terça-feira, 13 de junho de 2017

ROMANCE NOVO



ROMANCE NOVO
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de junho de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.682
Caminhos do sertão. Foto (Clerisvaldo B. Chagas).

Iniciando minha carreira literária como romancista, ofereci aos leitores, “Ribeira do Panema”, romance baseado no ciclo do cangaço. Tempos depois veio a lume o segundo romance intitulado “Defunto Perfumado”, também da vertente anterior. Nessa fase fui bastante estimulado pelos escritores Luís B. Torres, Adalberon Cavalcanti Lins e Aleixo Leite Filho.
Adalberon (Curral Novo, Sidrônio, O Tigre dos Palmares) em carta a mim dirigida pedia que eu nunca deixasse de escrever romances. E em apresentação em um desses livros dizia que “ninguém se engane, pois, se Clerisvaldo despontar como um dos maiores romancistas brasileiros”. Isso me estimulou a escrever mais dois romances, ambos históricos do ciclo do cangaço: “Deuses de Mandacaru” e “Fazenda Lajeado”. Esses continuam inéditos.
Jamais quis escrever sobre documentários. Faltando, todavia, na minha terra a nossa história, resolvi entra nesse campo por amor ao torrão e escrevi “Ipanema um rio macho”, tudo sobre o rio que lhe empresta o nome, dando a Santana a sua identidade. Depois escrevi “O boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema”, o maior documentário jamais produzido no município. Dei a minha cidade assim o seu CPF. Este livro está concorrendo em órgão oficial para publicação. Além disso outros documentários saíram: “Geografia de Santana”, “Conhecimento Gerais de Santana do Ipanema”, “A Igrejinha das Tocaias”, “Negros em Santana”, “Floro Novais, herói ou bandido?”, “O coice do bode”, “Maria Bonita, a deusa das caatingas”, “Barra do Ipanema, um povoado alagoano”, “Sebo nas canelas, Lampião vem aí!”, “Repensando a Geografia de Alagoas”, “Dez poemas engraçados” “Colibris do Camoxinga” e outros mais. Agora: “230” a história iconográfica.
Cansado de produzir documentários quis voltar a produzir romance. A fonte inspiradora estava pressionando tanto que escrevi em apenas 17 dias, 22 capítulos de 37 programados. Os dias e as noites, de forma nunca vista, não me dão fuga, é só chegando e chegando material à cabeça e o computador trabalhando sem parar. O romance, também do ciclo do cangaço, mostra certa disputa entre rastejadores famosos (homenagem a essa grande figura nordestina) nos sertões de Alagoas e Bahia. O sequestro de uma senhora dá margem a uma aventura pelos sertões, recheada de ódio, combates, amor, sexo, folclore, costumes regionais e sensibilidade à flor da pele, grudando o futuro leitor aos personagens. Tenho até a dúvida de que essa ficção deve ter acontecido como fato real no passado, tal as cenas vivas e palpitantes. Não coloquei, pela primeira vez, o nome de um livro antes de escrevê-lo. Por enquanto continua no computador como ROMANCE NOVO.
Não vejo o momento de encerrar essa crônica para escrever o capítulo 23 que já está me pressionando.
“100 milagres inéditos do padre Cícero” espera sua continuação na retaguarda.


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domingo, 11 de junho de 2017

NÓS E OS RIOS



NÓS E OS RIOS
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de junho de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.681
O geógrafo B. Chagas explica  à TV Gazeta sobre o canhão formado pelo Ipanema.

 Foto: (Arquivo de Clerisvaldo).

Como nós, os rios também têm juventude, maturidade e velhice. Isso depende muito do clima onde ele se situa, relevo e tipos de rochas por onde escorrem essas águas. Denominamos a essa parte “ciclo de um rio”.
Essas etapas de vida, porém, não apresentam período de tempo bem limitado.
A juventude de um rio é uma fase caracterizada pela erosão vertical quando existe a formação inequívoca de vale. Nessa fase, o rio vai procurando escavar o leito, fazendo seu trabalho intenso de erosão. Pode-se dizer que o rio procura buscar violentamente o seu ponto de equilíbrio.
Na observação vê-se um rio em forma de garganta, terreno bastante abrupto.
A maturidade é uma fase em que o rio pratica sua erosão horizontal. Vai-se alargando em ambos os lados, formando meandros e planícies aluviais. Existe nessa fase um perfil de equilíbrio. Nesse caso, a rede hidrográfica já se encontra perfeitamente definida, podendo-se distinguir perfeitamente o rio principal dos seus afluentes e subafluentes.
A velhice de um rio mostra no geral a formação de lagoas em forma de ferradura. Nessa fase, as planícies aluviais já se encontram muito enlarguecidas. O rio, então passa a correr lentamente pela planície e os seus meandros tornam-se exagerados.
Os rios velhos e que têm lentidão de suas águas, deixam de realizar um trabalho de erosão intensa e de transporte. Assim os sedimentos se depositam em ambos os lados formando essas lagoas também chamadas de diques naturais.
Todavia, caso o volume da água aumente, o rio poderá quebrar os cordões de isolamento que causaram o fenômeno.

Assim podemos sentir a alma dos rios cujos corpos vão se assemelhando aos nossos. Não faltam motivos, então, para haver mais pesquisas misturadas à sensibilidade, ao amor à Natureza que durante milhões e milhões de anos preparou a vida para nós.






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