segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

DE VOLTA A MASSAGUEIRA

DE VOLTA A MASSAGUEIRA
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de fevereiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.058

CANAL DA LAGUNA MANGUABA. (FOTO: CLERINE CHAGAS).
     Nunca mais tinha ido a Massagueira desde os estudos para o livro Geografia de Alagoas (pronto). Finalmente ontem voltamos ao povoado às margens da lagoa Manguaba, Marechal Deodoro, maior laguna de Alagoas com 31 km quadrados. Fomos descansar rever o paraíso, gozar da sua gastronomia e misturar os ares do Sertão. O lugar – preservado do por Lei – continua atraente com sua paisagem de mangue, barracas de guloseimas e restaurantes abertos ao longo dos canais que ligam o mar à laguna Manguaba. Tempo nublado, calorão, restaurantes lotados e muita gente aguardando a desocupação de mesas. Estávamos no estabelecimento “Sonho Meu”, olho no prato, olho nas lanchas modernas e luxuosas frequentadoras do canal.
     Após famosa peixada no capricho e sobremesa de doce de coco verde, fomos às fotos e passeios curtos pelos arredores. Provando um pouco de tudo, lá vamos nós deixando o município e contemplando a orla esquecendo trabalho neste domingo de clássico CSA x CRB.
     E por falar em CSA x CRB, encontramos multidão de torcedores do CRB dirigindo-se para o estádio, na Avenida da Paz. A polícia completamente organizada conduzia os torcedores e mantinha soldados em vários compartimentos, inclusive, com a cavalaria pronta para qualquer intervenção. O jogo estava prestes a acontecer no Estádio Rei Pelé e, a prevenção policial com certeza estava acontecendo também na Rua Siqueira Campos, próxima ao estádio.
     Mas era domingo, compadre. Para que estragar o fim de semana com possíveis brigas de torcedores? Vamos olhar o cais, os navios, os museus da orla e as novidades estrangeiras apresentadas na capital. Tocamos para uma fábrica de sorvetes que combinava com a beleza da tarde e com o mormaço nas praias.
     Revisto os canais da laguna Manguaba, bebidos os ares “capitalistas” vamos retornando ao velho Sertão das Alagoas para o batente nosso de cada dia.

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

REVISANDO O BAIRRO FLORESTA


REVISANDO O BAIRRO FLORESTA
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de fevereiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.057

UFAL EM CONSTRUÇÃO. (FOTO: B. CHAGAS/ARQUIVO).
     Estar no Face a venda ou a troca de um terreno entre a UFAL e o Hospital Clodolfo Rodrigues de Melo. Não vai demorar muito a ser negociado, pois o impulso das unidades acima, mais o asfalto de acesso, vão transformando o lugar. A transformação básica com certeza ocorrerá no bairro inteiro, porém a grande virada, que já teve início, por enquanto será apenas na parte alta. Apesar dos dois grandes empreendimentos estarem assentados no extremo oeste do bairro e não no centro, essa área atualmente está sendo o filé do todo como  financeira comercial e prestadora de serviços. Encontra-se em franco desenvolvimento o novo comércio moderno no lugar de antigos casebres, e que vai descendo a rua principal desde a unidade de saúde e que só terminará de se expandir quando chegar à ponte do riacho Salgadinho, já com várias casas comerciais.
     Além da rua principal, espinha da colina que liga a parte baixa à parte alta e que será somente comércio, as ruas paralelas e transversais, estão ganhando status de classe média. A transformação do antigo para o novo é completamente visível. Mesmo assim ainda existe muita pobreza por ali. Sobre a parte baixa é bastante um olhar sereno para atestarmos que tudo continuará como antes, porque nenhum fato novo ainda foi desenhado: uma grande empresa, o asfalto até o sítio Olho d’Água do Amaro, uma faculdade, uma indústria, uma nova estrada para ir até a futura maior estátua sacra do mundo... Nada, ficando imprensada essa parte baixa entre a barreira e o percurso do riacho Salgadinho.
     Quem reside ao longo da colina têm visões panorâmicas de parte da cidade. O problema está na distância para o centro e a falta de coletivo inexistente em Santana. O deslocamento do indivíduo que não possui automóvel tem como opções seguir a pé, tornar-se usuário das centenas de moto táxi ou do táxi propriamente dito. Assim a paisagem privilegiada dos que habitam a colina, cobra esse viés. Após o Hospital, em direção ainda a serra da Remetedeira, está sendo construído grande condomínio, inclusive, com faculdade que fará parte da estrutura. Fala-se em asfaltamento do local diretamente à BR-316, sem precisar usar a via que leva do Centro ao hospital.
     Estar presente, portanto, esse olhar geográfico social e físico de uma fatia da Capital do Sertão.

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