JÁ ESTAMOS AVISTANDO Clerisvaldo B. Chagas, 26 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.317   Já estam...

 

JÁ ESTAMOS AVISTANDO

Clerisvaldo B. Chagas, 26 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.317

 



Já estamos avistando a chegada do Natal, por entre as diversas e diferenciadas flores sertanejas que ornamentam a nossa vegetação.  As Craibeiras, mãe e filha, da antiga escola professora Helena Braga das Chagas, desde o início da primavera que se vestiram de amarelo e deram toque natalino especial para o Bairro São José. Vamos chegando aos últimos dias do mês dos ventos, das trovoadas e do início das louvações ao nosso Mestre Jesus. A quentura abafada que se confunde com o verão puxado, em nada desanima os festejos que se aproximam seja em casa, seja na rua, seja na igreja, seja na praia. E as novidades de móveis novos de novos utensílios, casa bem com maneiras renovadas e cristãs de pensar, de viver, de conviver.

Fomos surpreendidos com a decoração natalina em trecho urbano da BR-316, também chamada Avenida Pancrácio Rocha. As alegorias na posteação central da rodovia, além de acalmar a alma de quem por ali trafega, faz lembrar ao coração que é preciso muito mais amor individual e coletivo para superar os intrincados que a vida nos oferece. As casas comerciais vão fazendo propagandas chatas, bonitas, honestas e mentirosas e os usuários das oportunidades explorados pela ganância, beneficiados pela honestidade, no novo, na oferta, no atrativo  se recolhe no prazer intenso representado pela mágica aproximação da atmosfera natalícia do Homem.

 Foi assim que fomos à incursão pelo comércio de calor extraordinário; Correios, GERE, Hipermercado, Hospital, mirantes, rodoanel, lotéricas e fotos históricas para os anais de escribas.  Mas encerramos o dia com a vitória de oferta/doação de terreno em serrote para o “Horto Santanense do Padre Cícero”, EXPONTANEAMENTE.  Porém, não deu tempo de falar com pessoa abalizada sobre uma estátua do Santo do Nordeste de 20 metros de altura, isso ficou para amanhã, onde esperamos a continuação dos bons ventos em favor da fé e da boa-vontade.  Recebo ligação do sítio rural Camoxinga dos Teodósio (sítio que mais deu depoentes de graças alcançadas) que ainda continua a apoteose e a disputa pelo livro PADRE CÍCERO, 100 MILAGRES NORDESTINOS. Soma tudo e sai um convite para entrevista em canal noticioso e cultural.

AUTOR NO LAJEIRO GRANDE.

  O 24 DO GINÁSIO Clerisvado B. Chagas, 25 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica; 3.316   Eu já tinha vi...

 

O 24 DO GINÁSIO

Clerisvado B. Chagas, 25 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica; 3.316

 



Eu já tinha vivido algumas experiências no Ginásio Santana, mas ainda não tinha vista um desafio à rigidez da direção. Éramos uma turma de 52 alunos, na maior sala da Escola, a primeira à direita de quem entra no Estabelecimento, com janelas de vidros para à rua. Foi, então, que chegou um aluno novato vindo da zona rural. Rapazinho mais velho e mais comprido do que eu. Tudo bem, tudo normal, mas quando foi na hora da chamada que o professor citou o nome do novato com o número 24, o cabra “deu uma popa” que ecoou em toda a sala silenciosa. Levantou-se e protestou: “O quê? 24? Não aceito não senhor.  Ou muda meu número agora ou vou-me embora desta Escola”.  Não adiantou nenhum tipo de panos quentes, pois o rapaz, criado na moral da roça estava irredutível. O caso foi parar na Diretoria, a escola baixou a cabeça e o número do novato foi mudado.

E a gente passa pela antiga Praça da Bandeira (atualmente Adelson Isaac de Miranda) e ainda pode contemplar a imponência do antigo casarão, completamente conservado. Nome antigo  substituído, mas continuando como escola. O casarão faz parte do trio arquitetônico do Monumento (Bairro do Monumento), com o Tênis Clube Santanense e o antigo Grupo Padre Francisco Correia.  E do trio, somente o Tênis Clube encerrou sua missão social e, segundo comentários, cerrou suas portas, assim como a Associação Atlética Banco do Brasil. A pergunta agora é como serão aproveitados ambos os casarões?

Já existe livro que conta a história de Ginásio Santana, mas nada existe sobre a trajetória da Associação Banco do Brasil e nem do Tênis Clube. Cabe aos intelectuais do Banco a missão de narrar em livro, nascimento, vida e morte do clube que fez parte de uma época de ouro de Santana do Ipanema. E sobre o Tênis clube, de onde sairá os registros das suas peripécias? Seus diretores, seus secretários, poderiam contar do começo ao fim a vida do clube. E se assim não acontecer ficará capenga uma página da história santanense. E o DNER? E o DNOCS? E o padre Bulhões? Páginas preciosas que se tornaram apenas retalhos de narrativas nas bocas de fontes envelhecidas.

TRISTE DE QUEM MORRE E NÃO VAI PARA O CÉU.

 

  VEM JÁ Clerisvaldo B. Chagas, 24 de novembro Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.315   No Longo decorrer do final de ...

 

VEM JÁ

Clerisvaldo B. Chagas, 24 de novembro

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.315

 



No Longo decorrer do final de semana, ainda espero “cair a ficha”, do êxito total da quinta-feira. E assim vou procurara a calma da rua, a secura do rio Ipanema e o céu que chega dói na vista de tanto azul.  Mas a brincadeira aqui no sertão diz que com tantos olhares desmerecidos para o céu, a trovoada anunciada deu às costas e foi embora. Voltou a quentura abafada que desmantela ventilador. E os mosquitos que estavam desaparecidos com a frieza, agora estão achando bom e não deixam em paz as pernas das criaturas, mesmo durante o dia. Se os pestes são ou não da dengue, não sabemos, mas é uma casta muito menor do que o mosquito normal, dificultando assim as mãozadas costumeiras. Eita sertão velho de guerra que quando “não é oito, é oitenta”.

E vamos apreciar de longe, trecho da expansão da cidade que temos a certeza de que você ainda não conhece. É assim que deixo meus olhares tomarem a direção para longe do Lajeiro Grande o subirem a rampa do Bairro Barragem e Clima Bom, pela carreira de nova rua que desce da Bairro Novo, além do hospital, até a BR-316. Uma expansão que comparo somente aquelas periferias de Caruaru e que segundo me contam, já estão funcionando a Faculdades de Direito e de Enfermagem. É o milagre do hospital que atrai inúmeros outros empreendimentos, como a UFAL, o Direito, a Enfermagem, o turismo com a Santa da serra Aguda, com a represa Isnaldo Bulhões, com Igrejinha das Tocaias, com a Reserva Tocaia e agora com o rodoanel ligando AL a BR.

E fico daqui do bairro São José contemplando o pico da serra da Remetedeira que deve ter uma visão deslumbrante para o Oeste da cidade. Nunca fui ali, mas já imagino o lugar como horto dedicado ao padre Cícero com uma bela estátua de 20 de metros altura. Lugar de retiro, descanso e orações. Enquanto isso vamos ocupar os Correios enviando livros para os estados do Ceará, da Paraíba, Do Rio Grande do Norte. Mas, precisamos antes de um abrigo mais agradável contra esse calor abafado de 36 e 38 graus. Não tem como não olhar para o alto e, mesmo sem sinal aparente, vamos desprezar todos os serviços meteorológicos e, sobre a trovoada, afirmar para os botões: vem já!