CARNALITA
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de maio
de 2014
Crônica
Nº 1081
CARNALITA |
O Brasil é um grande país
agrícola, mas importa mais de 90% de potássio, elemento essencial para a
agricultura. Em nosso território encontramos esse mineral no estado de Sergipe
e na Amazônia. Não é fácil a extração do potássio, tanto pela complexidade
técnica, quanto pelos problemas ambientais. Os minérios que contêm esses
elementos recebem denominações específicas como silvinita, carnalita, kainita,
langbeinita, leonita, polihalita e silvita. Esses termos que parecem estranhos
são comuns em Geologia e Mineralogia. Em Sergipe temos depósitos de carnalita e
silvinita (silvita + halita).
O certo é que para o
desenvolvimento da agricultura é preciso à utilização de vários minerais para
enriquecer o solo, entre eles o potássio.
Está havendo uma disputa grande
entre as cidades sergipanas de Capela e Japaratuba pelos benefícios financeiros
que podem transformar aqueles dois municípios, cujos subsolos oferecem a
carnalita. Em virtude disso, a Vale já atrasou o seu projeto que vem pronto
desde 2009 e ainda não saiu do papel.
Ultimamente, parece ter havido um
acordo entre os prefeitos dos dois municípios e uma animação da Vale que
procura investir em Sergipe. Claro que a exploração de Carnalita e Silvinita,
poderá reduzir a importação de potássio de países como Canadá e outros da
Europa. Entretanto, tratando-se de mexer no subsolo, é preciso o sergipano
ficar esperto, pois os exemplos do que fica depois estão espalhados pelo mundo.
O projeto sergipano envolve mais
de quatro bilhões para produção de insumo para fertilizantes. Não é todo dia
que se investe tanto no interior do Nordeste, mas diz o próprio sertanejo que
cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Todo cuidado é pouco com
Carmelita quanto mais com CARNALITA.
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