ROMANCE NOVO
Clerisvaldo B.
Chagas, 14 de junho de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Iniciando minha carreira literária como
romancista, ofereci aos leitores, “Ribeira do Panema”, romance baseado no ciclo
do cangaço. Tempos depois veio a lume o segundo romance intitulado “Defunto
Perfumado”, também da vertente anterior. Nessa fase fui bastante estimulado
pelos escritores Luís B. Torres, Adalberon Cavalcanti Lins e Aleixo Leite Filho.
Adalberon (Curral Novo, Sidrônio, O Tigre dos
Palmares) em carta a mim dirigida pedia que eu nunca deixasse de escrever
romances. E em apresentação em um desses livros dizia que “ninguém se engane,
pois, se Clerisvaldo despontar como um dos maiores romancistas brasileiros”. Isso
me estimulou a escrever mais dois romances, ambos históricos do ciclo do
cangaço: “Deuses de Mandacaru” e “Fazenda Lajeado”. Esses continuam inéditos.
Jamais quis escrever sobre documentários.
Faltando, todavia, na minha terra a nossa história, resolvi entra nesse campo
por amor ao torrão e escrevi “Ipanema um rio macho”, tudo sobre o rio que lhe
empresta o nome, dando a Santana a sua identidade. Depois escrevi “O boi, a
bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema”, o maior documentário
jamais produzido no município. Dei a minha cidade assim o seu CPF. Este livro
está concorrendo em órgão oficial para publicação. Além disso outros
documentários saíram: “Geografia de Santana”, “Conhecimento Gerais de Santana
do Ipanema”, “A Igrejinha das Tocaias”, “Negros em Santana”, “Floro Novais,
herói ou bandido?”, “O coice do bode”, “Maria Bonita, a deusa das caatingas”, “Barra
do Ipanema, um povoado alagoano”, “Sebo nas canelas, Lampião vem aí!”, “Repensando
a Geografia de Alagoas”, “Dez poemas engraçados” “Colibris do Camoxinga” e
outros mais. Agora: “230” a história iconográfica.
Cansado de produzir documentários quis voltar
a produzir romance. A fonte inspiradora estava pressionando tanto que escrevi
em apenas 17 dias, 22 capítulos de 37 programados. Os dias e as noites, de forma
nunca vista, não me dão fuga, é só chegando e chegando material à cabeça e o
computador trabalhando sem parar. O romance, também do ciclo do cangaço, mostra
certa disputa entre rastejadores famosos (homenagem a essa grande figura
nordestina) nos sertões de Alagoas e Bahia. O sequestro de uma senhora dá
margem a uma aventura pelos sertões, recheada de ódio, combates, amor, sexo,
folclore, costumes regionais e sensibilidade à flor da pele, grudando o futuro
leitor aos personagens. Tenho até a dúvida de que essa ficção deve ter acontecido
como fato real no passado, tal as cenas vivas e palpitantes. Não coloquei, pela
primeira vez, o nome de um livro antes de escrevê-lo. Por enquanto continua no
computador como ROMANCE NOVO.
Não vejo o momento de encerrar essa crônica
para escrever o capítulo 23 que já está me pressionando.
“100 milagres inéditos do padre Cícero”
espera sua continuação na retaguarda.
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