SANTANA, 230 ANOS DA FUNDAÇÃO (II)
(Em duas crônicas)
Clerisvaldo B. Chagas, 22 de abril de 2017
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica
1.665
SANTANA 230 ANOS DEPOIS. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas). |
Chega
o padre Francisco José Correia de Albuquerque. Natural de Penedo, quando foi
designado para essa região, já possuía fama de santo e milagreiro, além de
visionário. Era estimado aonde chegava e suas previsões corriam mundo. O povo,
com todo o respeito que havia chamava-o de Santo Padre Francisco. Era orador
sacro arrebatador.
Ao
chegar pela primeira vez à ribeira do Panema, ficou hospedado na casa do seu
grande amigo, fazendeiro Martinho Rodrigues Gaia. Era o ano de 1787.
“O
padre Francisco já trabalhara em outros lugares e viera designado para exercer
as suas funções sacerdotais na região, porém, tendo como central dos seus
movimentos religiosos, o arraial da margem do Ipanema. Na bagagem trouxera uma
imagem de São Joaquim e outra de Santa Ana, diretamente da Bahia, a
pedido da esposa do fazendeiro, Martinho Rodrigues Gaia, Ana Teresa,
primeiríssima devota de Santa Ana nas terras da ribeira. Ainda a pedido daquela
fervorosa cristã, o padre fez erguer uma capela onde antes era o curral de
gado, cem metros a noroeste da casa-grande de Martinho Rodrigues Gaia. Além do
terreno cedido para a capela, este fazendeiro ainda muito contribuiu para a sua
construção. Por trás da capela o sacerdote
construiu também um abrigo para beatas. Ele mesmo dourou o altar e
esculpiu em madeira a imagem do Cristo Crucificado. Terminado todo o serviço, o
padre colocou, então, no altar, as imagens de São Joaquim, Senhora Santa Ana e
o Cristo por ele confeccionado. A capela foi inaugurada em 1787, mesmo ano em que o sacerdote chegara ao arraial de mamelucos”
*Adaptado de RIBEIRO, Teotônio.
Escorço biográfico do missionário apostólico, Doutor José Francisco Correia de
Albuquerque, presbítero de do hábito de São Pedro, vulgarmente conhecido por
“Santo Padre Francisco”, Penedo, Attelier, 1917.
ESTAVA, POIS, FUNDADA OFICIALMENTE A FUTURA CIDADE
DE SANTANA DO IPANEMA, COM A CONSTRUÇÃO DA CAPELA EM 1787, PELO PADRE FRANCISCO
JOSÉ CORREIA DE ALBUQUERQUE E SEU AMIGO FAZENDEIRO MARTINHO RODRIGUES GAIA.
Toda
a região que se chamava Ribeira do Panema passou a partir da fundação da capela
a ser apontada como “SANT’ANNA DA
RIBEIRA DO PANEMA” com sede na capela do arraial e na casa da fazenda.
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CHAGAS. Clerisvaldo B. Santana do Ipanema (Alagoas) Conhecimentos Gerais do Município. GrafMarques,
2011.
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CHAGAS. Clerisvaldo B. O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema.
Inédito.
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ResponderExcluirParabéns pelas crônicas prof. Clerisvaldo,
ResponderExcluirUm Abraço
Abílio