificado pelo Natal que vem aí. Entrando pelo Bairro Cambona e seguindo pelo Mutange, subimos até a Chã da Jaqueira de onde começamos a apreciar o cenário paradisíaco da laguna Mundaú, a mais importante do estado. E lá à frente encontramos a ladeira que dá acesso ao antigo distrito de Fernão Velho, sem desgrudar os olhos da magnífica depressão. De fato, como dizia um internauta, o declive não permite estacionar o veículo. Já deslizando pela Mata Atlântica em área de reserva, logo chegamos à comunidade pesqueira procurada.
Não havia mais o ancoradouro no centro que era tão amplo e bonito. A desordem fez com que todos os acessos à laguna fossem obstruídos pelas casas dos moradores mais pobres. Obstruir o acesso à lagoa que alimenta mais de quinze mil pessoas é como se fizesse o mesmo com a praia, um bem de todos com chegada garantida. Outra decepção foi encontrar só as paredes da antiga fábrica de tecidos Carmem que muito empregava e, faz parte da história econômica de Alagoas. Quebrou, fechou e ficou abandonada, sem aproveitamento nenhum como museu, hospital, escola e tantas outras utilidades para àquela gente.
Fizemos amizade com um senhor que nos deu acesso à laguna, pesquisamos, entrevistamos, fomos à Mata Atlântica, pois o distrito fica imprensado entre as águas temperadas e as encostas para o Tabuleiro cobertas pela vegetação, preservada por lei.
Acontece que dois pontos importantíssimos para a Geografia de Alagoas que procurávamos, ficaram para outra visita dentro de poucos dias. Lá vai, amigos, andarmos de barco até esses lugares  jamais mostrados em livros sobre o assunto. Aliás, tem vários pontos da Geografia que serão mostrados em nosso trabalho como fotos e narrações inéditas. Deixando a região, fomos para os mangues de Marechal Deodoro e praias em Maceió como as do Sobral, Avenida da Paz, Pajuçara, Jatiúca e Cruz das Almas. Na agenda: vegetação, turismo, indústria, restinga e arrecife.
Fotos de pesquisas que às vezes postamos, não são as que irão para o livro “Repensando a Geografia de Alagoas”.
E como pesquisar a ciência geográfica é prazer, diversão e felicidade, o domingo foi mais doce do que o mel de uruçu.
                                                                   




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sábado, 17 de dezembro de 2016

HOSPEDAGENS DA MODA

HOSPEDAGENS DA MODA
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de dezembro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão de Alagoas
Crônica 1.608

PRESÍDIO SANTA LUZIA. Foto: (divulgação, Jorge Santos).
Criticar nos erros, aplaudir nos acertos. Não apenas acertar porque é dever, mas acertar porque a boa vontade torna a obra mais leve, meritória e abençoada.
Sem nenhum compromisso com grupos e interesses, visando somente cooperar um pouquinho através das letras pela melhoria do mundo, é que giramos a luneta global. E foi assim que nos deparamos com a notícia sobre construção de presídio em Alagoas.
O problema da falta de presídios no Brasil é geral. E para exemplificar, Pernambuco, nosso vizinho, está com sete mil vagas e a lotação está em 32.000, segundo a fonte. Alagoas conta com 3 mil vagas para pouco mais de cinco mil presos. É duro ainda, mas “dos males o menor”, afirma o povo.
Em 2016, o estado inaugurou dois presídios, sendo um militar e um feminino. Nesse sentido novas providências estão sendo tomadas como outro equipamento de segurança que será inaugurado com capacidade para 700 vagas. O anúncio foi feito ontem (sexta-feira, dia 16), durante passagem de comando do 590 Batalhão de Infantaria Motorizado. Outra importante informação é que nos próximos dias, ainda em 2016, serão oferecidas 150 novas vagas no Presídio Baldomero Cavalcante.
A desumanidade nos presídios brasileiros é motivo de críticas pelo mundo todo, não só pela superlotação, mas pela situação de inferno mostrada em inúmeras oportunidades. É de se dizer, que a inauguração de uma obra física deve levar em conta a manutenção. Não é somente o presídio, a cadeia, a delegacia, mas um número exorbitante de escolas parece esquecido nas cinco regiões brasileiras.
Enquanto a preocupação dos gestores for somente de confeccionar bolsos franciscanos, brevemente a guerra civil brasileira será entre presidiários e seus aliados políticos contra o resto do país.
Mas deixando a ironia de lado, o governo estadual, acertou mais essa. Que venham outras decisões em favor do povo sofrido e sem esperanças.

Fonte: (JornalExtra/Agência Alagoas. 17.12.2016). Adaptado.










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