ILUMINURAS
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de fevereiro de 2013.
Crônica Nº 967
Iluminura. (Biblioteca Nacional da França). |
Para se produzir um livro
na Idade Média, era missão bastante trabalhosa. A maioria dos livros era feita
em pergaminho, isto é, com o uso de pele de cabra, carneiro e até mesmo de
vaca. O papel foi invenção chinesa e introduzida na Europa, pelos árabes. Esse
papel só foi usado, mais ou menos, no século XIV. Mas esses livros eram poucos
e destinados a estudantes e clérigos.
As
folhas
eram produzidas artesanalmente, tanto em pergaminho quanto em papel, depois
escrita uma a uma com caprichosa caligrafia. Em torno das páginas os artistas
colocavam motivos florais e geométricos. Já os textos, costumavam ser com
desenhos coloridos que podiam ser sobre anjos, animais, plantas e pessoas.
Esses desenhos que ornamentavam os textos chamavam-se Iluminuras.
Havia outra etapa muito importante
nessas confecções. Depois de encadernado, o livro recebia proteção em capa grosa
de couro ou em material nobre. Entre esse material estava o marfim, pedras
semipreciosas e mesmo o ouro. Por esse
trabalho todo, livro era coisa rara e caríssima.
Pouca gente sabia ler e
escrever, portanto, essas informações escritas passavam a ser privilégio de uma
elite que era a de clérigos letrados. Geralmente os assuntos eram de interesses
religiosos.
Os livros, então, eram objetos
de luxo na Idade Média. Quando os escritores presenteavam livros aos reis e rainhas,
estavam ofertando, na verdade, grandes, valiosos e raros presentes.
Hoje o livro está fácil
de ser produzido. Muitos estados e
municípios estão com 50% de analfabetos. Dos que leem e escrevem muitos não
podem comprar outros não têm interesse. O que sobra para o escritor e o país? Lançar
livro no Brasil, principalmente em lugares pequenos, é ser herói de fato e de
direito. É a chegada espiritual de novas ILUMINURAS.
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