quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

OS AVIÕES DE LULA

OS AVIÕES DE LULA
(Clerisvaldo B. Chagas, 9 de fevereiro de 2011)

       Ao vermos os vasos de guerra e aviões modernos sobrevoando o Egito, vamos imaginando quanto inúteis eles foram para aplacar a ira popular. E vendo as estratégias usadas atualmente pelas nações menores em material bélico, é de se indagar se os superpoderes militares são mesmo invencíveis e necessários. Hoje em dia somente os desavisados ousam enfrentar batalhas abertas como aconteceu na II Grande Guerra. Como discutíamos antes, na “Esquina do Pecado” os embates do mundo, fácil é entrar militarmente em um país, o difícil é sair. Isso era dito na mesma esquina, em Santana do Ipanema, com o nosso fiel amigo Mileno de Melo Carvalho, que se tornou mais tarde um membro concursado da Petrobrás. Foi justamente essa a lição que o Vietnã deu aos Estados Unidos e, o Afeganistão a Rússia. Uma lição de que vai ficando cada vai mais inútil, um enorme aparato bélico, que termina em gasto de milhões para escová-lo. Como foram derrotados Estados Unidos e Rússia pelo sistema de guerrilha, também havia sido derrotado o militar mais poderoso do globo após a Revolução Francesa. Napoleão Bonaparte fez rolar nas suas estratégias e investidas inúmeras cabeças de monarcas por dentro da Europa. Seus exércitos poderosos varreram o continente, espalhando o terror e a fama de maior do mundo. Entretanto, Bonaparte começou a perder o poderio no enfrentamento de guerrilhas ao invadir a península Ibérica, ocasião em que D. João VI fugiu para o Brasil.
       Como uma coisa puxa outra, pensamos também nas malogradas compras do, então, presidente Lula. Após negócio quase fechado com a França, o homem foi obrigado a recuar e sair adiando as palavras em relação aos quarenta e seis aviões para modernizar as forças armadas. Nos bastidores, o Brasil queria mesmo obter cem aeronaves. A língua solta da precipitação e recuada de Luís Inácio foi um negócio feio, tanto para outros países, quanto para nós brasileiros. Como o automático explosivo ficou ligado, poderia explodir nas mãos da presidenta logo nos primeiros dias de mandato. Significaria, na prática, muitos aborrecimentos nos bastidores com os países preteridos e reflexos ─ sem dúvida alguma ─ nas tramas escuras da balança comercial.
       Ah! Mas é um orgulho enorme, possuir forças armadas dentro dos padrões de potência. Daí o atraso do Brasil em pesquisas que ainda não nos permite fabricar as nossas aeronaves de ataque. Lembra a crônica em que falamos sobre os nossos cientistas? Nossos maiores laboratórios talvez estejam nas várzeas, no interior, nas periferias, descobrindo jogadores de futebol para milionários campos europeus. Se vencermos hoje a França, talvez esqueçamos os famosos “aviõezinhos” que iriam defender a riqueza de campos petrolíferos. Sem grandes guerras, sem guerrilhas sul-americanas, sem pré-sal para hipertensos, vamos aguardando pacientemente o desfecho dos AVIÕES DE LULA.


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