domingo, 19 de janeiro de 2025

 

O TEMPO

Clerisvaldo B. Chagas, 20 de janeiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.171



 

As últimas chuvadas, poucas e mansas, já fizeram o efeito que se esperava. Os montes que estavam crestados, já estão esverdeados, exibindo uma nova paisagem no Sertão. É o verde inicial que retira os vegetais da UTI. Depois, esperamos uma trovoada ou coisa parecida, para esse verde inicial robustecer as matize com vigor. Mas está muito difícil agora fazer previsões apenas olhando o comportamento de plantas e animais. Os climas da terra sofreram mudanças tão radicais que o homem fica perdido, tanto na cidade, quanto no campo. Em pleno janeiro, dias quentes de Sol forte, mostram, entretanto, muita umidade no ar e de repente fica nublado total ou parcialmente, deixando as noites com temperaturas de inverno e, de repente, altas. É deixar acontecer e pronto, porque tentar entender os novos tempos é coisa para muito malabarismo.

Hoje, domingo, por exemplo, o espaço está parcialmente nublado, fazendo calor, mas intensamente úmido. E se você quer saber é dia bonito para passeios a pé, a carro, a cavalo... Não é dia para fazer como estou fazendo neste momento, “croneando”, neste computador, por falta de opção por motivos pessoais e particulares. E aqui em Santana do Ipanema, sem praia, movimenta os habitantes da seguinte maneira: Quem possui, vai para sua fazenda, sua chácara. Alguns procuram o rio São Francisco para o lazer em Pão de Açúcar ou Piranhas, geralmente, embora esse movimento domingueiro tenha caído muito. Outros procuram a represa do João Gomes, muito mais perto. Ainda têm os que gostam de uma cervejinha gelada e procuram os pontos espalhados da cidade onde vendem o álcool.

E complementando que fazer neste domingo tão bonito em Santana do Ipanema, é movimentar a churrasqueira em casa mesmo e convidar os mais aproximados. Não tem futebol, não tem corrida, não tem espetáculo algum. Fica a cargo de você mesmo criar alguma coisa. A monotonia toma conta das ruas, mas devemos reagir ao marasmo.

Vamos movimentar os elétrons.                     

       Vamos ajudar a virar o mundo.

Bom domingo.

 

 


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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

 

ENTROU A SEMENTEIRA

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de janeiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.170

 

 



A antiga Estação Experimental Sementeira, da década 1920 e que, segundo conversas, foi transformada em Reserva Ecológica, revolucionou a Agricultura alagoana na época. Tendo como dirigente o agrônomo Otávio Cabral, formado nos Estado Unidos, ali foi implantado o algodão, mostrado novas técnica da Agricultura, a implantação do arado de aiveca, cercas com estacas e arame farpado e tantas e tantas novidades para a época que cerca de 200 cavaleiros do campo, vieram do estado vizinho, município de Águas Belas para uma apreciação formal dessas novidades que influenciaram a Agricultura de todo o Nordeste. Essas informações iniciais vieram a lume pelos escritos do santanense Tadeu Rocha que era filho do coronel Manoel Rodrigues da Rocha.

Mas também havia ali modos de melhorar a raça cavalar da região. A Estação Sementeira foi implantada no sítio Rural Curral do Meio II, no município de Santana do Ipanema, mas ficou tão famosa que passou ser geograficamente chamada pelos campesinos como se fosse um sítio rural independente, e tomou na sua área nome do Curral do Meio. Pois, declaramos ao povo santanense que a Sementeira foi incorporada por nós no mais novo romance deste autor: AREIA GROSSA e é resgatada entre a realidade e a ficção. No mesmo conjunto foram resgatadas outras repartições, inclusive, também como ilustração através de fotos como: O Fomento Agrícola, da Rua São Pedro, a escola Batista Acioly, o famoso Bacurau, também na Rua São Pedro, a igrejinha de São Pedro e a fábrica de calçados do senhor Elias, tudo na Rua São Pedro, além da Perfuratriz que ficava no final da Rua/Rodagem São Paulo.

Portanto, quando você for degustar o romance social AREIA GROSSA, vai ser transportado no tempo para o período santanense entre 1956-1976. E peças humanas, o autor resgatou mais de 60 pessoas que viveram na região vizinha à Rua de José Quirino, hoje, Prof. Enéas. Os personagens protagonistas e o seu entorno, têm cerca de vintes figuras fictícias. O romance e a novela se confundem muito, porém não escrevo novelas, só romances. E só quem escreve conhece bem a diferença entre os dois gêneros.

 

No mais, tudo com antes no mar de Abrantes.

Terra redonda e céu de brigadeiro.

IGREJINHA DE SÃO PEDRO (FOTO: B. CHAGAS).


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